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Brasil faz história no Sevens de Viña e abre caminho para entrar na elite

UOL Esporte

time brasileiro de rugby

O Sevens de Viña del Mar, no Chile, se proclama como “o maior torneio da América do Sul”. E é mesmo o mais esperado pelas seleções do continente na modalidade olímpica do rúgbi.

Na edição 2016 do campeonato, que rolou neste fim de semana, o Brasil fez história ao chegar à sua primeira final, perdendo apenas para a Argentina (33-12), maior potência do pedaço.

A campanha também chama atenção pela vitória brasileira contra o Uruguai (19-12) no primeiro dia de jogos. De forma inédita, o país venceu por duas vezes seguidas os uruguaios – o outro triunfo aconteceu no Sevens de Mar del Plata, no início do janeiro.

Bater os “Teros” do Uruguai no Chile abriu caminho para o Brasil se classificar para o Sevens de Hong Kong 2016, marcado para o próximo mês de abril. Ao vencer o Peru (56-7) e perder para o Chile (27-0) no sábado, os Tupis brasileiros se garantiram na competição internacional, onde disputarão vaga na elite mundial contra outras seleções emergentes.

Não parou por aí. Em Viña, o Brasil superou as seleções de desenvolvimento dos Estados Unidos (33-7), um dos países que mais tem investido no esporte, e a África do Sul (21-12), reconhecida força do rúgbi. Mesmo com o time “B”, os sul-africanos contavam com estrelas da equipe principal, vice-líder do Circuito Mundial 2015-2016.

“Perdi as contas das vezes em que ficamos assistindo da arquibancada a grande final desses torneios, tendo terminado muitas vezes em último”, desabafou o jogador brasileiro Gustavo Albuquerque. “Vivemos neste final de semana um momento mágico, muito especial e inesquecível!”, completou o atleta do Curitiba Rugby (PR), logo após o vice-campeonato, em sua página no Facebook.

O “desabafo” tem a ver com o fato de os jogadores estarem se dedicando exaustivamente ao esporte, com uma boa estrutura extra-campo, mas ainda sendo amadores.

O que o torneio de Viña mostra é uma melhora coletiva. As vitórias contra Uruguai, EUA e África do Sul confirmam essa evolução nacional no jogo reduzido. Ainda que, hoje, o Brasil só esteja na Olimpíada por ser país sede. Mas se seguir o ritmo, deve conquistar em breve seu espaço na elite do rúgbi olímpico – sem deixar de esquecer o rúgbi XV, claro, a base de tudo.

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