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Brasil tentará entrar para o Livro dos Recordes com maior scrum do mundo
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Foto: Shaun Botterill/Getty Images

Foto: Shaun Botterill/Getty Images

O Brasil pode entrar para a história do rúgbi no próximo dia 24 de outubro, e de um jeito curioso: com o maior scrum do mundo. A Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu) está reunindo fãs para tentar bater o recorde mundial, com 1161 participantes, e entrar no Livro dos Recordes.

Para atingir tal feito, a CBRu cricou o site www.maiorscrumdomundo.com.br, em que as pessoas podem se cadastrar para o evento do dia 24 de outubro, que acontecerá no Estádio do Ibirapuera, em São Paulo.

Atualmente, o recorde é de 1160 participantes, que aconteceu no dia 8 de agosto de 2015, no ANZ Stadium, na Austrália.

O scrum é uma das jogadas mais famosas do rúgbi. Ele aconteceu bastante vezes durante uma partida, sempre depois de um lance irregular. Confira na foto acima.

Tags : rúgbi


Jogador de rúgbi argentino bate recorde, mas não lembra do try que marcou
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Guido Petti, jogador de rúgbi da seleção argentina, atingiu feito memorável contra a Nova Zelândia: tornou-se o mais jovem a anotar um try pelos “Pumas” em Mundiais, aos 20 anos. O garoto, contudo, não poderá contar aos seus filhos e netos como o fez. Por conta de pancada que sofreu no lance, perdeu parte da lembrança: “Só tenho flashes”.

“No momento do try, recebi um golpe por trás. Não me lembro da jogada”, confessou ao jornal argentino La Nación. “Desde que peguei a bola, só tenho flashes. Não sou de marcar mutios tries e fazer um em Wembley, na abertura de um Mundial, foi lindo. Só que não me recordo, isso é uma lástima”, lamentou.

A partida aconteceu em 20 de setembro. Após o lance, o jovem deixou o campo e também foi poupado do segundo compromisso da seleção, contra Geórgia – além de concussão cerebral, teve um traumatismo na cervical. “O melhor é que não foi nada grave”, tranquiliza Petti, que já está à disposição para encarar Tonga, no dia 04 de outubro.

A Copa do Mundo de 2015 está sendo sediada no Reino Unido. Com derrota para a Nova Zelândia e vitória sobre a Georgia, a Argentina ocupa a terceira colocação do grupo C.

Foto: ADRIAN DENNIS/AFP

Foto: ADRIAN DENNIS/AFP


Após calar Inglaterra, Gales pode liderar o grupo da morte
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Por Bruno Romano

Foto: GABRIEL BOUYS/AFP

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(Sucesso de Gales contra Fiji passa pelas mãos do camisa 9 Gareth Davies)

Junte quatro das dez melhores seleções de rúgbi do planeta: País de Gales (2ª), Austrália (3ª), Inglaterra (6ª) e Fiji (10ª). Coloque-as para jogar entre si em estádios com 80 mil pessoas. Ponha à mostra a taça William Webb Ellis na entrada do campo em cada jogo, só para atiçar ainda mais a disputa. Por fim, deixe soar o apito e veja o estádio tremer e a bola oval ser tratada por quem conhece. No caso desta quinta-feira será a vez de País de Gales e Fiji, em duelo definitivo para o grupo da morte desta Copa.

Mesmo tendo vencido a Inglaterra no último sábado, há um perigo evidente no caminho dos galeses, em segundo lugar no grupo “A”, atrás dos australianos. Fiji já perdeu dois jogos até aqui (para Austrália e Inglaterra), mas tem velocidade, ousadia e poderio físico suficientes para fazer frente aos britânicos.

Acontece que o momento é todo de Gales, que jogará no seu templo, o Millenium Stadium de Cardiff. E mais, eles vêm embalados pela mais importante virtude de um time de rúgbi: o jogo em equipe.

Mesmo que o camisa 10 Dan Biggar tenha sido decisivo ao cravar sete chutes contra a Inglaterra, foi o trabalho coletivo que levou Gales à vitória – e a vice-liderança do ranking mundial. Para quem já perdeu pelo menos seis grandes destaques individuais por contusão, é um enorme feito.

