Ode ao rúgbi amador, campeonato argentino põe à prova supremacia da capital
UOL Esporte
Com equipes 100 % amadoras, a 72a edição do Campeonato Argentino de rúgbi começa neste fim de semana. Reunindo as seleções das províncias do país, o torneio tem como atual campeão Buenos Aires, o que acirra ainda mais o imprevisível embate entre o tradicional rúgbi jogado na região da capital e a força do interior.
Disputada em quatro divisões, a competição terá também a presença da seleção principal do Paraguai, além de uma equipe de desenvolvimento do selecionado uruguaio.
Enquanto Las Águilas, apelido do rúgbi portenho, entram com moral de favorito, outros dois centros formadores de atletas e com longa história no esporte lutam de perto pelo título: Córdoba e Tucumán.
A tradição de Buenos Aires, na verdade, só foi transformada em troféu recentemente na temporada 2015, após sete anos de jejum. Quem tem dominado o torneio são justamente cordobeses e tucumanos, dividindo três títulos cada nos últimos sete anos.
Também fazem parte da primeira divisão as províncias de Rosario, Cuyo (Mendoza) e Salta. Na ''segundona'', jogam Mar del Plata, Alto Valle, Sur, Entre Ríos, Nordeste e Santa Fé. O Uruguay XV entra da terceira divisão, ao lado de mais cinco províncias, e o Paraguai atua na quarta, com outras oito equipes.
De alto nível competitivo, o campeonato argentino mantém a tradição de todas as competições entre clubes no país. É proibido pagar salários para atletas. Com este espírito amador, o que se vê durante as disputas são verdadeiras festas do rúgbi, movimentando clubes (e até cidades inteiras muitas vezes) por onde os jogos passam.
Se a opção for se tornar profissional, os caminhos para os atletas são claros: buscar um clube no exterior, em via direta, sobretudo na Europa, ou achar espaço por meio de programas de alto rendimento de seleções, o que pode render vaga nos Jaguares, equipe argentina que atua no Super Rugby.