O Blog do Rúgbi http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br Um grupo de jornalistas está focado em buscar as melhores jogadas, os melhores tackles – e pancadas -, e os momentos mais emocionantes do mundo do rúgbi. Fri, 31 Mar 2017 17:31:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Negociações obscuras e embates políticos deixam futuro do Super Rugby no ar http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/31/negociacoes-obscuras-e-embates-politicos-deixam-futuro-do-super-rugby-no-ar/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/31/negociacoes-obscuras-e-embates-politicos-deixam-futuro-do-super-rugby-no-ar/#comments Fri, 31 Mar 2017 17:31:54 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2227

Hurricanes, atuais campeões do Super Rugby, em ação contra os Highlanders. Foto: Hagen Hopkins/Getty Images

O Super Rugby pode ser o maior campeonato de clubes do planeta. Mas está difícil de cravar o formato ideal do torneio (além de fechar a conta no azul).

Para resolver acordos entre franquias de cinco países, sendo quatro continentes diferentes, dirigentes do alto escalão do torneio se reuniram nas últimas semanas em Londres com a missão de trazer uma solução. E até agora nada.

A ideia geral é encontrar equilíbrio entre custos, viagens e interesses comerciais. Convenhamos que não é fácil. E, para piorar, alguém vai ter que ceder.

Desde a inclusão da Argentina, com os Jaguares, e o Japão, com os Sunwolves, a competição passou a ter 18 equipes. A intenção é retomar um formato com apenas 15. Tudo indica que dois sul-africanos e um australiano fique pelo caminho, o que obviamente não agrada os países, ambos com tradição no mundo oval.

Acontece que a América do Sul, puxada pelo alto rendimento argentino e enorme potencial geral, e a Ásia, sede do Mundial 2019 e da Olimpíada 2020, são vistos como território chave no desenvolvimento do rúgbi (na parte financeira da história, leia-se: público e consumidores em potencial).

Dentro de campo, o Super Rugby segue como um expoente máximo de nível físico e técnico. Ainda que, fora dele, o difícil entendimento coletivo tenha se mostrado o oposto do que prega o próprio esporte. Sem falar, que atletas, treinadores e demais profissionais dos clubes tem pouco (ou quase nenhum) espaço para opinar.

O desgaste, caso siga se arrastando, pode começar a interferir negativamente nos gramados. Ao atrapalhar planejamentos dos times, sejam esportivos ou comerciais, abre-se também caminho para o êxodo de atletas, entre outras consequências.

Participar do Super Rugby ainda é sinônimo de altíssimo nível. Para que esta história continue como parte essencial da evolução do esporte, que os cartolas joguem um pouco de rúgbi e se entendam logo.

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Arrependido, espanhol escreve carta a rival após ser expulso por agressão http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/30/arrependido-espanhol-escreve-carta-a-rival-apos-ser-expulso-por-agressao/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/30/arrependido-espanhol-escreve-carta-a-rival-apos-ser-expulso-por-agressao/#respond Thu, 30 Mar 2017 20:02:35 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2224

Os rugbiers Jesús Moreno e Thomas Vervoort juntos após incidente. Foto: Reprodução/Sudamérica Rugby/Diario Marca

Por Bruno Romano

Pilar da seleção da Espanha, Jesús Moreno saiu mais cedo do seu último jogo representando o país. Depois de agredir um adversário no solo, com um pisão desleal, recebeu um cartão vermelho na metade da partida.

Resultado? Os espanhóis tiveram de lidar com a seleção da Bélgica com um a menos, em jogo recente (e decisivo) válido pelo Rugby Europe Championship, o segundo escalão europeu, abaixo do Six Nations.

O duelo era importante para a Espanha, que lutava pela parte de cima da tabela em um torneio que já contou como eliminatória para o Mundial 2019.

