Haka de branco? All Blacks mudam camisa, mas mantém tabu contra a França
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Com um bom e velho Haka (desta vez de uniforme branco) e uma vitória apertada em Paris contra a França (24-19), os All Blacks fecham 2016 em alta. Mas já não sustentam a aura de ''imbatíveis'' que marcou um dos anos mais positivos da história do rúgbi neozelandês.
Depois de quebrar mais um recorde no esporte, em número de vitórias seguidas, uma inesperada derrota para a Irlanda parece ter abalado a confiança da seleção número um do mundo.
A dificuldade em bater a tradicional França – que sustenta uma rivalidade a parte com os neozelandeses graças a embates épicos como o do Mundial de 2007 – marcou o encontro do último fim de semana. Mas, no fim, os All Blacks cravaram a décima vitória consecutiva sobre os franceses, mantendo um incômodo tabu.
O momento crucial que definiu o rumo da partida e do placar foi um try de Beauden Barrett. Um lance atípico e totalmente individual, quando o abertura interceptou um passe e correu por quase toda extensão do campo, provando que merece a camisa 10 e o status de ''melhor jogador do ano'', prêmio recebido há algumas semanas.
Como nenhum duelo contra a França em Paris costuma ser fácil, a impressão que fica é que os homens de preto deram conta do recado e cumpriram bem o difícil papel de favorito jogando fora de casa, em um país que também vive intensamente o rúgbi.
Agora, só voltam a campo em junho de 2017, em outro momento bastante especial para a modalidade: mais um tour dos British and Irish Lions, combinado de craques britânicos que se reúne a cada três ou quatro anos para encarar as melhores seleções e times do planeta.