Neste Gales x Fiji, as estatísticas mais atrapalham do que esclarecem o cenário. O momento dos dois times vai ser mais definitivo do que os números no resultado: Gales embalado, mas com menos descanso, e Fiji mais renovado, porém com desfalques importantes. Entender e atacar as fraquezas do adversário será determinante.

Nos últimos dez jogos, são oito vitórias galesas, um empate e um triunfo de Fiji. Se fizermos um recorte nos Mundiais, Fiji venceu em 2007 (38-34), tirando Gales do torneio, e os britânicos deram o troco em 2011 por 66 a 0, um placar que o capitão galês Sam Warburton já pediu publicamente para não ser usado como referência para o jogo desta quinta.

Fiji levará a campo seu time mais experiente da história, com 392 aparições pela seleção do Pacífico. Em posições chave, no entanto, terão grandes ausências, sobretudo a do velocista (de 1,96 metros e 125 quilos) Nemani Nadolo. Para sorte de Fiji, outro ponta rápido e com três dígitos na balança – Timoci Nagusa, artilheiro da última temporada do campeonato francês – se recuperou a tempo de enfrentar Gales.

O grupo da morte, o perigo fijiano e o placar apertado (17-13 para Gales) do último encontro há menos de um ano, obrigam o treinador galês a usar sua força máxima. O pack de forwards (números 1 a 8), grande fortaleza da equipe, se mantém intacto da vitória contra os ingleses. Nos backs (números 9 a 15), há três mudanças: entram Alex Cuthbert (#14), Tyler Morgan (#13) e o abertura reserva Matthew Morgan, jogando improvisado de fullback (#15).

Superar estes desafios e conquistar uma terceira vitória seguida deve fazer Gales esquecer de vez a assombração de tantas contusões até aqui. Liderar o grupo da morte, sem vários titulares, não apenas muda a mentalidade galesa, como os coloca de forma incontestável no posto de time a ser batido neste Mundial.

Foto: David Rogers/Getty Images

Foto: David Rogers/Getty Images

(O oitavo Taulupe Faletau fará seu 50º jogo por Gales nesta quinta-feira)

Les Blues encaram o Canadá

A vitória do Japão contra a África do Sul na primeira rodada da Copa deu a impressão de que mais zebras iriam logo invadir os gramados ingleses. O Canadá foi o que passou mais perto, ao quase bater a Itália em seu segundo jogo.

Esta Copa confirmou que o degrau entre seleções do primeiro, segundo e terceiro escalões diminuiu. Vencer os gigantes, como a França, no entanto, ainda é um desafio bem maior.

Como o que mais importa para os franceses é o último jogo do grupo com a Irlanda, a missão contra o Canadá é não perder o foco, nem as oportunidades de fazer try.

Para isso (e para azar dos canadenses) chegou a vez de grandes jogadores voltarem a campo, depois de um descanso contra a Romênia. É o caso de Frederic Michalak (#10), Thierry Dusautoir (#6) e Mathieu Bastareaud (#13). Botando na balança, será um peso muito grande para o Canadá suportar.

Foto: FRANCK FIFE/AFP

Foto: FRANCK FIFE/AFP

(Melhor do mundo em 2011, francês Thierry Dusautoir (dir.) volta a campo contra o Canadá)


Gigante de 150 kg e ritual de guerra: os segredos da vitória de Tonga
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Por Bruno Romano

Foto: Stu Forster/Getty Images

Foto: Stu Forster/Getty Images

(Ninguém segura: Opeti Fonua lidera o primeiro triunfo de Tonga no Mundial) 

Esqueça a técnica, a tática e os lances bonitos. Pense mais na garra, nas trombadas que podem ser ouvidas da arquibancada e nas jogadas arriscadas de um duelo em que ninguém tinha nada a perder. Foi neste ritmo alucinante que Tonga superou a Namíbia (35-21) em jogo único (e muito disputado) desta terça-feira de Mundial 2015.

