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Uruguaios mantêm base e apostam em time forte para encarar o Brasil

UOL Esporte

Duelo de scrum entre Brasil e Uruguai pelo Sul-Americano de 2015. (Foto: Martin Rivero/FOTOJUMP)

Duelo de scrum entre Brasil e Uruguai pelo Sul-Americano de 2015. (Foto: Martin Rivero/FOTOJUMP)

O caminho do Brasil no Sul-Americano de Rúgbi XV começa com o Uruguai, adversário com fama (e histórico) de mais forte do torneio, que também conta com Chile e Paraguai.

Os Teros, como são chamados no mundo do rúgbi, apresentaram seu elenco repleto de jogadores do primeiro escalão. A definição da escalação do Brasil para o duelo deste sábado no Allianz Parque (SP), às 16h20, será anunciada nesta sexta-feira.

Dos 23 nomes apresentados pelos uruguaios, cinco jogaram o Mundial de 2015, na Inglaterra: Mateo Sanguinetti, Germán Kessler e Joaquín Prada, dos Los Cuervos, Carlos Arboleya, do Trébol, e Diego Magno, do Montevideo Cricket.

Ao todo, 12 nomes fizeram parte do último duelo entre as duas seleções pelo Americas Rugby Championship (ARC), em fevereiro deste ano. Apenas atletas uruguaios que atuam fora do país não foram incluídos na lista. O time completo pode ser conferido no site da União de Rúgbi do Uruguai.

Este encontro entre Teros e Tupis no começo do ano pelo ARC foi apertado, com vitória por 33-29 para os visitantes na Arena Barueri. Resultado que motiva os dois lados: o Brasil sabendo que pode surpreender um adversário mais forte, e o Uruguai mais atento com uma seleção brasileira aguerrida e em evolução.

Mais do que um jogo parelho, o placar foi dominado em grande parte do tempo pelo Brasil. Uma equipe valente e bem organizada na defesa, mas que cometeu muitos penais e foi dominada nos lances de scrum. Do outro lado, a experiência uruguaia falou alto, mesmo em um dia em que seu chutador desperdiçou várias conversões, deixando a decisão do jogo para os lances finais.

No último sul-americano, em abril de 2015, no entanto, a derrota foi mais pesada: 48-9 para os Teros. De lá para cá, as duas equipes vivem agora outra fase, e tudo leva a crer que o equilíbrio tem mais lugar no Allianz Parque do que um passeio uruguaio.

Desde dezembro de 2015, os Teros mudaram seu treinador principal e, consequentemente, sua estrutura de jogo. O novo comandante, o argentino Esteban Meneses, tem apostado em um estilo dinâmico e ofensivo, seguindo os passos de Daniel Hourcade, treinador dos Pumas, seleção principal da Argentina.

Para o Sul-Americano ele trará a campo o melhor time disponível (ou o mais perto disso) de atletas que atuam no Uruguai. Seu capitão, Juan Manuel Gaminara é um dos confirmados contra os Tupis, e deve ser o responsável por orquestrar este novo momento uruguaio. Um time duro de bater, como sempre, mas cada vez mais ao alcance do Brasil.