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Treinador explica início de ano vencedor da seleção olímpica do Brasil

UOL Esporte

Tempos de jogador: Romagnoli defendendo os Pumas 7’s em 2008 na Nova Zelândia (Marty Melville/Getty Images)

Tempos de jogador: Romagnoli defendendo os Pumas 7’s em 2008 na Nova Zelândia (Marty Melville/Getty Images)

De volta ao Brasil depois das boas campanhas nos Sevens de Mar del Plata e Viña del Mar, o técnico argentino Andrés Romagnoli falou sobre a boa fase da seleção nacional de Sevens, que irá disputar os Jogos Olímpicos em 2016.

''A grande qualidade deste time é que eles sempre querem se divertir em campo'', disse o comandante, que jogou pela seleção argentina de Sevens entre 2003 e 2008, e treinou os ''hermanos'' em 2012 e 2013.

Depois de dois torneios internacionais, os defeitos do time brasileiro também já estão claros para o treinador: a preparação física, a defesa e a posse de bola. ''Já melhoramos muito, mas não o suficiente para o alto nível'', comentou.

Desde maio de 2014 à frente da seleção, o argentino comandou vitórias importantes em 2016 contra a equipe principal do Uruguai e as seleções de desenvolvimento do Canadá, dos Estados Unidos e da África do Sul.

O caminho para evoluir não tem atalhos, acredita Romagnoli. É preciso seguir apostando na qualidade de treinos físicos e técnicos e das competições, dentro e fora do país.

Na visão do argentino, que começou a jogar rúgbi aos seis anos no clube San Fernando de Buenos Aires e treinou o Liceo Naval (também da capital), o Sevens é muito mais do que um espetáculo.

''No Brasil, como acontece em muitos países, ele pode ser uma ponte para atletas de rúgbi quinze, desde que eles aproveitem o tempo de Sevens para desenvolver suas habilidades'', avaliou.

O recado vale para os jovens que têm assumido, aos poucos, a seleção do jogo reduzido. Para o treinador, esta nova geração brasileira agrada, mas ainda não se nota uma grande evolução em relação à passada. ''Acredito que, dentro de poucos anos, já se irá notar'', diz.

É essa geração que terá pela frente um ano embalado de bons desafios. Antes dos Jogos do Rio 2016, o calendário de Romagnoli e do Brasil 7’s está bem definido com participações previstas nas etapas de Vancouver, Paris, Londres e Hong Kong do Circuito Mundial – nas três primeiras, o país irá como convidado.

Ainda falta bastante para a Olimpíada, mas vale a pergunta: quando você fecha os olhos e imagina o Brasil nos Jogos, o que vê?

''Vejo a possibilidade de participar de um torneio inesquecível, onde espero ter boas atuações. Estamos trabalhando muito forte para sermos realmente competitivos''.

Andrés comanda treino da seleção em São José dos Campos, logo após sua chegada em 2014 (Fotojump)

Andrés comanda treino da seleção em São José dos Campos, logo após sua chegada em 2014 (Fotojump)