O arsenal tonganês contava com três jogadores que somavam 360 quilos na primeira linha (números 1, 2 e 3) e gigantes como Opeti Fonua, oitavo do time inglês Leicester Tigers, que usou seus 148 quilos para atropelar pelo menos uma dúzia de namibianos. Este time de hoje, aliás, foi o mais velho e com mais aparições em campo por Tonga na história dos Mundiais.

A experiência e a força física fizeram a diferença, mas não foram as únicas armas. A velocidade de Tonga nos passes e nas viradas de jogo estava pelo menos três marchas acima dos adversários. Mais do que isso: até mesmo seus gigantes sabem correr e fazem bons passes em meio às trombadas – uma característica definitiva do rúgbi moderno, que tem se comprovado nesta Copa, não importa o nível da seleção.

Com muitos erros técnicos e táticos dos dois lados, a partida ficou bem longe de ser uma aula de rúgbi bem jogado. Mesmo assim, mostrou como um duelo com a bola oval pode ser emocionante e divertido de assistir, desde que jogado com tanta intensidade. Neste ponto, Tonga e Namíbia deram um ótimo exemplo. Até por que, em meio a tanta faísca que saiu de cada lance mais duro, o jogo passou longe da agressão e da violência.

Poder ver isso em uma Copa do Mundo empolga quem gosta de rúgbi e até atrai atenção de quem não conhece muito do esporte. Mas analisando a qualidade dos times, há muito mais erros do que acertos. O jogo de chutes (para aliviar a pressão ou para pontuar) foi péssimo. O número de tackles errados foi enorme. E a desorganização na defesa dos dois lados saltou aos olhos. Desse jeito, Tonga e Namíbia vão ser duas presas fáceis para os Pumas argentinos.

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

(Mais rápido em campo, Telusa Veainu guardou dois tries contra a Namíbia)

DICA DO DIA: É possível chegar a um nível altíssimo de performance, sem apelar para o doping. O programa “Keep Rugby Clean” (Mantenha o Rúgbi Limpo, em tradução livre) é prova disso. Neste ano de 2015, apenas um jogador galês foi pego em exames regulares – e recebeu quatro anos de suspensão do esporte. Saiba mais em: keeprugbyclean.worldrugby.org.

O CARA: Jacques Burger. Em seu 10º jogo pela Namíbia em Mundiais, o capitão da seleção africana anotou dois tries. Burger está um nível acima de seus companheiros de time. Joga pelo Saracens, na primeira divisão inglesa, e é considerado um dos terceiras-linhas mais valiosos e agressivos (no bom sentido) do rúgbi moderno.

Toda essa doação ao esporte, no entanto, tem data para acabar. Após a Copa, Burger anunciou que vai se aposentar da seleção – ainda jogará até o fim do ano pelos Saracens. Seu destino? Ele quer trocar tackles, trombadas e o agito de Londres pela vida de fazendeiro na Namíbia.

A FRASE: “Havia muita decepção no vestiário após a derrota para Gales, mas estamos transformando esse sentimento em uma mentalidade positiva durante a semana. Estou 100 % confiante disso. Poderíamos jogar amanhã contra a Austrália. A Inglaterra está unida”, Stuart Lancaster, treinador da Inglaterra em entrevista coletiva, analisando o duelo de “vida ou morte” contra a Austrália do próximo fim de semana.

IMAGEM: Antes da batalha desta terça-feira, a seleção de Tonga entoou o Sipi Tau, um canto de guerra que faz parte das tradições culturais do país, conhecidas como Kailao.

Entre outras coisas, a letra diz que as “águias do oceano” (apelido de Tonga) estão famintas; que elas se alimentam de fogo e água do mar; que a morte ou a vitória são seus possíveis destinos – e ambos lhe caem bem.

A Namíbia pode não ter entendido a letra, mas viu na pele o que o Sipi Tau significa.

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

LONDON EYE: Para quem espera um passeio de Gales contra Fiji nesta quinta-feira, pode se surpreender. O ultimo encontro com os fijianos acabou 17-13 para os galeses – resultado apertado para quem tinha o apoio da torcida no Millenium Stadium de Cardiff.