Arrependido pela atitude, Jesús decidiu escrever uma carta direta ao agredido, Thomas Vervoort, nascido na França e atual jogador da seleção belga. O depoimento, que mostra bem o espírito do rúgbi, se tornou público via jornal esportivo local Marca. Em tradução livre, diz:

“Ontem, por um segundo, eu deixei de ser um jogador de rúgbi. Por um segundo, eu decidi não respeitar o esporte que me deu tanto. Por um segundo, eu decidi não ser o exemplo de centenas de crianças que estavam assistindo no campo. Durante esse segundo, eu quis atacar um oponente no chão, impotente, como um covarde.”

“Esse segundo poderia ter custado muito caro para a minha equipe, mas nós somos um grupo e, quando alguém erra, 14 amigos tentam resolver o dano. Este segundo também poderia custar caro para o adversário, deixando-o gravemente ferido, mas nosso esporte está cheio de pessoas fortes e pouco rancorosas. Esse segundo poderia ter custado caro ao meu clube, tendo recebido uma punição muito mais dura graças a mim.”

“Mas, acima de tudo, esse segundo poderia ter custado muito para mim. Ele poderia ter me custado uma vida inteira defendendo os valores deste esporte, que eu ainda acredito firmemente. Poderia ter me custado o fato de eu ter traído a si mesmo. Por tudo isso, peço desculpas pelo que aconteceu ontem no campo de rúgbi.”

“E eu quero felicitar o meu adversário, que soube como reagir, em todos os momentos, seguindo o que se supõe que nós somos: jogadores de rugby. Obrigado a todos ao redor de mim, que me deram coragem para escrever estas desculpas públicas. Tudo serve de aprendizado, até mesmo um segundo. Muito rúgbi para todos.”

Na foto acima, Jesús Moreno aparece abraçado junto de Thomas Vervoort, depois da entrega da carta e das desculpas aceitas.

O Rugby Europe Championship terminou com título da Romênia, vencendo a favorita Geórgia na última partida. A Espanha ainda superou a Rússia e acabou com o bronze.

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Sonhado duelo entre Inglaterra e All Blacks pode acontecer ainda em 2017 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/29/sonhado-duelo-entre-inglaterra-e-all-blacks-pode-acontecer-ainda-em-2017/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/29/sonhado-duelo-entre-inglaterra-e-all-blacks-pode-acontecer-ainda-em-2017/#respond Wed, 29 Mar 2017 15:28:31 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2221

Campeã do Six Nations, Inglaterra pode receber All Blacks em Twickenham com renda repartida (Foto: Shaun Botterill/Getty Images)

Se você perguntar para qualquer fã de rúgbi qual jogo gostaria de ver hoje, é bem provável que a resposta seja All Blacks x Inglaterra. O problema é que não há nenhum duelo programado entre as seleções número 1 e 2 do planeta antes do fim 2018. Mas, segundo a mídia inglesa, as movimentações começam a esquentar nos bastidores.

Com a ascensão da Inglaterra, atual vice-líder do ranking mundial e bicampeã do Six Nations, o teste final para medir o real impacto desta geração só pode acontecer mesmo diante dos homens de preto. E o treinador Eddie Jones não quer esperar até 2018 para medir forças com a Nova Zelândia, o time a ser batido, já as vésperas do Mundial no ano seguinte.

Traduzindo: o maior interessado no jogo neste momento é a Inglaterra. E é dessa premissa que deve avançar a negociação entre Steve Tew e Ian Ritchie, presidentes das uniões dos países, que não desmentem a possibilidade, mais ainda deixam o tema no ar.

De um lado, o interesse comercial pode atrair ambos. Do outro, sobretudo para os All Blacks, a situação ainda é vista com precaução. Acontece que 2017 já conta com um tour dos British and Irish Lions, o combinado britânico que deve escalar, aliás, vários dos atuais titulares ingleses. Além disso, já estão confirmados test matches de fim de ano contra França, Escócia e País de Gales, adversários de alto nível.

