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Bem-vindos ao Rio: Austrália e Quênia se garantem nos Jogos Olímpicos 2016
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UOL Esporte

Por Bruno Romano

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(Uma das favoritas ao Rio 2016, a seleção de Fiji, conhece mais dois concorrentes à medalha olímpica)

Só resta uma vaga para o rúgbi olímpico em 2016. O torneio que marca o retorno do esporte à Olimpíada depois de 92 anos, desta vez na modalidade Sevens, tem mais duas equipes confirmadas na chave masculina: Austrália e Quênia. Ao vencerem os campeonatos classificatórios da Oceania e da África no último fim de semana elas se juntam a outras 10 equipes já classificadas, entre elas o Brasil.

O último posto só vai ser definido em julho de 2016, em uma repescagem mundial de 16 times marcada para Lisboa, em Portugal. Até lá, as melhores seleções do planeta aquecem os motores para os Jogos do Rio duelando no Circuito Mundial de Rúgbi Sevens, torneio de 10 etapas (entre dezembro de 2015 e maio de 2016), com chute inicial marcado para Dubai nos próximos dias 4 e 5 de dezembro.

Austrália e Quênia são equipes fixas no evento, ou seja, participam de todas as etapas – em cada torneio, ainda há espaço para uma seleção convidada. O Circuito Mundial, aliás, é o melhor termômetro olímpico: dois a três dias de jogos (contando com duas a três partidas por dia para cada seleção), reunindo a nata do esporte. Para quem está chegando agora, no Sevens o campo tem as mesmas dimensões do jogo de XV tradicional – e valem as mesmas regras básicas do rúgbi –, só que as equipes tem apenas sete jogadores duelando em dois tempos de sete minutos cada.

Austrália e Quênia dominam bem o formato. E, por tudo o que fizeram nos últimos anos de Circuito, mereciam a vaga. A conquista da Austrália, no entanto, foi bem mais tranquila. Venceram todos os seus jogos na classificatória da Oceania, com direito a vitória por 50-0 sobre Tonga na final. No último dia de competição fizeram 138 pontos e não sofreram nenhum em três jogos.

Não custa lembrar que a Nova Zelândia, maior vencedora da história do Circuito Mundial com 12 títulos – dos 16 disputados até hoje – não jogou o torneio, por já ter vaga olímpica. Ao lado de Fiji (atual campeã do Circuito), África do Sul e Grã Bretanha, os homens de preto se classificaram como os quatro melhores da temporada 2014-2015 (a Inglaterra garantiu a vaga para os britânicos). Os australianos estavam “mordidos” justamente por terem perdido essa chance. Logo, fizeram uma preparação especial, escalaram força máxima e garantiram seu lugar por direito.

Já o Quênia carimbou o passaporte no sufoco. Bateu o Zimbábue por 21-17 no classificatório disputado em Johanesburgo, na África do Sul. Detalhe: o try da vitória saiu no último lance com uma arrancada de trás do meio de campo.

Toda essa dinâmica, velocidade e mudança de placar tornam o Sevens muito mais imprevisível do que o rúgbi XV. Características que jogam a favor do Brasil na competição. Além das potências já citadas até aqui, Argentina, Estados Unidos, França e Japão também já tem lugar garantido na Olimpíada – todas elas um degrau acima da equipe nacional.

Os brasileiros têm corrido atrás do prejuízo. No último fim de semana fizeram bonito em um torneio em Rosário, na Argentina. Depois de perder para a seleção principal dos hermanos – em fase final de preparação para o Circuito Mundial –, ganharam quatro jogos contra fortes seleções de províncias locais.

Enquanto isso, a seleção feminina também dá um gás em sua preparação. A equipe medalha de bronze no último Pan-Americano tem realizado trainning camps e já pisa no acelerador rumo ao Rio 2016. Em dezembro, elas vão representar o Brasil no torneio feminino do Circuito Mundial em Dubai. É o primeiro passo para encarar a Olimpíada mais longe do “sonho” e bem mais perto da realidade.

Foto: Hagen Hopkins/Getty Images

Foto: Hagen Hopkins/Getty Images

(Só para variar: Nova Zelândia também domina o Sevens masculino com 12 títulos do Circuito Mundial)


Surpresa da Copa, Japão começa seu torneio milionário e vive febre do rúgbi
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UOL Esporte

Por Bruno Romano

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

(O All Black Sonny Bill Williams será um dos astros da Top League 2015-2016)

Com salários tentadores, o campeonato japonês de rúgbi atrai grandes craques do esporte. E a nova temporada 2015-2016 da Top League, que começou hoje em Tóquio, traz alguns temperos extras. Tudo por que o Japão acabou de entrar em uma nova fase da sua história, graças à ótima apresentação no Mundial 2015 e a responsabilidade de sediar a próxima Copa, em 2019 – o que tem atraído fãs para os estádios e garantindo audiência recorde do rúgbi na TV local.

