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Mecenas banca primeira liga profissional de rúgbi nos EUA

UOL Esporte

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A primeira liga profissional de rúgbi na América do Norte será custeada por uma só pessoa: Doug Schoninger. Empresário bem sucedido no ramo dos fundos de investimento, ele vai investir pesado no esporte no próximo ano. “Neste momento a primeira temporada está garantida e com todos os recursos. Estão vindo todos de mim.”, disse o CEO da PRO (Professional Rugby Organization), a liga norte-americana.

O torneio começará em Abril de 2016 com seis equipes de plantéis entre 25 e 30 atletas. Os times terão base na Califórnia, nas Montanhas Rochosas (onde fica o Colorado, sede da USA Rugby, a federação local) e no Nordeste dos EUA (Washington, Nova York e Boston). Franquias canadenses são esperadas para a expansão da liga, prevista para 2017.

Bob Latham, CEO da USA Rugby, diz: “Sendo o rúgbi o esporte coletivo que mais cresce nos Estados Unidos, está mais do que na hora de termos uma liga profissional”. A campanha das Águias na Copa do Mundo na Inglaterra foi péssima. Nessa linha de pensamento, o capitão Chris Wyles, que joga no Saracens (ING), disse após o último jogo do Mundial (derrota para o Japão por 28 a 18): “Todos falam do potencial do rúgbi dos Estados Unidos. Temos que colocá-lo em prática. Trata-se de encontrarmos a fórmula certa. É complicado para os rapazes, mas temos que ter todo o grupo no mesmo nível”, disse ele.

Os EUA são os “atuais” bicampeões olímpicos no rúgbi (1920 e 1924). No geral, o esporte por lá é um próspero negócio. As ligas profissionais são exemplo de produto, espetáculo e rentabilidade. Obviamente, a liga de rúgbi não terá a grandiosidade que têm esportes como beisebol, basquete, futebol americano, hóquei no gelo ou mesmo o futebol com a Major League Soccer.

Entretanto, um começo pequeno e sólido proporcionará uma base saudável para um crescimento sustentável, tendo em vista o imenso mercado norte-americano, com grande poder consumo. Além disso, a maneira como se produz e vende o esporte por lá é exemplo para o mundo. A prazo, a adequação de calendários do campeonato local e das seleções daquela região (Canadá e EUA) proporcionará equipes nacionais mais competitivas.

A liga profissional dos EUA começa em um excelente momento. Podia ser melhor se a campanha das Águias na Copa tivesse sido boa. O país quer dar o salto no esporte e a World Rugby quer o mercado consumidor norte-americano. Estados Unidos e Canadá não fazem feio em alto nível, mas podem fazer muito mais. E esse “muito mais” pode ser conseguido por meio desta liga profissional.

Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
virgilioneto.wordpress.com/
@virgiliofneto

Crédito da foto: Andrew Boyers