Ainda há uma outra pedra no caminho. Segundo o londrino Daily Mail, a NZ Rugby já tem na mesa uma proposta de jogo em comemoração aos 125 anos dos Barbarians, uma seleção de craques planetários. A partida renderia cerca de 2 milhões de libras (aproximadamente R$ 7.647.000) para os All Blacks e seria disputada no dia 4 de novembro, mesma data que surge como opção para os ingleses.

Na condição de federação mais rica do mundo, a Inglaterra vai ter de negociar. Estimativas atuais giram em torno de 3 milhões de libras (cerca de R$ 11.470.000) para a Nova Zelândia, caso avance uma proposta de duelo em Twickenham, Londres, com verba repartida entre as seleções.

Dirigentes ingleses avaliam agora se a decisão é o melhor caminho, tanto esportivo como comercial, pensando em abrir ou não precedentes para negociações futuras com os neozelandeses.

Para os All Blacks, as apresentações fora do país são importante fonte de renda. Recentemente, enfrentaram os Estados Unidos, em Chicago, e o Japão, em Tóquio, além da Irlanda, também em território norte-americano – uma derrota inesperada, mas que rendeu cerca de 1 milhão de dólares (o que equivale hoje a R$ 3.115.500) aos cofres do país líder do ranking.

A última vez que All Blacks e Inglaterra se enfrentaram foi em 2014, em um ano que contou com quatro duelos diretos (três deles na Europa), todos com vitória neozelandesa.

Atualmente, as seleções dividem o recorde de vitórias consecutivas no esporte, com 18 triunfos, uma marca que a Inglaterra pode superar no próximo fim de semana caso vença a Irlanda na despedida do Six Nations.

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Lenda do rúgbi, Shane Williams volta a campo para ajudar clube amador http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/28/lenda-do-rugbi-shane-williams-volta-a-campo-para-ajudar-clube-amador/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/28/lenda-do-rugbi-shane-williams-volta-a-campo-para-ajudar-clube-amador/#respond Tue, 28 Mar 2017 15:29:57 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2218

Por Bruno Romano

Com Shane Williams no gramado, o clube galês Amman United RFC comemorou uma importante vitória neste fim de semana. Aos 40 anos, o craque do País de Gales e maior autor de tries da seleção na história, retornou ao seu time de origem e mostrou que não perdeu a magia.

“Eu estava tão nervoso de jogar uma semifinal pelo meu clube, que parecia até uma partida de Six Nations”, disse Williams à BBC Radio Wales Sport.

O triunfo sobre o Cardigan (29-3) garantiu o Amman United na decisão da WRU National Bowl, torneio da federação galesa de rúgbi, que reúne equipes de divisões inferiores.

A final, contra o Caerphilly, já está confirmada para o estádio Principality (antigo Millenium Stadium), grande templo do esporte em Gales — e o mesmo palco de vários “shows” de Williams com a camisa vermelha dos Dragões.

Consagrado pelo seu enorme faro de try e sua rara facilidade nos dribles, o pequeno-gigante Williams jogou pela primeira vez pelo time principal do Amman em 1997, atuando de scrum half (nos anos de seleção, se firmou como ponta).

“Grande parte dos jogadores atuais eram juvenis quando eu treinava aqui, por isso os vejo como minha família”, diz, ele que mora nos arredores do clube, na região de Swansea. Alguns dos atletas, inclusive, são família mesmo. Seu irmão e seu cunhado (o qual Williams substituiu aos 18 minutos do primeiro tempo) fazem parte do elenco.

“Eu sempre disse que voltaria às minhas raízes, e fico muito feliz de ainda ter disposição para jogar ao lado do meu irmão mais novo”, conta.

No fim do jogo, junto do sorriso de satisfação, Williams também levou pra casa uma lesão na mandíbula. Mas nada que o tire do próxima missão. Depois de garantir que o time não precisa dele para ser campeão, ele confirma que estará disponível para a final, caso seus serviços sejam requisitados.

