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Brasil cai diante da Argentina e fica em 5º no Americas Championship
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Crédito: João Neto/Fotojump

A seleção brasileira masculina de rúgbi encerrou, neste sábado, em São José dos Campos, a sua participação no Americas Rugby Championship (ARC) com uma derrota por 42 a 7 para a campeã Argentina.

O Brasil ficou com a quinta colocação geral na competição, resultado que agradou a equipe.

“Sabíamos que ia ser um jogo muito complicado, mas procuramos evoluir em alguns quesitos dentro do jogo. Eles [argentinos] têm muitas qualidades táticas, técnicas e físicas. Cometemos erros em detalhes, e eles começaram a crescer no jogo. No segundo tempo, fizemos um jogo mais parelho, chutamos menos e passamos mais a bola. No final do jogo, fizemos um try. Estamos saindo de cabeça erguida. O saldo, ao todo, na competição, é bem positivo”, afirma Moisés Duque.

Ao longo do Americas Rugby Championship, o Brasil conquistou dois pontos-bônus diante de Chile e Uruguai e alcançou a histórica vitória diante dos Estados Unidos por 24 a 23. Pela primeira vez, uma equipe 26 posições abaixo no ranking mundial derrotou outra superior.

“Entramos na competição pensando na evolução. Só participando de competições como essa, de grande nível, que aumentaremos nosso nível. Foi muito positivo o saldo do torneio. Terminamos na frente do Chile. Mostramos desenvolvimento em campo, como na vitória diante dos Estados Unidos, potência mundial. Vamos continuar neste ritmo, mostrando evolução, trabalhando com jovens e seguindo nesse caminho que é o certo”, analisa Tanque, autor do try do Brasil na partida.


Argentina dá show contra seleção do mundo, e fecha ano histórico em alta
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Por Bruno Romano

(Sem medo de gigantes: Pumas passam pelos Barbarians na última partida de 2015 – Crédito: Charlie Crowhurst/Getty Images)

(Sem medo de gigantes: Pumas passam pelos Barbarians na última partida de 2015 – Crédito: Charlie Crowhurst/Getty Images)

Reunião de astros do rúgbi, os Barbarians são sinônimo de espetáculo. Mas quem deu show desta vez foram os Pumas. O jogo festivo entre a seleção da Argentina e a equipe de grandes craques de do mundo – disputado em Twickenham (Londres), neste fim de semana, com direito a homenagem à Jonah Lomu – coroou um ano incrível. Mais do que isso, confirmou a nova era dos argentinos no esporte.

Os Pumas atuais são um time confiante, ofensivo e criativo. Uma equipe que valoriza o jogo em equipe. E que não para de evoluir. Para entender como essa potência do esporte atingiu seu mais alto nível na história, reunimos os momentos chave de 2015. Ao que tudo indica, só o começo de um tempo em que os Pumas passarão a fazer cada vez mais estragos nos campos de rúgbi.

(1) Mês de agosto. Durban, África do Sul. A Argentina vence os donos da casa pela primeira vez na sua história. O triunfo aconteceu durante o Rugby Championship 2015, torneio que também conta com Nova Zelândia e Austrália – os Pumas jogam a competição desde 2012. O triunfo histórico sobre os Springboks (37-25) em território inimigo contou com três tries do camisa 11 Juan Imhoff.

(Crédito: Steve Haag/Getty Images)

(2) A tradicional Irlanda tinha todo o apoio da torcida nas quartas-de-final do Mundial 2015. Mas os Pumas estavam determinados a provar a boa fase. Com uma apresentação eletrizante, cravaram 43-20 e chegaram pela segunda vez na história em uma semifinal de Copa. Se a classificação final no Mundial (4º lugar) não foi capaz de superar os “Pumas de Bronce”, terceiros em 2007, a consistência do time atual e os números foram bem melhores. Os Pumas 2015 fecharam a Copa com o segundo melhor ataque, o artilheiro em pontos (Nico Sanchéz) e o time com mais metros conquistados.

(Crédito: Laurence Griffiths/Getty Images)

(Crédito: Laurence Griffiths/Getty Images)

(3) Troca de guarda: talentos ainda desconhecidos no mundo do rúgbi de elite deram as caras em 2015. E fizeram muito barulho. Nomes como Santiago Cordero (foto) foram essenciais na trajetória argentina. Assim como outros jovens Pumas, Cordero jogou no Pampas XV, seleção secundária dos “hermanos”. Em 2015, os Pampas faturaram o World Rugby Pacific Challenge de forma invicta vencendo Canadá, Japão, Samoa, Tonga e Fiji.

