Confiante após vencer o Chile, Brasil sonha em repetir zebra contra os EUA
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Apostar em uma vitória brasileira contra os Estados Unidos era raridade há um ano. Mas o cenário da segunda rodada do atual Americas Rugby Championship, que rola neste fim de semana, é um pouco diferente, graças a um feito épico dos Tupis em 2016.
Superar os ''Eagles'' pela primeira vez na história, na Arena Barueri (SP), foi uma proeza digna de destaque em toda imprensa internacional.
Pode não ter sido uma zebra tão comentada como o triunfo do Japão sobre a África do Sul no Mundial de 2015, mas olhando pelo lado esportivo foi, sem dúvida, gigante – em termos de diferença de ranking, aliás, foi até maior.
Só que o presente momento nos traz de volta à dura realidade: encarar uma seleção mais rodada e mais forte, desta vez fora de casa. O desafio continua em um patamar altíssimo, ainda que a confiança, todos sabem, pode fazer a diferença se a equipe der um jeito de equilibrar o jogo (e o placar) até o fim.
Qualidade para isso não falta, como mostrou a estreia contra o Chile . E o fato de ser o azarão do torneio sempre tira um pouco da pressão. Por outro lado, não dá pra imaginar que a derrota de 2016 não vá aumentar a intensidade e a fome de vitória dos norte-americanos.
No gramado do estádio Dell Diamond, em Austin, no Texas, apenas cinco atletas do elenco dos Tupis que bateu os Eagles em 2016, incluindo titulares e reservas, não estarão juntos do grupo atual, convocado pelo treinador argentino Rodolfo Ambrósio – quando o técnico chegou, no fim de 2014, os Tupis estavam na 45a posição do ranking, 11 a menos que a atual 34a.
Já em solo americano, os 26 Tupis que se preparam para o duelo deste sábado (22h de Brasília) contam com quatro novidades em relação a estreia. Entre os forwards, chegam os primeiras linhas Caique Silva (Niterói) e Pedro Bengaló (Desterro), e o terceira-linha Cléber Dias, o ''Gelado''. Nos backs, Robert Tenório (Pasteur) aparece como opção depois de servir a seleção de Sevens no início de temporada.
Da mesma forma que o time ganha em entrosamento e ritmo de jogo estando mais tempo junto, os rivais a partir de agora começam a subir de nível. Nenhuma novidade. Aliás, é tudo o que o Brasil precisa agora.
Difícil prever o fim da história. E impossível negar que o placar do ano passado (24-23) foi mesmo uma surpresa enorme. Mas, se repetido neste ano, já não vai dar mais para chamar de zebra.