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Surpresas, Delta e Leoas entram para elite; Band vence qualificatório http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/surpresas-delta-e-leoas-entram-para-elite-band-vence-qualificatorio/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/surpresas-delta-e-leoas-entram-para-elite-band-vence-qualificatorio/#respond Mon, 27 Mar 2017 13:01:24 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2215

Band Saracens celebra o título e a classificação para o Super Sevens (Divulgação)

Por Bruno Romano

Após dois dias de viagem de ônibus, o Delta, do Piauí, fez história no Sevens nacional. Ao terminar entre as quatro melhores de 16 equipes, em um qualificatório disputado no último fim de semana em Florianópolis (SP), o clube de garantiu como equipe fixa do Super Sevens, maior torneio feminino da modalidade olímpica no Brasil.

Quem também roubou a cena foram as L

eoas de Paraisópolis (SP), outra jovem equipe classificada. Fruto do projeto Rugby Para Todos (SP), na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, as Leoas alcançaram a final do torneio, em uma campanha empolgante e surpreendente.

O título acabou com o Band Saracens, que eliminou o Delta nas semis (15-7) e não deu chances às Leoas na decisão (17-0). A quarta vaga ficou com o Desterro, time da casa que avançou até as semifinais, anotando quatro vitórias em seis partidas.

As classificadas se unem agora com Curitiba (PR), Niterói (RJ), São José (SP) e SPAC (SP) como equipes fixas do circuito. A condição garante lugar em todas as etapas, além do custeio das despesas de viagem pela organização, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).

Dentre os demais times apontados para as vagas antes da competição, o Charrua (RS) e o BH Rugby (MG) bateram na trave – os clubes ainda podem participar como convidados das etapas do Super Sevens.

O BH chegou a vencer o Desterro (SC) na fase de grupos. E os triunfos do Vitória (ES) sobre o Charrua e do Melina (MT), outra equipe em ascensão, para cima do Band, também foram destaque na competição.

Com um número cada vez maior de envolvidos na cena feminina – e o nível aumentando aos poucos – a expectativa de um Super Sevens bem equilibrado é enorme. Este foi só o pontapé inicial da temporada.

 

 

 

 

 

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Acusação de estupro coletivo assombra rúgbi francês http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/acusacao-de-estupro-coletivo-assombra-rugbi-frances/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/acusacao-de-estupro-coletivo-assombra-rugbi-frances/#respond Fri, 24 Mar 2017 20:57:58 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2212

Peter Kimlin é um dos nomes envolvidos no caso de estupro. Foto: Sandra Mu/Getty Images

Mais uma notícia nada agradável vinda da França: seis atletas do Grenoble foram acusados de estupro. Os jogadores se apresentaram à polícia da cidade na última quarta-feira e estão sob investigação, informa o L’ Equipe.

Chris Farrell, Denis Coulson, Dylan Hayes, Loick Jammes, Peter Kimlin e Rory Grice, todos membros do elenco do Grenoble, teriam abordado uma mulher em Bordeuax, após derrota para o time da casa (41-14) na rodada do último sábado do Top 14, a primeira divisão de clubes francesa.

A suspeita é de que a mulher tenha sido drogada antes do abuso, mas nada foi confirmado. O clube ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A história surge logo depois de outra notícia extra-campo tomar conta do rúgbi local. Uma polêmica fusão de dois clubes de Paris, o Stade Français e o Racing 92, que gerou greve de jogadores e comoção nacional, mas que finalmente foi cancelada há alguns dias.

Também com bastante tradição no país, o Grenoble foi fundado em 1892 e voltou a se firmar na elite nos últimos anos. Nesta temporada, no entanto, amarga a penúltima posição do Top 14.