Não é só isso. Os japoneses estão confirmados na disputa da Olimpíada de 2016 (na modalidade Sevens) e no Super Rugby, maior torneio de clubes do hemisfério sul, onde irão competir com a franquia Sunwolves.

O nível da Top League ficou ainda mais alto com a chegada de jogadores que brilharam na Copa. É o caso do neozelandês Sonny Bill Williams, que vai defender o Panasonic Wild Knights, e do fijiano Nenami Nadolo, contratação do NEC Green Rockets.

Ídolos do rúgbi australiano e sul-africano também seguem o embalo. O camisa 10 dos Wallabies no Mundial, Bernard Foley jogará pelo Ricoh Black Rams, e o fullback australiano Israel Folau defenderá o NTT-Docomo Red Hurricanes. Um enxurrada de titulares dos Springboks também invadem a liga, com destaque para Willie Le Roux, no Canon Eagles, e a dupla Schalk Burger e Fourie du Preez no Suntory Sungoliath.

Ao todo, a Top League deste ano conta com 16 times. E o “milagre” dos altíssimos salários, é explicado justamente pelo nome dos times: cada equipe é apadrinhada por uma mega companhia. As franquias estampam os nomes das empresas, como é o caso do Toshiba Brave Lupus, maior vencedor da história do torneio, com cinco títulos, e do Panasonic Wild Knights, atual bicampeão.

Mas nem tudo são flores (símbolo da seleção japonesa, aliás) nos gramados nipônicos. A temporada regular da Top League dura apenas três meses – a final está marcada para dia 24 de janeiro, em Tóquio. Depois disso, vários atletas cumprem contratos já assinados com equipes do Super Rugby. O artilheiro do Japão no Mundial 2015, Ayumu Goromaru, por exemplo, jogará pelo Yamaha Jubilo e depois partirá rumo aos Reds, da Austrália.

É claro que Goromaru deve evoluir seu jogo entre os australianos. Mas não dá para se esquecer das declarações de Eddie Jones, técnico e mentor do sucesso do Japão na Copa, que deixou a seleção logo após a competição. Segundo Jones, a federação japonesa está mal organizada e pode prejudicar a evolução do esporte no país, justamente em um momento tão importante.

Ainda que a Top League deva ser um sucesso, no embalo da nova febre do esporte, fica difícil medir como novos talentos do país estão trilhando seus caminhos. Não é apenas no torneio nacional que os estrangeiros atraem os holofotes. A quantidade de atletas naturalizados chama atenção também da seleção. Independente de julgamentos de certo ou errado – foi um caminho escolhido pelos japoneses –, a nova onda de competições vão colocar em cheque o sistema.

Por enquanto, alguns narizes já estão torcidos. É caso de dirigentes da Sanzar, entidade que controla competições como o Super Rugby e o Rugby Championship. Mesmo sabendo do sucesso do Japão na Copa (única seleção da história a ser eliminada com três vitórias, uma delas sobre a África do Sul) há preocupação com a franquia japonesa Sunwolves.

Ainda não há definição de quem vai treinar o time, tampouco como será formado o elenco. Vários jogadores chave da seleção japonesa, aliás, já têm compromisso com outras equipes do Super Rugby. O novo torneio terá 18 equipes. E os Sunwolves já têm estreia marcada para o fim de fevereiro, em Tóquio, contra os Lions da África do Sul.

Enquanto isso, a entidade máxima do rúgbi quer dar ainda mais moral para o Japão. Nesta semana, “chefão” da World Rugby, Bernard Lapasset, disse que quer ver o país competindo todos os anos no Rugby Championship, ao lado de Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Argentina.

Tudo indica que ter sido a surpresa da Copa foi a parte mais “fácil” da nova era japonesa. A grandeza dos “samurais” vai ser testada como nunca a partir de agora, dentro e fora de campo.

Foto: JIJI PRESS/AFP

Foto: JIJI PRESS/AFP

(Novo ídolo e artilheiro do Japão no Mundial, Ayumu Goromaru defenderá o Yahama Jubilo)

Tags : rúgbi


Seleção feminina de rúgbi vai à final com 2 times. Brasil Verde leva taça
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Foto: UAR

As duas equipes da seleção brasileira feminina de rúgbi foram para a final (Foto: UAR) 

Dividida em duas equipes, a seleção brasileira feminina de Rugby Sevens participou do Torneio Valentin Martinez, em Montevidéu, no Uruguai, neste final de semana (07 e 08). Na tarde deste domingo, os dois times brasileiros disputaram a final e o Brasil Verde conquistou o campeonato.