É óbvio que o embalo de Gales deve fazer a diferença (e até definir o jogo), mas Fiji não vai facilitar a vida dos algozes da Inglaterra. Mesmo com seis desfalques, por suspensões e contusões, Fiji nomeou seu time mais experiente da história em Mundiais, com 392 aparições somadas no elenco. Destaque para o back Timoci Nagusa, artilheiro da última temporada do Top 14, a primeira divisão da França.

Gales terá três alterações, todas na linha (números 9 a 15 do time). Para adiantar, as posições que mais “preocupam” serão ocupadas por Tyler Morgan (#13) e Mattew Morgan (#15), este último é a terceira opção galesa para fullback, graças a uma incrível má sorte com lesões. Mas esse é só um aperitivo. A análise completa deste confronto decisivo do “grupo da morte” fica para quarta-feira neste blog.

Foto: LOIC VENANCE/AFP

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(Fijianos treinam duro para encarar o País de Gales nesta quinta pelo Mundial)


Com recordes improváveis, Mundial atrai fãs e comprova evolução do rúgbi
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UOL Esporte

Por Bruno Romano

Foto: Shaun Botterill/Getty Images

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(Irlanda x Romênia: Recorde de público em Mundiais no estádio de Wembley)

Nunca um estádio ficou tão lotado em Copas do Mundo de Rúgbi como no duelo entre Irlanda e Romênia no último domingo. O público de 89.267 pessoas já é o maior da história do evento que, nesta edição 2015, tem média de 51.201 espectadores em 19 partidas completadas até aqui.

Um jogo com a Romênia em campo ter quebrado este recorde é apenas mais um dos trunfos deste Mundial 2015 – sinônimo de evolução do esporte e de mais equilíbrio em campo. Fora as zebras que já rolaram, basta lembrar que o artilheiro da Copa é um japonês (Ayumi Goromaru, com 29 pontos) e que o jogador que mais deu tackles até aqui veio da Geórgia (Viktor Kolelishvili já derrubou, sem dó, 35 oponentes em duas partidas).

Outros números comprovam o bom nível Mundial. A precisão de chutes é de 74.5%, a mais alta da história das Copas. E as seleções já anotaram 987 pontos, sendo 110 tries – média de quase seis por partida. Se o ritmo em campo se mostra alucinante, outra estatística é marcante até aqui: nenhum cartão vermelho em 25 horas de jogos pegados.

ENTRE “BALEADOS” E FERIDOS

Não bastasse a derrota para Gales, o rúgbi inglês sofre com a perda do oitavo Billy Vunipola, cortado do Mundial após romper os ligamentos do joelho. A Inglaterra logo apelou para o veterano Nick Easter, de 37 anos, convocado as pressas para encarar a Austrália.

Gales também perdeu dois guerreiros lesionados: Hallam Amos (ponta) e Scott Williams (centro). Logo, acionaram o experiente James Hook, com 78 jogos pelo seu país, e o novato Gareth Anscombe, nascido na Nova Zelândia e naturalizado galês. Os dois já estarão disponíveis para encarar Fiji na quinta-feira.

A boa notícia do dia vai para a Itália, que depois de dois jogos desastrosos (derrota para França e vitória no sufoco contra o Canadá), terá a volta de seu líder Sergio Parisse. Meio argentino, meio italiano, Parisse tem 32 anos e 113 convocações pela azzurri, sendo 60 deles como capitão. Ele já deve entrar em campo neste fim de semana contra a Irlanda.

Foto: David Rogers/Getty Images

Foto: David Rogers/Getty Images

(Nick Easter, veterano forward inglês, convocado para o Mundial)

FRANCO ATIRADORES

Depois de uma segunda-feira de folga, o Mundial retorna nesta terça com Tonga e Namíbia. Apesar de soar como um jogo qualquer, a intensidade da partida deve surpreender. Será o primeiro encontro das seleções em Mundiais, com os tonganeses loucos para provar que tem bom rúgbi e os namibianos apostando em uma chance honesta de ganhar seu primeiro jogo de Copa na história (já são 16 derrotas).

