Samoa repete zebra, derruba líder Fiji e ressurge como potência no Sevens
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Depois do Quênia chocar o mundo o rúgbi Sevens, com vitória inédita em uma etapa de Circuito Mundial, foi a vez de Samoa surpreender na modalidade olímpica.
Neste fim de semana, os samoanos faturaram a 9a e penúltima etapa do torneio que reúne a elite do esporte. Assim como no triunfo dos quenianos, em Singapura, o adversário na decisão de Paris foi o mesmo: Fiji, atual campeão e líder da temporada.
Mas se o Quênia impressionou ao ganhar seu primeiro título de etapa depois de mais de 100 campeonatos, a história de Samoa é diferente. O país tem tradição na formação de jogadores e é conhecido por sempre apresentar seleções competitivas.
Já ergueram até a taça geral do Circuito Mundial de Sevens na temporada 2009/2010, ainda que viviam uma descendente nos últimos anos.
Ainda há outra diferença importante, desta vez favorecendo os africanos. O Quênia já tem vaga olímpica, enquanto Samoa lutará pelo último posto em uma repescagem mundial no mês de julho.
A vitória contra Fiji dá moral para conquistar essa vaga. Ainda mais com o tom dramático desta final. Samoa recuperou uma larga vantagem de Fiji, assumiu o placar no fim, e ainda conseguiu barrar o último ataque fijiano a centímetros da linha de try.
O que chama atenção mesmo na vitória de Samoa é que dentro de campo o grupo conseguiu se blindar dos graves problemas fora dos gramados do país.
Recentemente, a World Rugby bloqueou recursos para alguns países das ilhas do Pacífico, incluindo os samoanos, por más administrações.
Até por isso, o título tem mais peso. Ele deixa claro que estes jogadores são capazes. Se conquistarem a última vaga olímpica, não será nenhum espanto – muito menos se fizerem um bom papel na Rio-2016.
A Olimpíada, com certeza, deve espalhar ainda mais este conto samoano, baseado na superação, no respeito e no espírito de equipe – como toda boa história de rúgbi.