Mais cedo, Brasil Verde e Brasil Amarelo entraram em confronto com Chile e Argentina, respectivamente. Os dois times formados pelo elenco da seleção brasileira feminina venceram por 22 a 0 e 19 a 10 e, por esse motivo, disputaram a taça do torneio uruguaio.

Na final, o Brasil Verde derrotou o Brasil Amarelo por 26 a 7 e foi o grande campeão do torneio.

A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), optou por dividir o elenco nesta competição para movimentar todas as atletas.

O Torneio Valentin Martinez foi criado em 1994, e tem foco nas categorias de base masculinas da modalidade. Só em 2004 foi introduzida a competição entre mulheres. A seleção brasileira feminina levou o título em 2013, 2014 e, agora, em 2015.


Os cinco momentos marcantes da Copa do Mundo de rúgbi
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A Copa do Mundo de rúgbi chegou ao final, mas algumas coisas demorarão para sair da cabeça dos amantes do esporte. Depois de listarmos os jogos inesquecíveis da oitava edição do Mundial, chegou a hora de mostrar os acontecimentos mais marcantes do torneio realizado no Reino Unido. Confira:

Tackle de segurança e boa ação neozelandesa

Depois da conquista dos All Blacks, um menino invadiu o campo para comemorar com os jogadores e acabou sendo brutalmente derrubado por um segurança. Na sequência, ele acabou sendo salvo pelos atletas neozelandeses, que posaram para fotos com o garoto. O jogador Sonny Bill Williams, ainda, deu sua medalha de campeão para o menino, que não conseguia conter a alegria.

Durante a cerimônia final da Copa do Mundo de rúgbi, Sonny Bill Williams acabou recompensado pela boa ação e recebeu uma nova medalha. “A Federação de Rúgbi gostaria que cada vencedor dessa tarde vá para casa com uma medalha, então remexemos o armário e encontramos mais uma”.

Maradona empolgado com os “Pumas”

A Argentina foi uma das sensações da Copa do Mundo, chegando até a semifinal. Durante a campanha, um torcedor ilustre roubou a cena. Diego Maradona entrou no vestiário dos “Pumas” depois da vitória por 45 a 16 sobre Tonga para comemorar com os jogadores.

Tumor tira jogador italiano da Copa do Mundo

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O italiano Martin Castrogiovanni sofreu um susto durante a disputa da Copa do Mundo. Na terceira partida da Itália, o jogador ficou de fora com um problema no nervo ciático. Exames posteriores, no entanto, indicaram que se tratava de um tumor que estava pressionando sua quinta vértebra.

Castrogiovanni foi operado poucos dias depois do diagnóstico e removeu o tumor do local. Em sua conta no Facebook, o jogador postou uma foto ainda no hospital e disse que já estava tudo bem.

Árbitro gay faz história no esporte

Foto: David Rogers/Getty Images

Foto: David Rogers/Getty Images

A final da Copa do Mundo entrou para a história não só pelo fato de Nova Zelândia e Austrália terem feito a primeira final do mesmo continente. Outro acontecimento que também chamou a atenção foi que a decisão teve o único árbitro abertamente gay da modalidade, o galês Nigel Owens.

A escolha de Owens, no entanto, em nada tem a ver com sua orientação sexual. Ele é considerado um dos melhores árbitros do mundo e esteve em sua terceira Copa do Mundo. Essa, porém, foi a primeira em que ele trabalhou na grande final.

Sul-africano iguala uma lenda do rúgbi

Foto: David Rogers/Getty Images

Foto: David Rogers/Getty Images

A África do Sul caiu na semifinal do Mundial, mas foi tempo suficiente para que Bryan Habana igualasse a lenda Jonah Lomu como maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Em sua terceira participação no torneio, o sul-africano chegou a 15 tries, mesmo número alcançado pelo neozelandês, considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos.


Campeão mundial de rúgbi fez boa ação a menino e acabou recompensado
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O jogador dos All Blacks Sonny Bill Williams fez uma boa ação depois da final da Copa do Mundo de rúgbi, no último sábado (31) e acabou recompensado um dia depois.

O centro do time da Nova Zelândia deu sua medalha de campeão a um menino que tentou invadir o gramado e acabou brutalmente derrubado por um segurança. O garoto ainda quis devolver o presente para que o jogador não ficasse sem a lembrança, mas ele recusou.