Com 327 convocações no elenco, e um passado que conta com vitória sobre a França em um Mundial, a superioridade de Tonga é clara. Do outro lado, a Namíbia se mantém uma incógnita, ainda mais com oito mudanças do time que perdeu para os All Blacks na estreia.

Não há muito parâmetros para medir o encontro direto, tirando um amistoso em 1997, com vitória de 20-14 para Tonga. Mas como a Geórgia já abalou as esperanças de Tonga neste grupo – e a Argentina não deve ter grandes dificuldades para superar Tonga e Namíbia – o jogo desta terça vira um legítimo embate de dois times sem nada a perder. E isso costuma botar fogo em um jogo de rúgbi.

Foto: Phil Walter/Getty Images

Foto: Phil Walter/Getty Images

(Jogadores da Namíbia sendo aplaudidos pelos All Blacks na estreia)


Torneios nacionais de rúgbi union entram na reta final. Saiba como assistir
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UOL Esporte

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O final de semana será recheado de jogos para quem é fã do rúgbi union. Como principal destaque, o São José faz confronto direto com o SPAC, pela liderança do “Super 8”, o Campeonato Brasileiro de Rúgbi XV, neste sábado (26), em São Paulo.

Comandado pelo ex-capitão da seleção brasileira Fernando Portugal, o São José lidera o Super 8 com 35 pontos, apenas dois a mais que o SPAC, quarto colocado e que chegou a ocupar a primeira colocação do torneio. Como a vitória vale ao menos quatro pontos, uma troca de posições entre os dois é possível.

No mesmo dia, o vice-líder Curitiba viaja a Santa Catarina para enfrentar a equipe do Desterro. Com 34 pontos, apenas um do São José, o time tem a chance de terminar a rodada no topo da tabela.

Série B entra na reta final

A segunda divisão do rúgbi nacional, chamada de “Taça Tupi”, está em uma fase mais avançada em relação à elite. Neste sábado tem início o mata-mata da semifinal, com as quatro equipes ainda remanescentes no torneio.

No Rio de Janeiro, o Niterói recebe o Rio Branco. Já no Rio Grande do Sul, os donos da casa, San Diego, terá pela frente o Wallys. As duas disputas acontecerão em jogo único, com possibilidade de prorrogação em caso de empate.

Confira em qual lugar assistir os quatro principais jogos do final de semana:

SUPER 8

SPAC x São José

Data/horário: 26/9/2015, às 14h30 (horário de Brasília)

Local: São Paulo Atlhetic Club (Endereço: Av. Atlântica, 1.448 – Santo Amaro – São Paulo/SP)

Árbitro: Mariano Goycoechea

Desterro x Curitiba

Data/horário: 26/9/2015, às 15h (horário de Brasília)

Local: Amocan (Endereço: Rua Afonso Cardoso da Veiga, 100 – Canasvieiras – Florianópolis/SC)

Árbitro: Murilo Braghotto

TAÇA TUPI

Niterói x Rio Branco

Data/Horário: 26/9/2015, às 15h (horário de Brasília)

Local: UFF Gragoatá (Endereço: Av. Visconde de Rio Branco, S/N , Gragoatá –Niterói/RJ)

Árbitro: Victor Barboza

 

San Diego x Wallys

Data/Horário: 26/9/2015, às 15h (horário de Brasília)

Local: Estádio da Montanha (Endereço: Rua Osvaldo Aranha, s/nº – Cidade Alta – Bento Gonçalves/RS)

Árbitro: Guillaume Ribera

Tags : rúgbi


Invasão da torcida e tática de risco embalam Argentina fatal no Mundial
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UOL Esporte

Por Bruno Romano

Se na derrota contra a Nova Zelândia (26-16) os Pumas argentinos mostraram suas garras, no triunfo desta sexta-feira em cima da Geórgia (54-09) eles deixaram claro que podem ser fatais. O placar do segundo tempo mostra bem isso: 40 a 0, em cima de uma seleção de nível inferior, é verdade, mas reconhecida justamente pela sua forte defesa.

