Seleção tem fase mais dura do Americas Rugby Championship no frio do Canadá
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Enquanto a comunidade do rúgbi no Brasil se envolve com a etapa do circuito mundial feminino de Sevens deste fim de semana, em São Paulo, a seleção masculina de XV tem um enorme (e congelante) desafio no Canadá.
O duelo deste sábado, às 22h de Brasília, acontece na cidade de Langford, na Columbia Britânica. O campo com arquibancada para 1.700 pessoas costuma receber partidas do rúgbi local e foi a sede escolhida pelos canadenses para mandar seus jogos no novo Americas Rugby Championship.
Os donos da casa são treinados pelo francês François Ratier, e não trazem ao elenco seus maiores nomes que jogaram o Mundial 2015, como o tryman DHT van der Merwe e o capitão Jamie Cudmore – que assumiu como treinador de forwards e de defesa da seleção para o torneio, enquanto se cura de uma lesão nas costas.
Mesmo assim, os canadenses estão em um nível acima do Brasil (aparecem na 19ª colocação do ranking, 23 posições acima dos Tupis). Até aqui, o Canadá soma uma derrota para os Estados Unidos (30-22) e uma vitória contra o Uruguai na primeira fase (33-17).
Ainda que os donos da casa sejam favoritos, Canadá e Brasil nunca fizeram uma partida oficial. Todos os jogos do ARC, aliás, valem como test matches, como são chamados os jogos que somam caps internacionais para atletas no rúgbi e agregam pontos para o ranking mundial. A única exceção na contagem de pontos de ranking é a Argentina, que não traz os Pumas, seu time principal, para a competição.
O torneio tem sido até agora um ótimo termômetro para a seleção nacional. Os Tupis vêm de duas derrotas apertadas para Chile e Uruguai. Em ambas, saiu com ponto bônus defensivo, por ter perdido por menos de sete pontos.
Para seu segundo jogo fora de casa, a seleção viajou ao Canadá com 26 atletas, e conta com praticamente o mesmo elenco das primeiras duas partidas, com uma importante ausência. O abertura David Harvey, camisa 10 e chutador do time, está fora do jogo. Entram no grupo o segunda linha Matheus Wolf e o pilar Jonatas Paulo, o Chabal.
A troca do principal armador do time e o frio canadense fazem parte deste novo e empolgante marco para o rúgbi brasileiro. Depois de encarar adversários mais conhecidos, chega a hora de bater de frente com as grandes pedreiras do continente – EUA e Argentina vêm na sequência. Começa agora um novo nível de competição para o Brasil.