Neste domingo (1º), durante a cerimônia final da Copa do Mundo de rúgbi, Sonny Bill Williams foi agraciado com uma nova medalha. “A Federação de Rúgbi gostaria que cada vencedor dessa tarde vá para casa com uma medalha, então remexemos o armário e encontramos mais uma”.

Sonny Bill Williams entrega medalha a menino derrubado por segurança. Foto: Paul Gilham/Getty Images

Sonny Bill Williams entrega medalha a menino derrubado por segurança. Foto: Paul Gilham/Getty Images

Menino exibe medalha recebida das mãos de Sonny Bill Williams. Foto: Paul Gilham/Getty Images

Menino exibe medalha recebida das mãos de Sonny Bill Williams. Foto: Paul Gilham/Getty Images


Os cinco jogos inesquecíveis da Copa do Mundo de rúgbi
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Depois de dois meses e 48 jogos, a Copa do Mundo chegou ao final. Os All Blacks levantaram a taça pela terceira vez em sua história, um feito inédito. Mas isso não foi a única coisa marcante que esse Mundial deixará. Por causa disso, listamos cinco partidas inesquecíveis do torneio disputado no Reino Unido. Confira:

A grande final (Austrália 17 x 34 Nova Zelândia)

Antes mesmo do apito inicial soar, a final da Copa do Mundo já era histórica. Seria a primeira entre países do mesmo continente (Austrália e Nova Zelândia) e a responsável pelo primeiro tricampeão mundial. Esse tempero deixou ainda mais memorável a vitória por 34 a 17 dos All Blacks.

Atuais campeões do torneio, os All Blacks vivem uma das melhores fases de sua história e isso ficou bastante claro durante a dominante vitória. Os neozelandeses resolveram a decisão logo no primeiro tempo, quando foram para o intervalo vencendo por 16 a 3. Com uma atuação impecável, a taça Webb Ellis nunca ficou longe das mãos da Nova Zelândia.

O “Maracanazo” inglês (Inglaterra 13 x 33 Austrália)

O principal jogo para os donos da casa também foi o mais dolorido. Campeões em 2003, a Inglaterra chegou cheia de expectativa para o torneio que seria disputado em seus domínios. A alegria, porém, se transformou em tristeza ainda na fase de grupo. E coube a Austrália despachar os anfitriões da competição de maneira precoce.

A vitória australiana por 33 a 13 fez com que a Inglaterra fosse a primeira anfitriã da história a ser eliminada ainda na primeira fase de uma Copa do Mundo. Foi uma espécie de “Maracanazo”, ou mais atualmente: um 7 a 1 inglês.

O massacre neozelandês (Nova Zelândia 62 x 13 França)

A França chegou nas quartas de final da Copa do Mundo sabendo que teria dificuldades contra a poderosa Nova Zelândia. Mas jamais poderia imaginar o que aconteceria: uma goleada histórica por 62 a 13.

Comandada pela sensação Julian Savea, a Nova Zelândia não tomou o menor conhecimento do adversário. O “atropelo” foi o maior dos “All Blacks” em todo o torneio. Nem mesmo a fraca Namíbia perdeu por uma diferença tão grande.

Um erro que valeu a classificação (Austrália 35 x 34 Escócia)

A maior polêmica da Copa do Mundo aconteceu nas quartas de final. A Austrália venceu a Escócia por 35 a 34, mas a história poderia ser diferente se não fosse uma decisão do árbitro Craig Joubert. O homem do apito julgou erroneamente que o escocês Jon Welsh estava em posição irregular quando ficou com a posse de bola na jogada ocorrida aos 79 minutos do segundo tempo – infração que decorre em pênalti. Revisão posterior, contudo, provou que o australiano Nick Phipps teve participação ativa e intencional antes da ação de Welsh, o que invalida a decisão do juiz.

O erro gerou um pênalti para a Austrália, que converteu e virou a partida no último lance. A imprensa do Reino Unido tratou o equívoco como “roubo”, enquanto a Federação de Rúgbi reconheceu que o árbitro havia errado na jogada.

Japoneses fazem história (Japão 34 x 32 África do Sul)

O Japão chocou o mundo do rúgbi ao conquistar uma histórica vitória sobre a África do Sul, durante a fase de grupos do Mundial. Com o resultado de 34 a 32, os nipônicos voltaram a vencer em Copas do Mundo depois de 24 anos – a última havia sido em 1991, contra o Zimbábue.

A seleção asiática entrou na competição sendo apenas a 13ª no ranking da Federação Internacional de Rúgbi. Já a África do Sul é uma das potências do esporte e campeã da Copa do Mundo em 1995 e 2007.


