Mais rápido que Bolt, norte-americano define vitória sobre Brasil
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Do UOL, no Rio de Janeiro
Carlin Isles não é um jogador de rúgbi comum. O ex-corredor norte-americano já tentou a vida esportiva no atletismo, com bom destaque em torneios locais, mas embarcou no Sevens no começo deste ciclo olímpico que culminou na Rio-2016.
Seus primeiros 40 metros de aceleração são até mais rápidos do que o do multicampeão jamaicano Usain Bolt, medidos recentemente em pista oficial. Foi exatamente com esta velocidade que Isles definiu o confronto contra o Brasil no fim da tarde desta terça-feira em Deodoro, pelo grupo ''A'' do rúgbi masculino.
O try de Isles acabou com as esperanças de um time brasileiro que ainda sonhava com um triunfo neste primeiro dia de duelos. Classificar-se como alguns dos melhores terceiros colocados já parece uma missão inatingível.
Mais uma vez, a seleção foi extramente combativa e agressiva na defesa, sobretudo nos tackles. Mas a falta de criatividade (aliada a objetividade) no ataque nos deixaram de novo atrás do marcador. Mais cedo, a seleção já havia sido derrotada por Fiji, favorita ao ouro.
Assim como na estreia, o começo brasileiro foi empolgante. Mas logo ao tomar o primeiro try a equipe parece, aos poucos, se entregar aos rivais mais fortes.
A combinação de falta de experiência neste nível com o crescimento dos adversários, a cada jogo mais soltos na competição, deve ser mesmo fatal para o Brasil. E este gigante desafio para nossa seleção, que entrou como convidada, não para.
Nesta quarta-feira, às 13h, é a vez de encarar a Argentina. Os ''hermanos'' caminham a passos firmes rumo ao mata-mata. Já venceram os Estados Unidos (17-14) e venderam muito caro a derrota para Fiji, por apenas um try (21-14). Se mais alguém abaixar a guarda na hora da decisão, eles podem acabar em um merecido pódio.