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TRC: Revanche do Mundial esquenta estreia com Austrália x Nova Zelândia

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Austrália e Nova Zelândia se enfrentam no TRC 2015 (Crédito: Anthony Au-Yeung/Getty Images)

Austrália e Nova Zelândia se enfrentam no TRC 2015 (Crédito: Anthony Au-Yeung/Getty Images)

Por Bruno Romano

O The Rugby Championship (TRC) não poderia começar com um duelo de maior peso. Nova Zelândia e Austrália, rivais na decisão da Copa do Mundo de 2015, se reencontram pela primeira vez neste sábado, na rodada de estreia do torneio anual que também recebe Argentina e África do Sul.

Enquanto o mundo esportivo vive os últimos dias de Jogos Olímpicos, o TRC pede espaço para o pontapé inicial da competição que costuma ditar o ritmo do rúgbi XV mundial. Wallabies e All Blacks entram em campo às 7h do sábado, na Austrália. Já Pumas e Springboks jogam às 12h, na África do Sul.

O antigo Tri-Nations, que conta com os Pumas argentinos desde 2012, é sinônimo de rivalidade. Ainda que a Nova Zelândia venha dominando o cenário com títulos em 2012, 2013 e 2014, foram os australianos que venceram a edição 2015, com número de jogos reduzidos, justamente pelo ano de Mundial.

O duelo da Oceania também guarda uma história a parte. Tanto a partida de ida (a Austrália jogam em Sydney neste fim de semana), quanto a de volta (marcada para o sábado seguinte em Wellington) valem pela Bledisloe Cup.

Esta tradicional taça paralela, criada na década de 1930, premia o vencedor de uma disputa anual de melhor de três jogos entre as duas seleções. Após o TRC, um terceiro encontro termina com a entrega da Bledisloe, que desde 2003 está na mão dos All Blacks.

Não bastasse toda rivalidade e intensidade já esperada nos jogos, a edição 2016 também traz uma novidade. O TRC adotou o esquema de ponto bônus ofensivo para a seleção que vencer por uma diferença igual ou maior do que três tries – antigamente, fazer quatro tries ou mais garantia o ponto na tabela, independente da diferença final no placar.

Perder por sete ou menos pontos continua premiando um ponto bônus defensivo. Mas é a mudança na forma de pontuar no ataque que pode trazer um jogo ainda mais ofensivo entre as seleções dominantes do hemisfério sul. O formato de liga também acirra ainda mais as chances de título e abre caminho para novas estrelas do rúgbi brilharem em campo.