Seleção amarga último lugar em dia de disputa pelo ouro no rúgbi
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Se o caminho do Brasil já foi duro nos dois primeiros dias de rúgbi masculino, não era o Quênia que facilitaria nossa vida. Acostumados a nos vencer, graças a uma união de força física com criatividade, os africanos foram impiedosos na disputa pelo 11o lugar destes Jogos, cravando 24-0 para cima dos Tupis.
Um try logo no primeiro lance mexeu com os ânimos do Brasil, que mesmo assim conseguiu se recompor para equilibrar as ações no primeiro tempo. Mas a experiência queniana falou bem mais alto. Com a temperatura do jogo sempre controlada, nossos rivais contruíram o placar de forma calma, gradual e convincente. Nos deixaram com o último lugar da competição.
Estamos falando de um adversário que pelo menos desde 2006 leva bem a sério um programa de alto rendimento no Sevens. Mais do que isso, uma selação que há poucos meses venceu uma etapa de Circuito Mundial atropelando Fiji, favorita ao ouro nesta Rio-2016 (desde que passe pelo Japão na semi, às 14h30, para chegar à decisão, às 19h).
Nosso quinto e último rival em Deodoro estava longe de ser fácil. Um time liderado por Collins Injera, maior autor de tries da história do Circuito Mundial, e formado por atletas acostumados a trombadas e apostas de corrida contra os maiores atletas de Sevens do planeta há mais de dez anos.
Uma vitória brasileira, ainda que merecida pela raça demonstrada nestes Jogos, seria um feito esportivo gigante, e bem acima do nosso nível atual.
Se a trajetória do Brasil no rúgbi termina aqui, a festa olímpica está só chegando ao seu ápice. Além de Fiji e Japão, Grã-Bretanha e África do Sul se enfrentam na segunda semifinal. No fim da tarde desta quinta-feira conheceremos o primeiro campeão da história olímpica do rúgbi Sevens.