São José derrota atuais campeões e conquista Campeonato Brasileiro de rúgbi
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Foto: Divulgação/São José

Foto: Divulgação/São José

O São José é pela nona vez campeão brasileiro de rúgbi, chamado de “Super 8”. Neste sábado (31), a equipe paulista venceu o Curitiba, atuais detentores do título, por 18 a 6 e colocaram mais um troféu em sua já recheada sala.

Com o nono troféu, o São José encosta no SPAC, que tem 13, na lista de maiores vencedores do “Super 8”. O torneio é disputado desde 1964. Atualmente, oito equipes participam da competição.

O destaque da partida foi o segundo centro Moisés, do São José, que anotou nove pontos para o time paulista. O único try do duelo foi marcado pelo defesa Pelo.

A partida começou com um try relâmpago do São José. Logo aos dois minutos, Pelo recebeu pela esquerda e entrou livre para anotar os primeiros pontos do jogo. Com a conversão de Moisés, o clube paulista abriu sete de vantagem.

A estratégia do Curitiba para se recuperar na partida foi a aposta nos drop goals. Facundo acertou duas vezes os chutes com a bola em movimento e diminuiu a diferença para apenas um ponto. A partida foi para o intervalo com 10 a 6 para o São José – Moisés converteu um pênalti.

A movimentação da partida não foi a mesma no segundo tempo. Logo no início, Moisés converteu mais um pênalti, mas o jogo seguiu sem pontuação.

Faltando apenas três minutos para o final da partida, o Curitiba chegou a anotar um try, encostando no marcador. Na sequência, no entanto, o árbitro pediu revisão da jogada e decidiu anular a pontuação, praticamente decretando a vitória do São José.

No apagar das luzes, Moisés aproveitou o erro da equipe do Curitiba e o São José correu para anotar mais um try com Saulo, fechando o placar em 18 a 6.

Tags : rúgbi


All Blacks atingem seu auge, dominam Austrália e transformam preto em ouro
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Por Bruno Romano

(Capitão neozelandês Richie McCaw levanta a Webb Ellis no estádio de Twickenham)

A Nova Zelândia não se tornou apenas a primeira tricampeã mundial (1987, 2011 e 2015). Os All Blacks confirmaram hoje o maior reinado da história do rúgbi. Neste sábado em Twickenham, na Inglaterra, dominaram a Austrália, sobreviveram a uma reação heroica dos Wallabies, e acabaram provando por que são os grandes mestres do rúgbi.

Vencer seu grande rival em uma final inédita – e ainda manter o título da Copa de 2011 – era o único feito que faltava para os homens de preto na melhor fase de sua história. A taça Webb Ellis está em ótimas mãos.

A vitória de hoje dos All Blacks era esperada. Ainda assim, ela impressiona. Os neozelandeses venceram um duríssimo jogo que se confirmou como a melhor final de Copa do Mundo de todos os tempos. Ao contrário do que costuma acontecer em decisões de Mundial, o duelo foi aberto e cheio de tries, com dois times ousados jogando em ritmo brutal (34-17).

Era o jogo que todos estavam dispostos a tudo para não perder, dentro e fora de campo. Dos fãs de rúgbi em todo o mundo e dos torcedores em seus países (3h da manhã em Sydney e 5h da manhã em Auckland no chute inicial) ao grandes astros do rúgbi mundial, como o melhor jogador da Austrália no torneio, David Pocock, que já entrou em campo com o nariz quebrado.

Em meio a tanta rivalidade, qualidade e disposição, a consistência dos All Blacks falou mais alto. Tudo o que foi construído na trajetória vitoriosa dos últimos quatro anos fez muita diferença. Procure em qualquer outro esporte e não vai encontrar um time tão dominante: nos últimos 53 jogos, desde o título mundial de 2011, os neozelandeses só perderam três.

Impressionante para uma nação de 4,6 milhões de pessoas, dominante na era mais equilibrada do esporte – pelo menos foi o que comprovou este Mundial. Em toda história, os All Blacks tem uma média de vitória próxima a 80%. É a mesma marca do tempo que a Nova Zelândia se manteve no topo do ranking mundial.

Melhor retrospecto só mesmo dentro do próprio elenco All Black. O capitão Richie McCaw venceu 89% dos seus 148 jogos com a camisa neozelandesa. Além do recorde no número de jogos com a melhor seleção do planeta, McCaw também foi o primeiro jogador a levantar duas vezes a taça Webb Ellis. E ainda é o único a ser eleito como melhor do mundo por três vezes. Mas ele pode ter companhia.

