Treinador explica início de ano vencedor da seleção olímpica do Brasil
UOL Esporte
De volta ao Brasil depois das boas campanhas nos Sevens de Mar del Plata e Viña del Mar, o técnico argentino Andrés Romagnoli falou sobre a boa fase da seleção nacional de Sevens, que irá disputar os Jogos Olímpicos em 2016.
''A grande qualidade deste time é que eles sempre querem se divertir em campo'', disse o comandante, que jogou pela seleção argentina de Sevens entre 2003 e 2008, e treinou os ''hermanos'' em 2012 e 2013.
Depois de dois torneios internacionais, os defeitos do time brasileiro também já estão claros para o treinador: a preparação física, a defesa e a posse de bola. ''Já melhoramos muito, mas não o suficiente para o alto nível'', comentou.
Desde maio de 2014 à frente da seleção, o argentino comandou vitórias importantes em 2016 contra a equipe principal do Uruguai e as seleções de desenvolvimento do Canadá, dos Estados Unidos e da África do Sul.
O caminho para evoluir não tem atalhos, acredita Romagnoli. É preciso seguir apostando na qualidade de treinos físicos e técnicos e das competições, dentro e fora do país.
Na visão do argentino, que começou a jogar rúgbi aos seis anos no clube San Fernando de Buenos Aires e treinou o Liceo Naval (também da capital), o Sevens é muito mais do que um espetáculo.
''No Brasil, como acontece em muitos países, ele pode ser uma ponte para atletas de rúgbi quinze, desde que eles aproveitem o tempo de Sevens para desenvolver suas habilidades'', avaliou.
O recado vale para os jovens que têm assumido, aos poucos, a seleção do jogo reduzido. Para o treinador, esta nova geração brasileira agrada, mas ainda não se nota uma grande evolução em relação à passada. ''Acredito que, dentro de poucos anos, já se irá notar'', diz.
É essa geração que terá pela frente um ano embalado de bons desafios. Antes dos Jogos do Rio 2016, o calendário de Romagnoli e do Brasil 7’s está bem definido com participações previstas nas etapas de Vancouver, Paris, Londres e Hong Kong do Circuito Mundial – nas três primeiras, o país irá como convidado.
Ainda falta bastante para a Olimpíada, mas vale a pergunta: quando você fecha os olhos e imagina o Brasil nos Jogos, o que vê?
''Vejo a possibilidade de participar de um torneio inesquecível, onde espero ter boas atuações. Estamos trabalhando muito forte para sermos realmente competitivos''.