Massacre argentino no Super Rugby levanta moral de Jaguares e Pumas
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Logo de cara, o placar já impressiona: 73-27. Chama mais atenção ainda falando de Super Rugby, torneio que reúne as principais equipes de Nova Zelândia, Austrália e África do Sul (dos países top 3 do ranking mundial), e que recebe em 2016 a estreia dos japoneses do Sunwolves e dos argentinos dos Jaguares.
Os mais de setenta pontos dos Jaguares do último fim de semana tiveram como vítima os Southern Kings, time do segundo escalão sul-africano, que traz como fortaleza o jogo de impacto e força física.
Foram 11 tries argentinos. Total de 40 pontos só no primeiro tempo. Uma aula de apoio, continuidade e offloads. E uma mostra de gala de dinâmica de jogo, confiança e efetividade.
''Não foi apenas a melhor marca dos Jaguares no torneio, como também a melhor produção ofensiva da maioria destes jogadores argentinos dentro de um campo de rúgbi'', avaliou a ESPN argentina, emissora que acompanha bem de perto todos os passos da nova franquia.
O placar do jogo, no entanto, foi uma exceção no torneio até aqui. Disputando a conferência sul-africana, os Southern Kings estão em sexto lugar de oito times – são 14º no geral entre 18 franquias, contando a tabela completa.
Esta foi apenas a segunda vitória dos argentinos no torneio em dez rodadas. Mas veio em ótima hora: na semana anterior, haviam perdido para os Sunwolves (36-28), os outros estreantes do Super Rugby.
Vale lembrar que, no mínimo, metade da seleção argentina atual joga no elenco dos Jaguares. A grande ''vitória'', portanto, pode estar guardada para o longo prazo (leia-se: Copa do Mundo do Japão 2019).
Quando os Pumas se juntarem novamente para representar a Argentina (4ª colocada do último Mundial), nos amistosos de julho e no Rugby Championship, vai ser possível sentir pela primeira vez se a ideia de juntar uma seleção em um clube renderá de fato bons frutos.
Mesmo com maus resultados dos Jaguares neste ano – tirando este passeio contra os Kings –, tudo indica que sim.