Por Bruno Romano

Em uma temporada já marcada por bastantes surpresas, mais uma reviravolta chamou atenção no rúgbi internacional neste fim de semana: a primeira vitória da Itália sobre a África do Sul na história.

Não que os Springboks vivam um grande momento, mas parece ser mais um sinal de um maior (e talvez inédito) equilíbrio na cena mundial. Os italianos estavam nove posições atrás do ranking antes do jogo, diferença grande para o esporte, que diminuiu em um posto após o triunfo por 20-18 em Florença.

O resultado remete a outra grande queda de tabu dos testes internacionais de novembro, com a vitória da Irlanda sobre a Nova Zelândia. Neste fim de semana, no entanto, os All Blacks deram o troco, faturando a revanche em Dublin por 21-9.

Mais do que jogos acirrados dentro do top 10 mundial, quem tem evoluído e se destacado são as seleções do chamado ''Tier 2'', o segundo escalão do planeta oval.

Placares parelhos entre essas equipes – como a Geórgia batendo Samoa (20-16), Tonga vencendo os EUA (20-17) e a Romênia triunfando sobre o Canadá (21-16) – só comprovam o equilíbrio na zona, assim como um crescente ''perigo'' para as seleções mais bem ranqueadas.

Não custa lembrar que, na semana passada, a Alemanha (24^a no ranking) bateu o Uruguai (21^o). É a mesma seleção alemã que venceu no aperto neste fim de semana o Brasil (16-6), atualmente na 36^a colocação da lista mundial.

No primeiro semestre, a própria seleção brasileira ajudou a mexer com o cenário. Em duelo oficial pelo Americas Rugby Championship, os Tupis venceram a seleção principal dos Estados Unidos.

Com mais dois confrontos nesta janela de fim de ano – Alemanha e Portugal fora de casa – os Tupis lutam por mais vitórias inéditas, engrossando o coro de um ano que balançou com as estruturas da modalidade.