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Força mental é a chave para bater o Chile, defende técnico da seleção

UOL Esporte

Foto: João Neto/Fotojump

Foto: João Neto/Fotojump

“O foco dos treinos tem sido mais mental do que qualquer outra coisa”, garante o argentino Rodolfo Ambrósio, treinador da seleção brasileira de rúgbi XV, há dois dias do duelo contra o Chile, no Pacaembu (SP), pelo Sul-Americano.

A semana intensa de preparação, depois da derrota para o Uruguai na estreia, também teve atenção especial ao scrum e ao lineout, o lateral, lances chave no rúgbi tanto para manter a posse de bola como para dominar o psicológico dos adversários.

“Os jogadores acabaram o último torneio [Americas Rugby Championship ou ARC] em um nível muito alto, mas quando voltaram aos clubes retomaram alguns vícios dos jogos locais”, diz Ambrósio, após o treino coletivo desta quinta-feira no Núcleo de Alto Rendimento (NAR), zona sul de São Paulo.

Na visão do argentino, só o tempo e a experiência internacional devem trazer este entendimento coletivo de que a velocidade e a intensidade de partidas com o Uruguai são completamente diferentes. “Os jogadores acordaram no fim, lembraram que não era mais um jogo de bairro, era uma partida internacional em um estádio grande”, resume.

Para o treinador, a boa atuação no segundo tempo contra o Uruguai, depois de um início ruim, é a prova de que a mentalidade é a chave para um bom jogo contra o Chile.

“Os mesmos erros não se repetiram no segundo tempo, e acredito que não vão acontecer contra o Chile”, defende Ambrósio. “Falamos muito sobre isso nesta semana, conversando e assistindo vídeos. Não precisamos mudar nosso plano de jogo para melhorar, vamos respeitar o processo de amadurecimento e manter o que estamos construindo”, explica.

Comandante dos Tupis durante a boa campanha no inédito ARC, que contou até com vitória sobre os EUA, Ambrósio prefere não criar muitas expectativas sobre presença de público e apresentação dos Tupis contra os chilenos, atuais campeões do torneio sul-americano.

Para repetir a vitória de 2014 sobre os “Condores”, a primeira da história da seleção, Ambrósio mantém os pés no chão: “Minha expectativa é de que a gente melhore o nosso jogo. Temos tudo para fazer isso. Se não melhorarmos, é impossível falar em resultado”, finaliza.