Os argentinos lembraram hoje os “Pumas de Bronce” de 2007, a geração que terminou a Copa daquele ano em terceiro lugar, melhor colocação da história do país. Não custa lembrar que os Pumas de 2007 venceram naquele torneio a tradicional França por duas vezes no mesmo Mundial (jogando na própria França).

O que mais impressiona no resultado contra a Geórgia – o terceiro melhor do Mundial até aqui – é o fato de terem vencido sobre muita pressão. Uma derrota poderia significar um adeus precoce do Mundial.

Também chama atenção o caminho escolhido para a vitória: um jogo aberto, repleto de passes e viradas de direção, fugindo do confronto mais perto das formações. Não que falte qualidade argentina para isso. Acontece que este estilo exige bastante empenho físico e coordenação tática e, muitas vezes, acaba expondo o time para contra ataques.

Esta forma de jogar dos Pumas deixa claro o plano argentino na Inglaterra. É exatamente assim que atuam seleções de ponta, como os All Blacks neozelandeses e os Wallabies australianos. E é neste nível que os Pumas querem chegar (e até superar) neste Mundial.

A vitória com ponto bônus, com direito a sete tries (três a mais do necessário para somar cinco pontos na tabela), vai encher os Pumas de confiança. Um grande combustível para o time, mas também um incentivo traiçoeiro em início de Mundial.

O último toque em relação ao jogo de hoje – até por que a exibição dos Pumas fala por si só – é sobre a torcida. Foi assim contra a Nova Zelândia e se repetiu hoje contra a Geórgia: os argentinos invadiram a Inglaterra e têm deixado o clima mais vibrante nos estádios.

Vale lembrar que, por aqui no Brasil, muita gente do rúgbi – acreditem, fanáticos do futebol – torce pelos Pumas. Não é unanimidade, claro, mas todos concordam que os argentinos são sinônimos de raça, doação e jogo coletivo no rúgbi, características de quem vai longe em grandes torneios.

Se os Pumas aguentarem a batalha física desta Copa e se unirem essa paixão de dentro e de fora do gramado com a qualidade técnica de hoje, podem fazer estrago nas fases de mata-mata.

 

Foto: Michael Steele/Getty Images

Foto: Michael Steele/Getty Images

DICA DO DIA: Tem curtido os jogos do Mundial? Aqui no Brasil o rúgbi segue crescendo a cada ano. A primeira divisão de clubes, chamada Super 8, está entrando em sua fase decisiva. Você encontra a tabela de jogos e mais informações para acompanhar uma partida ao vivo em: rugbysuper8.com.br.

O CARA: Nicolás Sánchez. Por mais que Juan Imhoff (#11) e Santiago Cordeiro (#14) tenham feito dois tries cada um (ótimo desempenho, dentro de suas missões de finalizadores, jogando nas pontas) foi o camisa 10 Nico “Cachorro” Sánchez que deve ter deixado mais tranquilo o treinador Daniel Hourcade.

Nico sofreu muito na estreia contra os All Blacks, quando não fez um bom jogo. Desta vez, acertou penais e drops (chutes que valem três pontos no rúgbi) e, no momento mais difícil da partida, com apenas 11 a 9 para os Pumas, ele quebrou a linha da Geórgia com dribles velozes e deu um recado: esse jogo é nosso. O sucesso dos Pumas na Copa depende de bons dias como este de seu camisa 10.

A IMAGEM: O capitão argentino Agustin Creevy (#2) comemora a vitória com fãs em Gloucester, na Inglaterra.

Foto: Paul Childs/Reuters

Foto: Paul Childs/Reuters

A FRASE: “Confiamos nas nossas armas e saímos daqui hoje muito felizes”, Tomás Cubelli, scrumhalf (#9) argentino, que anotou um try e garantiu forte ritmo para os Pumas.

LONDON EYE: Um dos líderes dos Pumas, o back Juan Martín Hernández deixou o jogo no fim do primeiro tempo. Segundo a comissão técnica, foi uma precaução por um incômodo muscular na perna direita. Hábil, inteligente e decisivo, Hernández deve fazer muita falta se não se recuperar a tempo.

