Por Bruno Romano

Os atuais campeões olímpicos e bicampeões do Circuito Mundial de Sevens não vão ter vida fácil na nova temporada. Fiji já encontrou pela frente rivais a altura do trono da modalidade, sedentos por um título que não conquistam desde 2010.

Quem já colocou fogo no rúgbi Sevens foi a África do Sul, vice-campeã das últimas quatro temporadas do Circuito e vencedora da etapa inaugural de 2016-2017 em Dubai, agora valendo medalhas de ouro, prata e bronze.

Mais do que uma performance invicta e perto da perfeição na estreia, a seleção sul-africana tem pela frente um torneio em casa, disputado na Cidade do Cabo, no próximo fim de semana. Campeã nas quatro edições passadas e extremamente embalada, tem tudo para repetir o feito e disparar na liderança do torneio.

Não dá para tirar os méritos da prata de Fiji, é bem verdade. Depois de perder o comandante Ben Ryan, os fijianos voadores ainda contam com um treinador interino até que o galês Gareth Baber, muito menos experiente que Ryan, assuma de vez em 2017.

Com dois jogadores estreantes e um time em grande parte renovado da Rio-2016, Fiji foi brilhante ao chegar até a final. Era natural que a equipe relaxasse depois de atingir o ápice, mas foi exatamente o oposto que se viu em Dubai.

Com muita lenha ainda pra queimar, Fiji ainda vai ser páreo duro para a África do Sul, que tem um elenco mais completo e rodado que o dos rivais. Vale lembrar que na etapa de Dubai, a seleção africana chegou a aplicar 40-0 contra a Nova Zelândia nas quartas-de-final.

O que impressiona nos sul-africanos, além da versatilidade de todos os jogadores, é a velocidade em campo, ao pensar e agir. Como estão entrosados, confiantes e com o título entalado na garganta há cinco anos, vai ser difícil pará-los desta vez.