Pela quinta vez seguida, melhor jogador do mundo no rúgbi é neozelandês
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Se a seleção do ano foi a Nova Zelândia, é natural que o melhor jogador da temporada venha dos All Blacks. É justamente vestindo a camisa 10 da seleção número um do ranking mundial que o jovem Beauden Barrett, de 25 anos, faturou o maior prêmio individual do esporte, o primeiro de sua vida.
Para os All Blacks, no entanto, o topo de mais um pódio promovido pela World Rugby não é novidade. Desde 2012, Kieran Read (2013), Brodie Retallick (2014) e Dan Carter (2012 e 2015) dominam a premiação.
Barrett ocupa exatamente a posição de Carter, ''aposentado'' da seleção após o título mundial de 2015, mas ainda em atividade no Racing, da França.
Não há dúvidas de que ele foi destaque dos homens de preto em 2016, justamente por assumir um peso tão grande e responder à altura. Mas diferente de Carter, Read e Retallick, Barrett parece estar em desenvolvimento. Seu ápice ainda deve vir nos próximos anos.
Ágil, inteligente e oportunista no ataque, ele faz muito bem a função que todo abertura gostaria: coloca os All Blacks para jogar. Mais do que isso, já mostrou que tem capacidade e ousadia para definir em lances individuais momentos críticos, usando a velocidade das pernas e raciocínio ou sua habilidade dos chutes em jogo corrido.
Como é impossível não compará-lo com Carter, o novo camisa 10 ainda fica devendo bastante nos chutes de conversão. Para sua sorte, os All Blacks não precisaram deles na maior parte dos jogos.
Tirando a derrota contra a Irlanda, os All Blacks foram infalíveis neste ano, chegando a quebrar um recorde do esporte em número de vitórias seguidas. Boa parcela do sucesso está na capacidade dos backs, jogadores liderados dentro de campo por Barrett.
Ainda que seja uma escolha totalmente subjetiva, o prêmio está em boas mãos. Mais do que celebrar o talento de Barrett, ele homenageia a nova safra All Black.
Barrett e seus companheiros mais jovens fazem parte de um grupo de jogadores que viu de perto a melhor geração de rúgbi moderno da história. Não contentes em já fazerem parte disso, eles parecem estar sedentos por superarem seus mestres. E Barrett tem puxado essa fila.