Provocação galesa e clássico esquentam fase decisiva do Six Nations
UOL Esporte
Para ser campeão do Six Nations 2016 está “proibido” perder na próxima rodada. Como Inglaterra, França e País de Gales chegaram até aqui com mais chance de levantar o caneco, o jogo desta sexta-feira, entre galeses e franceses, vai pegar fogo.
A França joga fora de casa, ainda busca o equilíbrio da nova seleção treinada por Guy Novès, a equipe sofre com lesões e precisa acabar com a sina de quatro anos sem vencer Gales.
Já os galeses, sob o comando do neozelandês Warren Gatland, vêm mais embalados e entrosados, mantém a base do último Mundial e costumam vender muito caro as derrotas em seu principal estádio, o Principality, em Cardiff (ex-Millenium Stadium).
Contando apenas o Six Nations, Gales já soma seis jogos invictos contra a França. Desde a chegada de Gatland em 2008, os Dragões galeses já faturaram o torneio três vezes.
Para apimentar ainda mais o duelo, Gatland fez críticas ao atual momento dos adversários. Disse que não se lembra de ver um jogador galês voltar em melhor forma depois de atuar na França. E ainda disparou que o encanto do rúgbi francês – passes, dribles, continuidade e tries – já faz parte do passado.
Segundo ele, todas as seleções de ponta melhoraram muito na defesa, diminuindo os espaços. Resta ao Bleus responderem Gatland em campo. Grande parte da redenção da má campanha francesa no último Mundial, passa pela performance desta sexta.
Acontece que o torneio europeu – o mais antigo do mundo, contando o Home Nations de 1883 – tem um formato bastante cruel.
São apenas cinco jogos. As vitórias valem apenas dois pontos, o empate um e a derrota nada. Não há partidas de ida e volta: as seleções intercalam jogos em casa e fora contra os adversários, ano a ano. E também não há ponto bônus (por vencer por quatro tries ou mais ou ainda perder por sete pontos ou menos), prática comum no rúgbi moderno.
É por isso que, mesmo na terceira de cinco rodadas, a coisa já começa a se definir. O sábado de Six Nations ainda conta com Itália contra Escócia, em Roma – ambas sem pontos na tabela.
Inglaterra e Irlanda fecham os duelos em Londres. Os ingleses lideram o torneio até aqui e podem usar o estádio de Twickenham para passar a página do vexame da Copa e começar de vez uma nova história.