Pilar argentino desabafa e conta sua versão da polêmica “fuga” a Las Vegas
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Martin Castrogiovanni não deve mais jogar pelo Racing 92. O pilar de nível internacional, que nasceu na Argentina, mas defendeu a seleção da Itália durante a carreira, se pronunciou em tom de despedida do atual vice-campeão europeu (e provavelmente dos campos de rúgbi) após polêmica em Las Vegas, nos Estados Unidos.
No último mês de abril, Castrogiovanni foi flagrado em uma festa na companhia de jogares de futebol do PSG, enquanto seu clube francês disputava a semifinal da Champions Cup, principal competição por equipes do continente.
Segundo a imprensa europeia, ele havia pedido licença para tratar de assuntos pessoais na Argentina. Pela primeira vez após o caso, Castrogiovanni tornou pública a sua versão da história. O pilar postou uma mensagem em seu Facebook.
''Sempre coloquei o rúgbi em primeiro lugar. Dói ler que eu menti para não participar das semifinais da Champions Cup'', diz.
''Estou decepcionado em ter sido condenado pelo clube, publicamente e de imediato, devido a viagem aos Estados Unidos. Sequer tive a oportunidade de discutir o caso com a equipe, com meus companheiros e treinadores'', continua.
Segundo o jogador, ele acompanharia a equipe do Racing 92 no duelo contra o Leicester, na Inglaterra, mesmo sem estar escalado para a semifinal. Na sua versão, o próprio clube teria pedido para que ele não viajasse, por ''razões totalmente independentes'' da sua própria vontade.
''Nunca quis criar problemas ao Racing 92, inclusive fiz tudo o que estava a meu alcance para conseguir uma plena recuperação desde que passei por uma cirurgia de retirada de um tumor'', explica.
A recuperação de uma grave condição física e a idade avançada (34) para o esporte de alto rendimento já colocavam Castrogiovanni em fase final de carreira. Sua ideia era se aposentar em boa forma no Racing, clube parisiense que apostou em craques internacionais para ganhar destaque na última temporada.
''Queria que minha experiência em Paris terminasse de forma diferente, pois era um ano especial. Eu demonstrei que era possível voltar a jogar no Top 14 e na Champions Cup depois de uma operação complexa. Eu sentia que havia renascido'', descreve.
O experiente pilar conclui a mensagem comentando o que seria seu ponto final nos gramados: ''Eu imaginava uma despedida após o fim de uma partida de rúgbi, bem perto dos fãs que me apoiaram em tantas batalhas. Infelizmente, isso não vai mais acontecer''.