(Crédito: Michael Steele/Getty Images)

(Crédito: Michael Steele/Getty Images)

(4) Fora de campo, o ano também foi vitorioso. A União Argentina de Rúgbi (UAR) confirmou o contrato de grandes jogadores para a franquia que vai jogar o Super Rugby a partir de 2016. Para encarar os melhores clubes do hemisfério sul, os argentinos contarão com nomes como Agustin Creevy, carismático capitão dos Pumas em 2015 (foto), Juan Martín Hernández e Nicolás Sánchez (dois grandes destaques do ano). Praticamente todos os titulares no Mundial 2015, aliás, defenderão a nova franquia.

(Crédito: Gabriel Rossi/Getty Images)

(Crédito: Gabriel Rossi/Getty Images)

(5) Há um “ditado” no rúgbi que defende que não há amistoso no esporte. Quer dizer que em todo test match (como são chamados os jogos que não valem para um campeonato) as disputas são quentes. Os Pumas fecharam 2015 em um duelo espetacular contra os Barbarians, um time com base no Reino Unido que reúne astros do rúgbi em partidas comemorativas (e pegadas) há 125 anos. Desta vez, a equipe que contava com titulares de seleções como Austrália, África do Sul e Fiji no último Mundial, sucumbiu contra a Argentina por 49-31.

(Crédito: Charlie Crowhurst/Getty Images)

(Crédito: Charlie Crowhurst/Getty Images)


Pumas subestimam Austrália e são devorados pela nova favorita ao título
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Por Bruno Romano

A Argentina logo vai entrar para o primeiro escalão do rúgbi, mas ainda não faz parte do clube. E esse “detalhe” é definitivo na hora de pensar em como encarar um rival superior como a Austrália. Os Pumas escolherem um caminho arriscado demais, e ainda sentiram com o nervosismo e a pressão. Pagaram muito caro. E foram devorados por uma Austrália imbatível na defesa e fatal no ataque.

Como se não tivessem visto o jogo contra a Escócia (que quase eliminou a Austrália nas quartas), os Pumas aceleraram a velocidade desde o começo. Também trocaram passes demais em seu campo de defesa, e ainda partiram para o duelo físico. Pior: foram previsíveis. A ponto de tomar os primeiros dois tries logo no início do jogo.

Parecem ter subestimado que a Austrália tem a melhor terceira linha da atualidade (Pocock, Hooper e Fardy), capaz de atrapalhar toda e qualquer bola, e o melhor trio de fundo do planeta, com os pontas Adam Ashley-Cooper (autor de três tries), Drew Mitchell (que definiu o jogo em uma arrancada) e Israel Folau, frio e decisivo, mas um pouco abaixo do seu nível nesta semifinal, ainda voltando de contusão.

Nessas áreas, os Wallabies são até melhores que os All Blacks. E, por isso, levarão um pequeno favoritismo para a decisão do próximo sábado.

É claro que não dá para respeitar tanto o seu adversário. É preciso sempre entrar em campo acreditando no seu time, nos talentos individuais e na sua força para atropelar qualquer um, até mesmo os Wallabies. Mas havia outras formas de os Pumas chegarem ao mesmo objetivo.

Um começo de jogo mais conservador, buscando terreno, e uma acelerada repentina, na base da técnica e da continuidade, seria muito mais perigoso. Variando o ritmo e as jogadas. Testando um pouco os pontos fracos do dia. Mexendo com a cabeça dos Wallabies em vez de tentar superá-los em tudo a toda hora, em altíssima velocidade.

O placar final de 29-15, ou seja, duas posses de bola, esconde a diferença real desta semifinal: quatro tries para a Austrália e nenhum para os Pumas.

Mesmo que a segunda etapa tenha sido apertada – durante muito tempo a diferença ficou em sete pontos – o domínio dos Wallabies foi claro nos oitenta minutos.

Se com força máxima já é difícil bater um bicampeão mundial como a Austrália, cometendo erros e perdendo jogadores chave (o capitão Creevy, o craque Hernández e o matador Imhoff) a missão fica impossível.

É incrível como este time australiano, formado há praticamente um ano, já está mais do que pronto. Atuais campeões do Rugby Championship, vencendo até a Nova Zelândia, se tornaram, na hora certa, a equipe a ser batida no rúgbi mundial.

