Dos cinco torneios de Circuito Mundial de Sevens 2016-2017 jogados até aqui, quatro acabaram com a África do Sul no topo do pódio. A campanha arrasadora dos Blitzboks, apelido da seleção sul-africana na modalidade olímpica do rúgbi, abre caminho para o segundo título do país na história da competição.

Os sul-africanos mostraram que a sede de título deve ser mesmo saciada nesta temporada com uma atuação precisa no estádio Sam Boyd, de Las Vegas (EUA). A trajetória invicta do último fim de semana terminou com triunfo na terceira final recente contra Fiji, atuais bicampeões do Circuito e ouro na Olimpíada Rio-2016.

Alguns placares foram apertados, como o 19-12 da decisão, seguindo a lógica de que a inclusão do Sevens nos Jogos Olímpicos aumentou o nível geral e equilibrou o cenário como nunca antes havíamos visto.

Mesmo assim, a África do Sul está sobrando, graças a união de seus talentos individuais fora de série em uma seleção que vem crescendo a cada ano, e que também encontra forças em um conjunto entrosado, potente e ousado.

Por pouco, é bem verdade, o título não escapou na semifinal contra os donos da casa. De virada (20-17), os Blitzboks deram conta de segurar o ímpeto dos Estados Unidos, que mantiveram o embalo para garantir o bronze, vencendo a Nova Zelândia (19-15) na disputa do terceiro lugar.

Metade do Circuito Mundial ainda aparece no horizonte. E muita bola oval vai girar. Só que já parece quase impossível tirar o título da África do Sul.

Nem só pelos resultados, que dão até uma folga para possíveis tropeços, mas pelo jeito envolvente e objetivo que eles têm jogando Sevens. Já estão fazendo por merecer há tempos. E chegou a hora de serem reconhecidos por isso.