O camisa 10 Dan Carter já ganhou o prêmio duas vezes e, pelo que jogou na final, deve ganhar seu terceiro troféu. Esta foi a quarta Copa de Carter, mas apenas sua primeira decisão. Eleito “homem do jogo”, Carter acertou um drop goal (chute de bate-pronto, com a bola em jogo) no momento mais crítico do duelo. A diferença era de apenas quatro pontos e os All Blacks estavam expostos a uma incrível virada. Mas Carter decidiu. No seu último grande ato com a camisa negra.

Sem Carter e McCaw (que deixou suspense sobre a sua provável aposentadoria), a Nova Zelândia entra em uma nova era. E o rúgbi também. Esta final entre Nova Zelândia e Austrália, aliás, comprovou a qualidade de todo o torneio. Em vez de medo de errar e perder o título, o que se viu foi ousadia para ganhar.

Não foi apenas os All Blacks, mas todo o rúgbi de forma geral que subiu um degrau. Em qualidade dentro e fora de campo, mantendo a disciplina e o respeito, sem diminuir a rivalidade e a competitividade.

É verdade que o comando segue na mão dos All Blacks, puxando a fila e ditando o ritmo de evolução. E se eles já dominavam o retrospecto contra todas seleções do planeta, agora também sustentam o império em Copas.

Mas por trás do título e de tamanho domínio, não se apaga o Mundial mais equilibrado e empolgante de todos os tempos. O legado dos All Blacks é o mesmo de outras bravas seleções: o nível de rúgbi cresceu e o esporte está no caminho certo.

Neste novo cenário, ainda mais competitivo, será preciso trabalhar muito – e também fazer alguns ajustes, principalmente para alavancar as seleções do segundo e terceiro escalão. O rúgbi tem de manter o crescimento lado a lado com os valores, como sempre foi. Precisa unir paixão e inteligência frente as novas e desafiantes metas.

Bom, nem tudo será novidade. Vencer os All Blacks ainda é um dos maiores desafios deste jogo.

Foto: Paul Gilham/Getty Images

Foto: Paul Gilham/Getty Images

(O “predador” Ma’a Nonu escapa para try decisivo da Nova Zelândia no segundo tempo)

O CARA: Richie McCaw. O camisa 7 dos All Blacks jogou sua 148a partida pela Nova Zelândia e se tornou o primeiro capitão da história a levantar duas vezes a taça Webb Ellis.

A IMAGEM: 

Foto: Dan Mullan/Getty Images

Foto: Dan Mullan/Getty Images

No momento mais crítico do jogo, Dan Carter acertou um drop goal (arma que ele mesmo não costuma usar) fundamental para a vitória dos All Blacks, fechando com maestria sua história na seleção.

A FRASE: “Nós não ficamos nervosos, por que já tínhamos estado nessa situação antes. Sabíamos que tínhamos que manter a calma, colocar a cabeça no lugar e fazer as coisas bem (e com simplicidade). Isso me deixa muito orgulhoso, e fico até sem vontade de parar. Eu ainda faço parte desse time”, Richie McCaw, capitão dos All Blacks, comentando a incrível reação da Austrália e deixando suspense sobre sua aposentadoria.


África do Sul é impiedosa e garante medalha de bronze no Mundial de Rúgbi
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(Sul-africanos param Nico Sanchez na vitória que garantiu o bronze aos Boks. Crédito: Mike Hewitt/Getty Images)

(Sul-africanos param Nico Sanchez na vitória que garantiu o bronze aos Boks. Crédito: Mike Hewitt/Getty Images)

 

Por Bruno Romano

Dominantes, intensos e impiedosos. Os Springboks fizeram tudo o que se espera deles em um campo de rúgbi no duelo de hoje contra a Argentina e deixaram a Copa do Mundo com uma medalha de bronze (e uma ótima impressão). Os argentinos também se despedem em alta. Mostraram o mais alto nível de rúgbi da sua história. Mas ainda foi pouco para superar os gigantes do esporte.

Para os Pumas, vencer o jogo seria como ganhar um título. Para os Boks, bicampeões do mundo, a vitória era obrigação.

É por isso que os sul-africanos entraram com força máxima. E ao respeitar o adversário (e o próprio esporte), jogando concentrados e em altíssima velocidade, tiveram espaço para criar e fazer tries. E, por que não, se divertir. Cravaram 24-13, em uma diferença que só ficou menor graças a um try argentino no último lance.

