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Com sete “olímpicas” e novo treinador, Brasil entra para a elite do Sevens

UOL Esporte

Potência no rúgbi feminino e bronze na Rio-2016, Canadá está no caminho das Tupis. (Crédito: Divulgação/World Rugby)

Potência no rúgbi feminino e bronze na Rio-2016, Canadá está no caminho das Tupis. (Crédito: Divulgação/World Rugby)

Por Bruno Romano

Sete jogadoras da campanha olímpica, que rendeu ao Brasil o inédito posto de equipe fixa na elite do Sevens feminino, estarão em campo nesta quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes. O torneio marca a estreia da seleção na temporada 2016-2017 do Circuito Mundial.

A base ''olímpica'' conta com mais cinco atletas que se somam o elenco, além de um novo treinador, o neozelandês Reuben Samuel, que acumula no currículo passagem pelas Black Ferns, seleção feminina de seu país, uma das grandes potências da modalidade.

Da Rio-2016, seguem no time: Amanda Araújo, Beatriz Futuro e Isadora Cerullo, do Niterói (RJ), Edna Santini, do São José (SP), Haline Scatrut, do Curitiba (PR), além de Raquel Kochhann e Luiza Campos (agora capitã), do Charrua (RS).

As ''novidades'' são: Bianca Santos, Cleice Lopes e Mariana Nicolau, do São José (SP), Maíra Bravo, do SPAC (SP) e Lariane Prunner, do Desterro (SC).

Depois de começar bem a nova fase, com direito a título no Uruguai, o embate com times mais fortes esquenta agora pra valer com Canadá, Inglaterra e Espanha, adversários da fase de grupos em Dubai.

Sem nunca ter vencido canadenses e inglesas, as brasileiras apostam em evolução e em um embate mais parelho com a Espanha (histórico de 8 derrotas e 1 triunfo), para acreditar em uma vaga nas quartas-de-final.

O momento para sonhar mais alto é propício: todas as seleções começaram novos ciclos após a Rio-2016, a temporada atual terá um torneio a mais (total de seis etapas), e o embalo dos últimos anos, junto da aposta nacional na seleção feminina – somada agora ao bem-vindo custeio de viagens e despesas internacionais como equipe fixa – podem fazer diferença.

O único ponto negativo é a saída de uma etapa nacional no calendário, realizada até 2016 em Barueri (SP). A decisão, no entanto, é coerente com a própria inclusão do Brasil nos últimos anos – o país sede dos Jogos Olímpicos, com retorno do rúgbi ao evento. Desta vez, entram como sedes a Austrália (atual campeã olímpica), e o Japão, casa da edição 2020 dos Jogos.

Não bastasse toda a motivação de jogar um torneio completo como time fixo, as Tupis concorrem também a uma vaga na Copa do Mundo de Sevens 2018. Para isso, precisam realmente subir o nível, duelando por quarto postos disputados com Austrália, Inglaterra, França, Rússia, Fiji e Irlanda.