Um ano após fracasso na Copa, treinador assume clube tricampeão europeu
UOL Esporte
Desde que se despediu do Mundial há um ano, com a precoce eliminação da Inglaterra, Stuart Lancaster não havia reencontrado um caminho para voltar a comandar um time de rúgbi.
Ex-jogador da seleção de base da Escócia, professor e diretor de rúgbi na federação inglesa antes de assumir o papel de treinador principal do país, Lancaster foi apontado como um dos maiores responsáveis pelo vexame inglês na Copa.
Após perder a vaga no mata-mata na época para outras duas potências, Austrália e País de Gales, seu filme estava, no mínimo, queimado.
Seu sucessor no cargo, o australiano Eddie Jones, logo lavou a alma da seleção inglesa. Faturou um título de Six Nations (Lancaster foi vice em 2012, 2013, 2014 e 2015) e está invicto desde que assumiu, o que também não ajudou muito na imagem do ex-treinador no mundo competitivo.
Depois de tentar entrar no mundo do Super Rugby, dirigindo alguma equipe de ponta no hemisfério sul, Lancaster conseguiu nova casa no tradicional clube irlandês Leinster.
Morada do ex-capitão Brian O'Driscoll, um dos melhores jogadores da era moderna do rúgbi, que defendeu a equipe de 1999 a 2014, o Leinster dominou o cenário europeu com três títulos continentais entre 2009 e 2012.
Nas temporadas seguintes, no entanto, acabou eliminado duas vezes pelo francês Toulon e, no ano passado, nem sequer passou da fase de grupos.
É justamente com a missão de guiar o Leinster na Champions Cup, a liga dos campeões europeus, que Lancaster volta à cena.
Impossível prever se o resultado será a redenção ou uma nova amargura. A única certeza é que vamos acompanhar uma dura e dupla jornada do técnico: recuperar sua moral, enquanto resgata a confiança de um time vencedor.