Passando a limpo a campanha dos Boks, o time honrou sua história e fez bonito no Mundial. E é assim que essa seleção vai ser lembrada. Não apenas como o time que perdeu para o Japão na estreia. A reviravolta comandada pelo treinador Heineke Meyer já é uma das grandes e inspiradoras histórias de Copas do Mundo.

Ainda que Meyer tenha mostrado desinteresse pelo jogo do bronze – se era verdade ou só mais uma artimanha para distrair o rival nunca vamos saber –, na prática os Boks vieram com tudo. E os Pumas sentiram a pancada nos primeiros minutos. Aos poucos, o domínio foi se transformando em argentinos no chão e pontos no placar.

Mesmo assim, os dois times jogaram muito soltos e confiantes, deixando o espetáculo a altura do Mundial. Os Springboks eram mais efetivos, mas os Pumas se recusavam a abaixar a cabeça. Os argentinos mantiveram seu padrão (e estilo) ofensivo, como fizeram em toda a Copa, mas incluíram mais viradas de jogo e bons chutes (como não fizeram contra a Austrália na semifinal).

Mais ágeis, leves e habilidosos, os Pumas abusaram do jogo de mão, mesmo quando a bola estava com um forward. Mas como já tinha acontecido contra a Austrália e Nova Zelândia foram presas fáceis nos lances de contato e no chamado breakdown, ou seja, a disputa imediata depois que um jogador é derrubado.

Não dá para relevar o fato de os Pumas só terem vencido os Boks uma vez na historia – este ano, no Rugby Championship. E com nove mudanças do último jogo, entrosamento e gás fizeram muita falta, como já era mais do que esperado.

O que fica de positivo para os Pumas é a capacidade de acreditar em um projeto (ou uma forma de jogar) e dar a vida por ele. Melhor ainda: esse estilo é bem próximo do que farão nas próximas temporadas de Super Rugby, quando a maior parte desta seleção se transformará em um time, para encarar as melhores equipes da Nova Zelândia, Austrália e África do Sul várias vezes no ano.

A jornada é dura, a diferença física ainda é grande e alguns ajustes são necessários. Mas os Pumas mostraram que tem coragem para encarar esse caminho. O salto de qualidade neste Mundial é claro e notável. E isso é vencer no rúgbi.

Se os “Pumas de Bronce”, terceiros colocados na Copa de 2007, mostraram grandeza, os Pumas de 2015 já são um marco de uma nova era. Não pelo quarto lugar em um Mundial disputadíssimo. Mas pela postura e pela qualidade em campo.

A disputa do bronze também será lembrada para sempre pela despedida de vários nomes que marcaram a história do rúgbi. Entre tantos destaques de cada lado, os argentinos Juan Martín Fernandez Lobbe e Horácio Agulla (que jogaram nos Pumas de Bronce) e os sul-africanos Victor Matfield, Shalk Burger e Brian Habana (maior artilheiro em tries das Copas, ao lado de Jonah Lomu) deixaram o campo aplaudidos de pé.

Foi o fim de uma geração e o despertar de outra. Dos dois lados, quem ganha é o rúgbi. As novas armas dos Pumas e dos Boks foram testadas pra valer pela primeira vez nesta Copa. E as duas passaram bem no teste.

Não é que a nova geração tenha apenas ganhado experiência. Eles já estão prontos pra guerra e foram protagonistas neste Mundial. Em 2019, Pumas e Boks devem ser ainda mais perigosos.

O CARA: Schalk Burger. O asa da África do Sul sofreu com uma grave meningite, chegou a ficar dois anos afastado do rúgbi e quase morreu, tamanha gravidade da doença. Burger conseguiu se recuperar a ponto de jogar de novo em alto nível e se despedir da seleção como um dos melhores jogadores da Copa.

A IMAGEM: Foi por pouco. Bryan Habana desperdiçou duas chances de try no duelo contra a Argentina. Se fizesse um deles já passaria Jonah Lomu e teria se tornado o maior artilheiro das Copas isolado. Habana e Lomu seguem liderando o ranking com 15 tries em mundiais.

during the 2015 Rugby World Cup Bronze Final match between South Africa and Argentina at the Olympic Stadium on October 30, 2015 in London, United Kingdom.

(Crédito: Mike Hewitt/Getty Images)

A FRASE: “Eu já ganhei algumas Copas do Mundo acertando chutes no meu quintal quando eu tinha uns 5 ou 6 anos”, Dan Carter, camisa 10 dos All Blacks, no último treino de chutes antes da final.

LONDON EYE: All Blacks e Wallabies entrarão com força máxima na final do Mundial neste sábado. Pelo menos é o que mostram as escalações. A Austrália é a que mais sofria com lesões, mas Scott Sio (#1), Matt Giteau (#12) e Israel Folau (#15) estão confirmados no time titular.


