França reabre investigação sobre doping de três astros do rúgbi mundial
UOL Esporte
Responsáveis pela agência francesa anti-doping (AFLD) decidiram cutucar um assunto que parecia encerrado: a suspeita de uso de substâncias proibidas pelos neozelandeses Dan Carter e Joe Rokococko, além do argentino Juan Imhoff, três jogadores do campeão francês de 2016, o Racing 92.
Os astros do clube parisiense já haviam sido declarados inocentes no fim de 2016, com aval da Federação Francesa de Rúgbi (FFR), após análise de testes positivos para corticosteróides, feitos depois da decisão do Top 14 do ano passado, com vitória sobre o Toulon (29-21) que garantiu o maior troféu nacional.
Alguns meses depois, a AFLD decidiu ir mais fundo no caso. A agência anunciou que vai convocar os três atletas para audiências, ainda sem data definida.
O caso ganhou repercussão mundial já que envolve dois ex-All Blacks (Carter é bicampeão mundial, maior pontuador da história do rúgbi internacional e já foi eleito o melhor do mundo por três vezes), além de um dos maiores destaques do elenco dos Pumas, a seleção principal da Argentina.
Bernard Laporte, ex-treinador do Toulon e da seleção da França de rúgbi XV, e atual chefão da FFR, já se posicionou diante da situação. Em entrevista à AFP, Laporte disse que não há nada para se esconder. O dirigente afirmou que caso a AFLD queira mais respostas, que assim seja.
Ao que tudo indica, a investigação deve tomar o seguinte rumo: tentar determinar se os índices de corticosteróides registrados batem com o tratamento e com o método informado pelo médico do Racing 92, que explicam o aparecimento da substância.
O clube, atual campeão francês, defende que tudo o que foi feito estava previamente autorizado e que a equipe age dentro da lei, da ética e do respeito por um esporte limpo.