O Blog do Rúgbi

O que aprendemos com o Americas Rugby Championship

UOL Esporte

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Por Bruno Romano

No primeiro torneio continental de alto nível da sua história, o Brasil não aceitou a posição de “saco de pancadas”. Em cinco jogos contra as maiores forças de rúgbi XV masculino do pedaço, os Tupis mostraram raça, jogo coletivo e evolução. Selecionamos, partida a partida, as grandes lições deste primeiro Americas Rugby Championship.

1. Chegamos no Chile

Até pouco tempo, os chilenos ainda eram um osso bem mais duro de roer. O Brasil duelava com o Paraguai para ser a quarta força do continente – um jogo contra os Jacarés paraguaios, neste embalo do ritmo do ARC, provavelmente acabaria com boa vitória brasileira hoje. Ainda não ultrapassamos os Condores chilenos, mas a derrota apertada neste ARC (25-22), a vitória recente no Sul-Americano 2014 e o nível mostrado na competição garante que estamos bem perto disso.

2. Precisamos melhorar o scrum

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Nenhuma seleção do mundo consegue se impor sem um bom scrum fixo. Esta foi provavelmente a grande fraqueza do Brasil no ARC. Na boa partida contra o Uruguai ficou claro como ele fez falta. Os Tupis equilibraram o jogo aberto, mas foram dominados nos scrums – e deixaram escapar o que poderia ser uma vitória marcante. O rodízio de jogadores (e a falta de conjunto, essencial no scrum) explica um pouco da história. O objetivo no ARC era dar rodagem aos atletas, claro, mas o próximo passo adiante passa por um fixo muito melhor.

3. O caminho vai ser duro…

Frio, longe e com campo sintético. Assim o Canadá recebeu o Brasil para o terceiro jogo do ARC. Usar todas as condições a favor em duelos em casa é uma prática comum no rúgbi. Os canadenses armaram uma arapuca para os Tupis, que sentiram o golpe no começo do jogo. O placar elástico mostra que ainda temos um árduo caminho, mas a valentia brasileira no fim do jogo (e os três tries anotados) deixam claro que o que estava ao alcance foi feito.

4. … Mas vamos chegar longe

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Os Tupis transformaram o revés no Canadá em um dia de rúgbi histórico na Arena Barueri (SP). Venceram os Estados Unidos e surpreenderam o mundo oval com um dos triunfos mais improváveis de todos os tempos no esporte.

5. Os argentinos podem (e vão) nos ajudar

Depois de uma aposta de parceria com a Nova Zelândia no alto rendimento, o Brasil mudou de rumo e garantiu argentinos para o comando das seleções masculinas de XV (Rodolfo Ambrosio) e Sevens (Andrés Romagnoli). Jogadores meio argentinos meio brasileiros, como o hooker Yan Rosetti, também tem feito bons jogos pelo Brasil. A proximidade das culturas e da linguagem, e o fato de sermos vizinhos de uma das maiores potências do rúgbi finalmente estão trazendo bons frutos.

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