Argentina e África do Sul transformam decepção em bravura para duelo final
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UOL Esporte

Por Bruno Romano

Foto: David Rogers/Getty Images

Foto: David Rogers/Getty Images

(Camisa 10 dos Pumas e destaque da Copa, Nico Sanchez será o capitão da Argentina)

Tudo bem, a disputa pelo terceiro lugar do Mundial é sempre aquela partida que nenhuma seleção quer jogar – lá no início do torneio, claro. Mas diante do desafio desta sexta-feira, Pumas e Springboks têm motivos suficientes para deixarem tudo em campo usando potência máxima (ou o que resta dela, depois de seis jogos brutais). Quem pensar em tirar o pé do acelerador será engolido pelo rival.

Independente do que está em jogo – uma medalha de bronze, a “honra” de bater um adversário forte e a despedida com vitória – dá para cravar que a temperatura não vai ser morna.

Ainda acha que o jogo vai ser desinteressante? Vamos a um rápido teste, então. Tente achar alguém que recusaria ingressos para ver Argentina e África do Sul ao vivo em um jogo de Mundial.

Dentro de campo, dá para garantir que a intensidade dos Pumas vai ser a mesma da brilhante trajetória durante esta Copa. Mesmo com nove mudanças no time titular. Quatro por lesão e outras cinco por opção.

É claro que as qualidades do capitão Agustín Creevy, do “mago” Juan Martín Hernández e do “homem-try” Juan Imhoff são insubstituíveis. Mas as reposições do treinador Daniel Hourcade estão à altura – o elenco de 2015 é impressionante.

Com um time completo, daria para apontar em um empate técnico na escolha do favorito. Só que com tanta gente boa de fora, pode faltar gás para os Pumas. Mesmo assim, a Argentina deve levar ao Estádio Olímpico de Londres mais uma mostra de um rúgbi ofensivo e divertido, que tem um tempero “aventureiro”, mas também é bastante efetivo.

Também não dá pra esquecer que os Pumas bateram os Boks pela primeira vez na história neste ano. Mais do que isso: venceram em Durban, território “inimigo”, onde poucas equipes do planeta conseguiram fazer estrago.

Mais um triunfo, desta vez no Mundial, significa igualar a melhor classificação do país em Copas. Em 2007, os “Pumas de Bronce” superaram a anfitriã França na disputa do terceiro lugar. Conseguindo ou não, o ano de 2015 já é um marco definitivo de uma nova era Puma.

Do outro lado, os sul-africanos já mostraram que caráter, vontade e devoção ao rúgbi não são problemas deste time. Logo, devem encarar o jogo com seriedade e intensidade.

Some a isso a despedida do lendário Victor Matfield, aos 38 anos, jogando de capitão e titular na segunda-linha, e a possibilidade de Bryan Habana fazer história. Com um try, ele já passa a ser o maior tryman de todos os tempos em mundiais.

Além de Matfield, Ruan Piennar entra no time titular no lugar do contundido camisa 9 Fourie du Preez. O resto é o mesmo time que quase bateu os All Blacks na semifinal. É força suficiente para causar muita dor de cabeça aos Pumas.

Mas se no único encontro das seleções em mundiais (2007, semifinal), os Springboks cravaram 37-13, o duelo desta sexta deve ser mais apertado.

Os Boks se recuperaram da uma estreia trágica contra o Japão e já provaram que o rúgbi premia o esforço, a união e a atitude. Também deixaram claro na semifinal que dá para vencer os All Blacks – faltou muito pouco.

Os Pumas também querem fechar bem o que já é uma das histórias mais positivas desde Mundial. Contra a Irlanda, nas quartas, tiveram uma das maiores perfomances da sua história. Tem jogado um rúgbi que atraiu a atenção (e até a torcida) de vários fãs do esporte.

Precisa de mais? Bom, vale lembrar que essas pessoas dedicaram suas vidas inteiras para chegar a uma Copa. E vão defender seus países contra um adversário perigoso e impiedoso.

Sim, há um bronze em jogo, mas convenhamos o que realmente Pumas e Springboks têm a perder? Esse sentimento de “tudo ou nada” vai inflamar um jogo ainda mais aberto, ofensivo e intenso. Pode não valer muito, é verdade, mas vai ser imperdível.

Foto: Shaun Botterill/Getty Images

Foto: Shaun Botterill/Getty Images

(O gigante Victor Matfield, com a bola, entra de titular para liderar os Springboks na sua despedida da seleção)