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Vice na Europa embala Brasil olímpico e deixa “pistas” dos convocados

UOL Esporte

Brasil celebra o segundo lugar no Roma Sevens 2016 (Foto: Divulgação)

Brasil celebra o segundo lugar no Roma Sevens 2016 (Foto: Divulgação)

No último grande teste internacional antes da Rio 2016, a seleção brasileira chegou à final do Roma Sevens, na Itália, torneio na modalidade olímpica disputado neste fim de semana. A campanha contou com quatro vitórias e duas derrotas, a segunda contra a África do Sul na final – e ajudou a desvendar os possíveis convocados para a Olimpíada.

É bem verdade que os adversários não eram os mesmos times de elite do Circuito Mundial, onde o Brasil atuou como convidado nas etapas de Vancouver, Paris e Londres, além de um torneio paralelo em Hong Kong, tudo em 2016.

Mesmo assim, forças intermediárias como a seleção do Chile e as equipes de desenvolvimento da França e da África do Sul, rival na decisão, estavam no caminho. Mais do que vencer os chilenos e o time “B” da França, e ainda fazer um jogo parelho com a África do Sul na decisão – três bons sinais –, foi a defesa brasileira que chamou mais atenção.

No primeiro dia de duelos, o Brasil tomou apenas dois tries em três jogos, ambos contra o Kings of Rome, formado por atletas internacionais. Nos triunfos sobre a Tunísia (26-0) e o combinado italiano 3/4s DM (40-0), ninguém cruzou o in-goal da seleção.

Contra equipes mais fortes, a seleção brasileira tem se mostrado perigosa com o controle da bola, mas bastante vulnerável sem ela. A confiança dos bons resultados em Roma, junto do aparente amadurecimento da defesa, pode embalar o Brasil na dura missão de ser o time convidado da Olimpíada, jogando entre as melhores seleções do mundo.

O Roma Sevens também serviu como experiência final para o treinador argentino Andrés Romagnoli fechar o grupo de 12 atletas olímpicos – há cerca de 20 nomes que defenderam o Brasil 7’s nos últimos eventos com chance de entrar na lista.

Dos jogadores que atuaram na Itália, os mais constantes em convocações de Andrés nos meses passados, logo, com possibilidades maiores de aparecerem no Rio, são Felipe Santana, o “Alemão” (SPAC), os irmãos Daniel e Felipe Sancery (São José), Gustavo Albuquerque, o “Rambo” (Curitiba), Laurent Bourda (Bandeirantes Saracens), Moisés Duque (São José) e André Nascimento, o “Boy” (SPAC).

Eles concorrem de perto às vagas com outros destaques de listas recentes, mas que não viajaram à Itália por diferentes motivos, como Lucas Duque, o “Tanque” (São José) e a dupla Juliano Fiori e David Harvey, que atua fora do país, na Inglaterra e Austrália, respectivamente.

Atletas de destaque que acumulam atividades com a seleção de XV lutam por espaço como Lucas Muller (Desterro) e Stefano Giantorno (NaFor), presente no elenco de Roma. Também sonha com a vaga o capitão do XV brasileiro João Luiz da Ros, o “Ige”, há tempos longe do grupo olímpico, mas ainda na ativa e com longa experiência na modalidade, mesmo caso de Diego Lopez, o “Diegão” (Pasteur).

Destaques da nova geração parecem correr por fora, disputando entre si os postos restantes. É o caso de Arthur Bergo (SPAC), Lucas Domingues (Curitiba), Lucas Drudi (Jacareí), Mateus Estrela (Niterói), Matheus Cruz (Jacareí) e Robert Tenório (Pasteur/RPT).

O mistério pode durar até o dia 18 de julho, data limite para Andrés e a comissão técnica definirem os Tupis que vão entrar em campo no Rio de Janeiro.