Nesta semifinal, a Austrália soube respeitar dois pilares do rúgbi: suas características (as boas e as ruins) e o seu adversário. Fizeram a lição de casa – se preferir, o plano de jogo – muito melhor do que os Pumas. E o aplicaram com intensidade, entrega e doação. Foi uma vitória imponente. E coletiva.

Os argentinos também levaram a campo a paixão e a garra de sempre. Mas se esqueceram de que agora é preciso aliar os “huevos” com técnica, tática, visão de jogo e, acredite, paciência. Só assim vão dar o passo final a caminho do “clube dos gigantes” do rúgbi.

O sonho argentino não acaba aqui, ainda que toda a imprensa coloque assim. É claro que a frustação é enorme, pois todos acreditavam na vitória, que era totalmente possível, mas ficou longe demais quando os Wallabies confirmaram força máxima para o duelo.

Mas assim que a cabeça esfriar, vai ficar mais clara a verdadeira trajetória dos Pumas para uma decisão de Copa do Mundo. Esse mesmo time que caiu hoje vai treinar e jogar junto durante os próximos quatro anos no Super Rugby, como uma franquia argentina.

Tudo garante que, da próxima vez, vai ser muito mais difícil segurar os Pumas.

Jogadores argentinos lamentam a derrota na semifinal para a Austrália em Twickenham

Jogadores argentinos lamentam a derrota na semifinal para a Austrália em Twickenham

O CARA: Adam Ashley-Cooper. O ponta dos Wallabies anotou três tries na semifinal. Copper personifica a atuação da Austrália: seguro, preciso e letal.

A IMAGEM:
diegui

Dieguito Maradona torceu, gritou, bebeu, dançou e sofreu na arquibancada de Twickenham, em Londres, o templo do rúgbi mundial.

A FRASE: “Sinto um orgulho gigante pelo que esses jogadores fizeram. Eu tenho um coração cheio e nós temos um ótimo futuro garantido com essa geração”, Daniel Hourcade, treinador dos Pumas, após a derrota.

LONDON EYE: Como se não bastasse ser o jogo dos únicos invictos desta Copa e uma das maiores rivalidades do rúgbi mundial, a final terá um sabor extra. É a primeira vez na história que as bicampeãs do mundo Nova Zelândia e Austrália disputarão em duelo direto a taça William Webb Ellis.

Um dia antes, na sexta-feira, tem mais jogo de alto nível. Os Pumas encaram a África do Sul pela disputa do 3o lugar. Se vencerem, igualam a seleção de 2007 como a melhor participação argentina em Copas do Mundo.


Austrália se impõe e acaba com sonho argentino na Copa do Mundo de rúgbi
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Dominante na maior parte do jogo, a Austrália fez valer seu favoritismo, aproveitou as poucas falhas defensivas da Argentina e está na final da Copa do Mundo de rúgbi. Em um jogo intenso e muito físico, os Wallabies fizeram 29 a 15 e vão encarar a Nova Zelândia no próximo sábado.

O resultado da semifinal premia as duas melhores equipes do planeta, em um duelo regional eletrizante. E como os All Blacks no sábado, a Austrália precisou suar muito para ir à decisão.

Não no começo, diga-se. Meio assustada, a Argentina começou desatenta, levou dois tries antes de 15 minutos e passou o resto do jogo correndo atrás do prejuízo. Nico Sanchez fez sua parte ao anotar cinco pênaltis com precisão, enquanto Foley, do outro lado, perdeu uma conversão e um pênalti, mantendo os Pumas no jogo.

Só que a Argentina não conseguiu um try sequer, sempre parando na força da defesa australiana. Durante cerca de 20 minutos do segundo tempo, por exemplo, os sul-americanos estiveram a sete pontos de um empate que levaria à prorrogação. Só que a bola nunca chegou a passar a linha defensiva dos Wallabies que passaram da marca de 125 tackles, com uma taxa de acerto de mais de 80% no fundamento.

Essa solidez permitiu ao ataque ser preciso quando a Argentina deu seus primeiros sinais de cansaço. O golpe final veio a menos de dez minutos do fim, quando Drew Mitchell fez grande jogada da esquerda para o centro e entregou a bola com precisão para Adam Ashley-Cooper, que anotou seu terceiro try e fechou o marcador.

Azar dos argentinos, que foram maioria no estádio em Londres e cantaram pelos Pumas ao longo de todo o jogo. Agora, os sul-americanos vão brigar com a África do Sul pelo bronze. Se vencerem, igualarão seu melhor resultado na história da Copa do Mundo, justamente o terceiro lugar em 2007.


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