9 de agosto de 2016 – O Blog do Rúgbi http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br Um grupo de jornalistas está focado em buscar as melhores jogadas, os melhores tackles – e pancadas -, e os momentos mais emocionantes do mundo do rúgbi. Fri, 31 Mar 2017 17:31:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Mais rápido que Bolt, norte-americano define vitória sobre Brasil http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/mais-rapido-que-bolt-norte-americano-define-vitoria-sobre-brasil/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/mais-rapido-que-bolt-norte-americano-define-vitoria-sobre-brasil/#respond Tue, 09 Aug 2016 22:22:50 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=1696 O brasileiro Gustavo Albuquerque tenta passar pela marcação dos EUA (David Rogers/Getty Images)

O brasileiro Gustavo Albuquerque tenta passar pela marcação dos EUA (David Rogers/Getty Images)

Por Bruno Romano
Do UOL, no Rio de Janeiro

Carlin Isles não é um jogador de rúgbi comum. O ex-corredor norte-americano já tentou a vida esportiva no atletismo, com bom destaque em torneios locais, mas embarcou no Sevens no começo deste ciclo olímpico que culminou na Rio-2016.

Seus primeiros 40 metros de aceleração são até mais rápidos do que o do multicampeão jamaicano Usain Bolt, medidos recentemente em pista oficial. Foi exatamente com esta velocidade que Isles definiu o confronto contra o Brasil no fim da tarde desta terça-feira em Deodoro, pelo grupo “A” do rúgbi masculino.

O try de Isles acabou com as esperanças de um time brasileiro que ainda sonhava com um triunfo neste primeiro dia de duelos. Classificar-se como alguns dos melhores terceiros colocados já parece uma missão inatingível.

Mais uma vez, a seleção foi extramente combativa e agressiva na defesa, sobretudo nos tackles. Mas a falta de criatividade (aliada a objetividade) no ataque nos deixaram de novo atrás do marcador. Mais cedo, a seleção já havia sido derrotada por Fiji, favorita ao ouro.

Assim como na estreia, o começo brasileiro foi empolgante. Mas logo ao tomar o primeiro try a equipe parece, aos poucos, se entregar aos rivais mais fortes.

A combinação de falta de experiência neste nível com o crescimento dos adversários, a cada jogo mais soltos na competição, deve ser mesmo fatal para o Brasil. E este gigante desafio para nossa seleção, que entrou como convidada, não para.

Nesta quarta-feira, às 13h, é a vez de encarar a Argentina. Os “hermanos” caminham a passos firmes rumo ao mata-mata. Já venceram os Estados Unidos (17-14) e venderam muito caro a derrota para Fiji, por apenas um try (21-14). Se mais alguém abaixar a guarda na hora da decisão, eles podem acabar em um merecido pódio.

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Brasil dá sufoco em Fiji, mas sofre virada em dia de zebras no rúgbi http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/brasil-da-sufoco-em-fiji-mas-sofre-virada-em-dia-de-zebras-no-rugbi/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/brasil-da-sufoco-em-fiji-mas-sofre-virada-em-dia-de-zebras-no-rugbi/#respond Tue, 09 Aug 2016 19:21:36 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=1692 (Seleção japonesa celebra improvável vitória contra os All Blacks Sevens. Crédito: David Rogers/Getty Images)

(Japão celebra improvável vitória contra os All Blacks Sevens. Crédito: David Rogers/Getty Images)

Por Bruno Romano

Depois da maior zebra do rúgbi olímpico até aqui, com o emergente Japão vencendo a tradicional Nova Zelândia nesta terça-feira (14-12), quase o Brasil repete a dose no primeiro dia de duelos masculinos no estádio de Deodoro.

Na estreia contra Fiji, favorita ao ouro na Rio-2016, nossa seleção masculina saiu na frente e chegou a dominar as ações, antes de assistir uma eletrizante virada.

Com o passar do tempo, os fijianos foram obrigados a acelerar o ritmo, e acabaram cravando um triunfo do tamanho do seu nível atual: 40-12. Logo no primeiro confronto do dia, a França já havia surpreendido a Austrália (31-14), dando o tom de um torneio que pode guardar ainda muitas surpresas.

Dentro de campo, a defesa ainda é o grande problema brasileiro. Falhas de comunicação e de tomadas de decisão acabam sendo crueis. Todo o ímpeto que o Brasil conquistou com o primeiro try de Felipe Claro, logo foi se apagando com erros que poderiam ter sido evitados.

Ainda que o lance do try mostre o melhor da seleção – uma mistura de agressividade, coragem e apoio – o jogo de forma geral escancara nossas deficiências: um time que ainda carece de entrosamento e que tem dificuldade em se sobressair nos lances de contato.

O que empolga em uma estreia com derrota de quase 30 pontos é a diferença de realidade entre os atletas. De um lado, os melhores jogadors do mundo do Sevens, com bons salários, alguns nos principais clubes europeus. Do outro, gente que não vive do rúgbi, mas para o rúgbi (e ainda se divide entre os duros treinos com atividades paralelas).

Não dá para mascarar que este time é apenas uma pequena mostra de alguns talentos que temos por aqui. O dia-a-dia do esporte nacional ainda está muitos degraus abaixo de seleções como Fiji. Nem por isso, o desempenho corajoso neste primeiro jogo não merece aplausos.

Na última bola, já com o tempo estourado, Gustavo Albuquerque ainda anotou nosso segundo try. A imagem de uma equipe que vai lutar até o fim, não importa contra quem e nem quando, parece que vai ser a marca desta seleção.

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