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Cadê a arena olímpica? Atraso preocupa a World Rugby

UOL Esporte

Seleção brasileira feminina durante evento-teste, em março, no gramado do Rio-2016

Seleção brasileira feminina durante evento-teste, em março, no gramado do Rio-2016

É grande a diferença entre os informes dos Jogos Rio-2016 e a realidade do prometido estádio de rúgbi, que receberá a volta do esporte à Olimpíada.

Ainda que o gramado já tenha sido concluído, junto das estruturas principais de vestiários – atendendo ao padrão que a competição pede –, o estádio em si não existe. As notícias “oficiais”, no entanto, falam em “recém-inaugurado estádio de Deodoro” e “estádio novinho em folha”.

De fato, o local passou por um evento-teste no começo de março. Valendo também como Sul-Americano Feminino de Sevens, reuniu oito seleções (ou 96 atletas), com vitória invicta do Brasil. Na ocasião, não havia nem sinal das arquibancadas.

A nova promessa é de que as estruturas finais e demais áreas para atletas e imprensa fiquem prontas no fim de junho. As partidas de rúgbi, masculinas e femininas, estão marcadas para a primeira semana dos Jogos em agosto.

A entrega em cima da hora não agrada a direção da World Rugby, entidade máxima do esporte, que tem acompanhado de perto a lenta evolução da arena.

Alguns dirigentes da organização, aliás, já estabeleceram até contato direto com o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, para tentar agilizar o processo, como destacou o Blog do Daniel de Brito.

Quem lidera o “puxão de orelha” da World Rugby ao Comitê Organizador, responsável pelas obras, é o diretor de competições Mark Egan. A preocupação de Mark e sua equipe é garantir um torneio de ponta, aproveitando ao máximo a oportunidade de apresentar o Sevens como nova modalidade olímpica.

“As obras da arena de rúgbi estão atrasadas. Vai ser uma estrutura temporária, e pode ser construída a tempo, mas está atrasada”, diz Mark, em entrevista desta segunda-feira à Rugby World, publicação britânica e referência mundial no assunto.

“Muitas coisas estão totalmente fora de nosso controle, portanto estamos apenas tentando focar no que está ao nosso alcance para ajudar e pressionar”, explica o dirigente, quando perguntado se a atual crise no país tem atrapalhado todo o processo.

Na entrevista, Mark também reconhece a boa relação que tem tido com as pessoas que trabalham diretamente com a Olimpíada, e o esforço delas para darem conta do recado.

A previsão inicial de entrega da estrutura completa era no primeiro trimestre de 2016. A capacidade de público prevista no projeto é de 15 mil pessoas.

A área do estádio será usada tanto para o rúgbi como para duas das cinco provas do pentatlo moderno – nos Jogos Paralímpicos, a instalação vai receber duelos de futebol 7.

SÓ NO DESENHO: Arena a ser usada pelo rúgbi nos Jogos está atrasada

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