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Torneio europeu de rúgbi repete o Oscar e entrega taça para campeão errado http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/23/torneio-europeu-de-rugbi-repete-o-oscar-e-entrega-taca-para-campeao-errado/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/23/torneio-europeu-de-rugbi-repete-o-oscar-e-entrega-taca-para-campeao-errado/#respond Thu, 23 Mar 2017 17:35:18 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2209

Após gafe, Romênia celebra o título do Rugby Europe Championship (Divulgação/frr.ro)

A foto acima mostra o troféu do Rugby Europe Championship 2017 no lugar certo, ao lado dos jogadores da Romênia. Alguns minutos antes, no entanto, a rival Geórgia havia recebido o caneco por engano. O erro da organização, no melhor estilo do Oscar deste ano, foi corrigido a tempo.

Equivalente ao Six Nations “B”, o torneio reúne anualmente o segundo escalão da Europa. Na última rodada, jogando em Bucareste, os romenos conseguiram vencer no sufoco por 8-7.

Como as duas seleções terminaram empatadas na tabela, a taça acabou indo para os georgianos, pois o saldo de pontos era mais favorável. Mas uma rápida consulta no regulamente mostrou que o primeiro critério de desempate era na verdade o confronto direto.

Com a lambança desfeita, a Geórgia se viu fora do topo do pódio pela primeira vez desde 2010. O bronze acabou com a Espanha, superando a Rússia. Todos os jogos do Rugby Europe Championship já contam como eliminatórias para o Mundial 2019.

Ainda que não exista forma de subir para a elite, o Six Nations, vencido este ano pela Inglaterra, muitos defendem a abertura do acesso.

Assim, o campeão do torneio de “baixo” tomaria o lugar do lanterna de “cima”. No caso, um reconhecimento para uma das seleções que mais evoluem no cenário mundial, a Geórgia. Ops, desta vez seria a Romênia.

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Jovem time paulista desbanca favoritos em inédita conquista do BR de Sevens http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/22/jovem-time-paulista-desbanca-favoritos-em-inedita-conquista-do-br-de-sevens/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/22/jovem-time-paulista-desbanca-favoritos-em-inedita-conquista-do-br-de-sevens/#respond Wed, 22 Mar 2017 16:01:32 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2206

Atletas do Jacareí celebram o título do Super Sevens 2017. Foto: Divulgação

Apostar nas categorias de base é o melhor caminho para o rúgbi brasileiro. Que o diga o Jacareí (SP), novo campeão do Super Sevens, o mais importante torneio nacional do rúgbi olímpico.

Criado em 2003, com base em um grupo jovem de atletas que, nos anos seguintes, fomentaram a equipe adulta, o time do Vale do Paraíba se sagrou pela primeira vez vencedor da competição, disputada no país desde 2008.

Os paulistas fecharam uma campanha invicta de seis jogos, no último fim de semana, e superaram o Desterro (SC) em uma final acirrada: 12-05. O bronze ficou com o Pasteur (SP), outro clube que tem investido bastante nas categorias de base.

Ao todo, 12 equipes de sete estados disputaram a taça, saindo de classificatórias regionais. O próprio Jacareí havia vencido poucos dias antes a eliminatória paulista.

O Super Sevens pode ainda não ter atingido o formato ideal – mudou de datas nos últimos anos e ainda busca abranger, balanceando também com o calendário de seleções -, mas ainda é um bom termômetro para o nível de disputa atual.

Dentro de campo, de qualquer forma, não sobraram dúvidas. Título merecido para o jovem clube (em todos os sentidos), que comprovou de vez que já virou “gente grande”.

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Cartolas recuam, e absurda união de gigantes da França é cancelada http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/21/cartolas-recuam-e-absurda-uniao-de-gigantes-da-franca-e-cancelada/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/21/cartolas-recuam-e-absurda-uniao-de-gigantes-da-franca-e-cancelada/#comments Tue, 21 Mar 2017 15:48:40 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2202

(Papé liderou greve contra a fusão com o Racing 92 – Crédito: David Rogers/Getty Images)

Por Bruno Romano

Foi por água abaixo a polêmica ideia de unir dois tradicionais clubes de Paris, o Stade Français e o Racing 92, que havia sido confirmada na última semana. Os proprietários das equipes anunciaram o cancelamento da fusão, para alívio geral.

