Sonhado duelo entre Inglaterra e All Blacks pode acontecer ainda em 2017
UOL Esporte
Se você perguntar para qualquer fã de rúgbi qual jogo gostaria de ver hoje, é bem provável que a resposta seja All Blacks x Inglaterra. O problema é que não há nenhum duelo programado entre as seleções número 1 e 2 do planeta antes do fim 2018. Mas, segundo a mídia inglesa, as movimentações começam a esquentar nos bastidores.
Com a ascensão da Inglaterra, atual vice-líder do ranking mundial e bicampeã do Six Nations, o teste final para medir o real impacto desta geração só pode acontecer mesmo diante dos homens de preto. E o treinador Eddie Jones não quer esperar até 2018 para medir forças com a Nova Zelândia, o time a ser batido, já as vésperas do Mundial no ano seguinte.
Traduzindo: o maior interessado no jogo neste momento é a Inglaterra. E é dessa premissa que deve avançar a negociação entre Steve Tew e Ian Ritchie, presidentes das uniões dos países, que não desmentem a possibilidade, mais ainda deixam o tema no ar.
De um lado, o interesse comercial pode atrair ambos. Do outro, sobretudo para os All Blacks, a situação ainda é vista com precaução. Acontece que 2017 já conta com um tour dos British and Irish Lions, o combinado britânico que deve escalar, aliás, vários dos atuais titulares ingleses. Além disso, já estão confirmados test matches de fim de ano contra França, Escócia e País de Gales, adversários de alto nível.
Ainda há uma outra pedra no caminho. Segundo o londrino Daily Mail, a NZ Rugby já tem na mesa uma proposta de jogo em comemoração aos 125 anos dos Barbarians, uma seleção de craques planetários. A partida renderia cerca de 2 milhões de libras (aproximadamente R$ 7.647.000) para os All Blacks e seria disputada no dia 4 de novembro, mesma data que surge como opção para os ingleses.
Na condição de federação mais rica do mundo, a Inglaterra vai ter de negociar. Estimativas atuais giram em torno de 3 milhões de libras (cerca de R$ 11.470.000) para a Nova Zelândia, caso avance uma proposta de duelo em Twickenham, Londres, com verba repartida entre as seleções.
Dirigentes ingleses avaliam agora se a decisão é o melhor caminho, tanto esportivo como comercial, pensando em abrir ou não precedentes para negociações futuras com os neozelandeses.
Para os All Blacks, as apresentações fora do país são importante fonte de renda. Recentemente, enfrentaram os Estados Unidos, em Chicago, e o Japão, em Tóquio, além da Irlanda, também em território norte-americano – uma derrota inesperada, mas que rendeu cerca de 1 milhão de dólares (o que equivale hoje a R$ 3.115.500) aos cofres do país líder do ranking.
A última vez que All Blacks e Inglaterra se enfrentaram foi em 2014, em um ano que contou com quatro duelos diretos (três deles na Europa), todos com vitória neozelandesa.
Atualmente, as seleções dividem o recorde de vitórias consecutivas no esporte, com 18 triunfos, uma marca que a Inglaterra pode superar no próximo fim de semana caso vença a Irlanda na despedida do Six Nations.