Por Bruno Romano

Quando o Americas Rugby Championship foi anunciado, o suposto campeão de 2016 parecia evidente: a Argentina, com EUA e Canadá correndo por fora. Só que o novo torneio continental tem comprovado a rápida evolução dos Estados Unidos, líderes da competição, e adversários do Brasil neste fim de semana.

O placar de 64-0 contra o Chile no último domingo mostra o quanto os norte-americanos estão embalados. Os Eagles, como são conhecidos no mundo do rúgbi, trazem a base do Mundial 2015, com boas novidades.

Para 2016, investiram em John Mitchel, ex-treinador dos All Blacks (2001-2003) e de equipes do Super Rugby. O time traz forwards (números 1 a 8) fortes e rápidos. Backs (número 10 a 15) ágeis e técnicos. Formações fixas poderosas e precisas. Além de muita velocidade, apoio e continuidade.

No confronto direto, EUA e Argentina empataram na rodada inicial em 35-35. De lá para cá, os Eagles deslancharam mais que os ''hermanos'', que trazem a campo a Argentina XV e não os Pumas, seleção principal – essa, sim, seria difícil de bater.

Por mais que o rúgbi não faça parte da lista de esportes mais adorados do país, os Estados Unidos já perceberam o potencial esportivo e financeiro da bola oval (desta vez, a original, não a do futebol americano).

No rúgbi XV, já estão a ponto de criar uma nova liga profissional.

E no rúgbi Sevens, estão garantidos na Olimpíada de 2016 e têm sede fixa no Circuito Mundial, com a etapa de Las Vegas. Nesta temporada, já venceram até os All Blacks Sevens.

Ainda que os argentinos guardem a merecida fama de bicho-papão do continente, o maior desafio dos Tupis deste ano deve começar mesmo às 20h do próximo sábado, na Arena Barueri, em São Paulo.

Próximo rival do Brasil, time dos EUA venceu o Chile por 64-0 (Divulgação/ARC)