Por trás de Pumas x All Blacks, World Rugby define novos rumos do esporte
UOL Esporte
Por Bruno Romano
O esperado duelo entre Argentina e Nova Zelândia vai atrair a atenção do mundo do rúgbi neste sábado, em Buenos Aires. Mas é uma reunião da alta cúpula da World Rugby, na própria capital, que deve definir os rumos da modalidade nos próximos anos.
O encontro será liderado pelo novo presidente da entidade, o britânico Bill Beaumont, e o seu vice, o argentino (e ex-capitão dos Pumas) Agustín Pichot.
Além de temas políticos e estratégicos, reuniões deste porte costumam definir bases esportivas e econômicas no esporte, o que inclui o destino de grandes investimentos.
Se a América do Sul ganhou atenção especial com a última Olimpíada, a bola da vez deve ser mesmo a Ásia, sede da próxima Copa do Mundo de rúgbi XV e dos Jogos de 2020, em Tóquio.
A aprovação de novas regras – já em testes em campeonatos pelo mundo – e a avaliação da participação do rúgbi na Rio-2016 também estão na pauta, assim como a preparação para o Mundial de 2019 no Japão.
“O rúgbi está vivendo um crescimento recorde, nunca antes vimos tantos homens, mulheres e crianças se aproximando do esporte”, comemora Beaumont. Por trás da euforia, no entanto, temas mais delicados deste “boom” também devem ser colocados na mesa.
É o caso do bem-estar dos praticantes, envolvendo o aumento no número de lesões, por exemplo, e outros pontos ainda mais polêmicos, como o aliciamento de atletas cada vez mais jovens em polos de talentos como as ilhas do Pacífico e a naturalização de jogadores.
Também é esperado que a união dos dirigentes traga algum posicionamento sobre um novo calendário global do rúgbi. Tema de ainda difícil digestão, sobretudo para os europeus, a ideia de unir datas dos hemisférios sul e norte é um dos grandes desafios da era Beaumont-Pichot no comando do rúgbi mundial.