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África do Sul enfrenta pesadelo na Nova Zelândia pelo Rugby Championship

UOL Esporte

Por Bruno Romano

Encarar os All Blacks na Nova Zelândia pode ser um belo pesadelo em forma de realidade, ainda mais quando seu time acaba de perder dois jogos seguidos, um para a Argentina e outro para a Austrália.

A busca pela redenção está nos planos da sempre combativa África do Sul, mas é muito mais provável que este sábado seja mais um dia de espetáculo dos homens de preto pelo Rugby Championship.

Surpreender os All Blacks, mesmo fora de casa, não é uma tarefa incomum na vida dos Springboks. Acontece que os momentos dos dois times são completamente opostos: de um lado, a geração mais vitoriosa da história do rúgbi (recém renovada com peças a altura), do outro, um time ainda desequilibrado e em busca de sua identidade.

A única chance dos Boks parece ser controlar a temperatura do jogo até o quarto final do relógio. Evitar de qualquer forma os contragolpes e não desperdiçar nenhuma chance sequer de pontuar no campo adversário. Tarefa quase impossível quando os únicos tricampeões mundiais estão do outro lado.

Será a reedição da semifinal mais emocionante do Mundial 2015 e também a primeira vez que Boks e All Blacks se reencontram desde então – relembre como foi no vídeo. É o mesmo caso do outro duelo do fim de semana pelo Rugby Championship, entre Austrália e Argentina, em Perth.

Depois de lavar a alma e quebrar um jejum de seis derrotas seguidas ao bater os sul-africanos na última rodada do torneio, os Wallabies tem a enorme vantagem de jogar em casa contra os Pumas. A expectativa é de um duelo muito mais parelho, decidido na inteligência, na postura em campo e nos detalhes.

Mesmo que o histórico não favoreça em nada os argentinos, a maturidade da equipe é notável. Os Pumas estão bem estruturados e um com poder de fogo mais apurado do que seus rivais.

A chave do jogo está no chamado “breakdown”, ou seja, todas situações de disputa de bola com a partida em movimento – além, claro, na capacidade de cada equipe transformar seus avanços em pontos, sob enorme pressão.

Curioso como o mundo da bola oval muitas vezes gira de forma tão rápida e particular como o próprio quique da ovalada. A esta altura, uma vitória dos Springboks seria uma zebra muito maior do que um triunfo da Argentina em Perth.