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Técnico da Inglaterra aproveita momento e provoca África do Sul

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Eddie Jones ao lado do capitão inglês Dylan Hartley após triunfo na Austrália (Foto: David Rogers/Getty Images)

Eddie Jones ao lado do capitão inglês Dylan Hartley após triunfo na Austrália (Foto: David Rogers/Getty Images)

Quando Eddie Jones disse que venceria o Six Nations 2016, muita gente torceu o nariz. Recém contratado para comandar a Inglaterra, na prévia do maior torneio de seleções da Europa, Jones precisava juntar os cacos de um vexame no Mundial 2015.

Algumas semanas depois, lá estava ele e sua nova equipe no topo do pódio, com um título invicto.

Desta vez, o alvo do técnico de origem australiana é a África do Sul. “Já sabemos o que vamos enfrentar, não é fácil, mas eles são apenas valentões”, disparou em entrevista coletiva nesta semana.

Os Springboks são justamente os adversários dos ingleses na série de três amistosos de novembro, a janela de duelos internacionais no rúgbi.

Na semana passada, os Boks revelaram uma ponta de fraqueza ao perder da Argentina. E Jones, claro, aproveitou para tirar uma casquinha.

Ainda que os sul-africanos estejam claramente montando um novo elenco, pensando no ciclo que leva ao Mundial de 2019 no Japão, a tarefa inglesa está longe de ser fácil. O jejum no confronto direto já chega a 10 anos – sim, desde 2006 a Inglaterra não bate os Boks.

“Com os jogadores e os recursos que nós temos, precisamos sempre de estar em uma posição para vencer”, declarou o comandante.

Seu sucesso no torneio de estreia não foi sorte nem acaso. Nos últimos amistosos de junho, a Inglaterra de Jones chamou atenção mais uma vez, ao bater de forma indiscutível (e inédita) a bicampeão mundial Austrália por três vezes seguidas.

“Eu achava que a gente levaria melhor por 2 a 1, mas tenho de admitir que me surpreendeu como nossos jogadores atuaram bem no último teste, mesmo cansados e lutando contra um adversário duro que foi para o tudo ou nada”, continua a treinador.

Ele mesmo conclui: “Aquilo foi um ótimo sinal”. De fato, se a Inglaterra seguir neste embalo, e os Boks não se encontrarem tão rápido, logo mais outro bicampeão mundial pode ficar pelo caminho.