Em jogos contra adversários mais fortes, a presença de Hernández em campo pode fazer a diferença. Mais do que suas qualidades individuais, o “porteño” tem como grande qualidade a capacidade de passar confiança para o time, armando jogadas para os Pumas renderem ainda mais.

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Foto: Stu Forster/Getty Images


Artilharia inglesa derruba os fijianos voadores
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UOL Esporte

Bruno Romano
Colaboração para o UOL, em São Paulo

Todo jogador, treinador ou fã de rúgbi do planeta ficou um pouco nervoso hoje. Um frio na barriga – menor do que em dia de jogo, claro – anunciava o que estávamos esperando há tempos: finalmente chegou a hora da Copa do Mundo de Rúgbi 2015. Tente imaginar então o que estavam sentindo os 15 titulares da Inglaterra, anfitriã deste ano e seleção campeã mundial em 2003. Com o elenco mais jovem deste Mundial (média de 26.2 anos), os ingleses abriram a Copa com duas missões: encarar os 82 mil expectadores no estádio de Twickenham e vencer a veloz, criativa e ousada seleção de Fiji, apelidada por essas qualidades de Flying Fijians, ou fijianos voadores. Transformando toda essa pressão em apoio, os ingleses não tiveram vida fácil, mas cravaram 35 a 11 no placar. Mais do que isso, mostraram que a mítica da “fortaleza” de Londres, como os jogadores chamam o estádio, pode ser uma grande aliada na busca pela taça William Webb Ellis.

Esta foi a oitava vitória consecutiva dos ingleses em Twickenham. O templo do rúgbi inglês tem uma fama que se comprova nos números. Desde 1995, começo da era profissional do esporte, o aproveitamento da Inglaterra por ali é superior a 70% – fora do quartel-general, a porcentagem de vitórias cai para perto de 50%. É mais: a média de pontos feitos chega próxima a 32 por jogo, contra 24 pontos longe de Twickenham. Isso os ingleses já sabiam. O problema era superar a tão temida e falada “pressão” da estreia. Mas o antídoto para isso, estava nas mãos da comissão técnica inglesa.

Stuart Lancaster (head coach) e Graham Rowntree (treinador de forwards, os camisas 1 a 8) já tinham avisado antes do jogo: 1. Estamos na nossa casa; 2. Todo mundo vai nos apoiar; 3. Temos muito orgulho de estar aqui representando nosso país; 4. Na verdade, Twickenham pode ser muito intimidador, sim, mas para o adversário. “Quem você acha que vai estar mais pressionado?”, disse Rowntree. Na prática, a partida foi tensa e truncada. E, mais na vontade do que na organização, a Inglaterra conseguiu manter a vantagem até o fim. Aí, toda aquela confiança extra-campo se transformou, aos poucos, em pontos – mesmo com Fiji fazendo frente em um cenário realmente intimidador.

Para entender o que aconteceu hoje em Londres, é preciso voltar algumas semanas. Antes de enfrentar esta multidão sedenta por rúgbi (e por vitória), a estratégia inglesa foi bem diferente: se “esconder” em Denver, no Colorado (EUA), em uma preparação intensa antes do Mundial. Treinando na altitude, os jogadores fizeram uma viagem para formar grupo, que contou com pesados treinos físicos, monitoramento em GPS e ao vivo de batimentos cardíacos e atividades extras como expedições de rafting. “Foram os treinos mais difíceis da minha vida”, comentou o experiente Tom Wood, que jogou hoje de titular com a camisa 6.

O isolamento trouxe resultados neste sexto triunfo da Inglaterra contra Fiji na história (segue invicta no confronto direto). Não só os ingleses, mas o mundo do rúgbi ficou satisfeito e um pouco mais aliviado: o Mundial começou com tudo o que se esperava, unindo intensidade, combatividade e coragem – características definitivas do mais coletivo dos esportes. Quem se importa tanto com um show de técnica e tática quando um jogo segue aberto até o final?