Segundo Jacky Lorenzetti, dono do Racing, ouvir críticas de todos os lados os levou a conclusão de que várias condições (sociais, políticas, culturais, humanas e esportivas) do acordo não estavam em harmonia. O Racing já divulgou o cancelamento em suas mídias.

Do outro lado, para Thomas Savare, do Stade, o anúncio veio junto de um pedido de demissão. Thomas garantiu que deixará o clube, sinalizando um prazo de três meses para que se encontre um novo chefe.

Como dá para imaginar, a fusão dos rivais não tinha agradado nem um pouco torcedores e atletas. Os jogadores dos clubes, inclusive, haviam entrado em greve por tempo indeterminado, e chegaram a perder a rodada do fim de semana no campeonato francês.

O tema ganhou ainda mais destaque na mídia mundial já que Racing e Stade são os últimos dois campeões do Top 14, a primeira divisão da França. As duas agremiações, aliás, estão ligadas ao próprio surgimento do torneio há mais de 100 anos.

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Algoz dos All Blacks, Irlanda barra “imbatível” Inglaterra em dia de título http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/algoz-dos-all-blacks-irlanda-barra-imbativel-inglaterra-em-dia-de-titulo/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/algoz-dos-all-blacks-irlanda-barra-imbativel-inglaterra-em-dia-de-titulo/#respond Mon, 20 Mar 2017 20:23:07 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=2200


Por Bruno Romano

O plano inglês era ambicioso: conquistar seu segundo título seguido e invicto no Six Nations. De quebra, o “Grand Slam”, como é chamado o feito, renderia à Inglaterra um status inédito no esporte, conquistando 19 vitórias seguidas. Mas a Irlanda acabou com a festa. Ou, pelo menos, parte dela, já que os ingleses acabaram no topo do pódio mesmo assim.

Os sorfridos 13-9 para a Irlanda no Aviva Stadium, de Dublin, quebrou a sequência inglesa. Ainda assim, os visitantes acabaram com a melhor campanha, erguendo o troféu do torneio de seleções mais tradicional do mundo logo após o apito final. Um feito e tanto, ainda mais para uma seleção que ressurgiu após amargar sua pior campanha da história no Mundial 2015.

Como prêmio para a Irlanda, além de celebrar mais tranquilos o San Patrick’s Day, no último domingo, veio a confirmação do posto de quarta melhor seleção do mundo, no ranking da World Rugby desta segunda. O lugar garante os irlandeses como cabeças-de-chave no “pote 1” do sorteio da Copa de 2019, a ser realizado em maio.

Não custa lembrar que foi a própria Irlanda que barrou os All Blacks no último mês de novembro, também embalados em uma sequência inédita de 18 triunfos consecutivos. Estamos falando de uma seleção cheia de talentos individuais, com uma força de conjunto fora de série, que está invicta há três anos em casa.

“Não é o fim do mundo”, retrucou o treinador Eddie Jones, logo após a derrota em dia de título. “Estamos apenas no mes 14 de um plano de quatro anos”, reforçou o comandante de origem australiana.

Seguindo a ideia de que é melhor acontecer agora do que no Japão em 2019, a queda inglesa pode ser até um bom combustível para a sequência do trabalho. E é provável que não seja a única antes do pontapé inicial do Mundial.

Além do título da seleção principal de XV, a Inglaterra faturou dois Grand Slam, nos Six Nations feminino e M20, com atletas abaixo de 20 anos. Feitos que mostram que as próximas gerações vêm com tudo, e o que investimento e o bom trabalho do rúgbi inglês transbordam por seus clubes e demais categorias.

Não é só isso: o Six Nations 2017, junto dos últimos grandes encontros internacionais, é a prova definitiva de que o hemisfério norte já deu a volta por cima. Depois de um fraco Mundial em 2015, a aposta é que, em 2019, os europeus voltem a lutar por título. E quem ganha com isso é o rúgbi como um todo.

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