Ali no gramado, quem acha que o grande teste de fogo da Inglaterra passou com a estreia, esqueceu de dar uma olhada na tabela. Eles têm pela frente o País de Gales (26.09), seus rivais de longa data, e Austrália (03.10), bicampeã mundial e vencedora do Rúgbi Championship 2015. Os dois jogos estão marcados para Twickenham, antes de os ingleses fecharem a fase de grupos contra o Uruguai (10.10), que vai para a Copa como coadjuvante. Se os jogadores chamam o estádio de Twickenham de fortaleza, para vencer o Mundial, mais do que nunca vão ter de transformar este time (e toda a torcida) na verdadeira fortaleza.

A DICA DO DIA:

Nunca dê meio metro de espaço para um fijiano. Ele pode fazer estragos. Foi o que o camisa 9 de Fiji Nikola Matawalu causou no primeiro tempo, ao driblar três ingleses, correr meio campo e chegar na linha de try. Se a bola não tivesse caído de sua mão, a história do jogo poderia ter sido bem diferente.

O CARA:

Mike Brown. Calmo e preciso, o camisa 15 da Inglaterra fez dois tries, salvou um try de Fiji e ainda soube lidar com todas as situações de “fogueira” comuns na vida de quem joga na posição de fullback, o último homem da defesa no rúgbi.

A IMAGEM:

COMEÇOU! Para os fãs de rúgbi, chegou a hora mais esperada do ano. Esses dois “figuras” aí em cima não são jogadores de verdade (claro!), mas a bola gigante em pleno castelo de Cardiff, no País de Gales, sim. Como diz o slogan do Mundial: “To big to miss”, algo como grandioso demais para perder!

A FRASE:

“Essa Copa do Mundo tem o potencial de fazer o rúgbi crescer como nunca vimos antes”, príncipe Harry, membro da família real inglesa que sempre acompanhou de perto o esporte.

LONDON EYE:

Fique de olho nos três candidatos ao título que fazem suas estreias neste sábado. Depois do jogo de abertura entre Tonga e Georgia, a #RWC2015 terá: Irlanda x Canada, África do Sul x Japão e França x Itália. Os irlandeses vêm com tudo depois de vencer o Six Nations 2015 (torneio anual mais antigo do rúgbi, reunindo as seis melhores seleções da Europa); os sul-africanos são bicampeões mundiais (1995 e 2007) e famosos pelo jogo duro, aliando técnica com força física e mental; os franceses bateram na trave no último Mundial, perdendo a final por um ponto para a Nova Zelândia. A França sempre chega com ares de que não está no auge, mas na hora que a ovalada entra em jogo, é perigosa demais.


Mundial de rúgbi começa com campeãs favoritas e olho em Irlanda e Argentina
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UOL Esporte

Atual campeã, Nova Zelândia é a grande favorita ao título na Inglaterra (crédito: Richie McCaw/Getty Images)

A Copa do Mundo de rúgbi começa nesta sexta-feira (18) com o jogo inaugural entre a dona da casa, Inglaterra, contra a seleção de Fiji. Únicas campeãs dos sete Mundiais já disputados, Nova Zelândia, África do Sul, Austrália e a própria equipe inglesa despontam como favoritas, mas dois times prometem surpreender: a sempre cascuda Argentina e a ascendente Irlanda, que venceu as duas últimas edições do Six Nations.

Convidamos Lucas ‘Tanque’ Duque, jogador da seleção brasileira de 7, para analisar as expectativas para o Mundial. Confira abaixo o que esperar da Copa.


Por que o mundo ama o rúgbi? Saiba mais sobre o esporte que atrai multidões
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A Copa do Mundo de rúbgi union começa nesta sexta-feira (18) e jogadas como as vistas no vídeo acima são mais do que esperada no evento que acontecerá na Inglaterra. E não é só isso. A última edição do torneio teve uma audiência de quatro bilhões de pessoas, e a expectativa é que esse número seja superado.

Para que você fique por dentro desse fenômeno que tem se tornado o rúgbi, o UOL Esporte preparou um especial com mais informações sobre o esporte que é praticado em 120 países. Confira.