“China do rúgbi” atrai astros do esporte e conhece campeão no fim de semana
UOL Esporte
Enquanto o futebol chinês garimpa jogadores brasileiros, um movimento parecido acontece no rúgbi do Japão. Nos últimos anos, alguns dos principais craques de Nova Zelândia, Austrália e África do Sul (maiores potências da bola oval) têm atuado na milionária Top League japonesa.
A temporada de tiro curto, que começou apenas em novembro de 2015, logo após o Mundial, tem final marcada para este fim de semana. O Toshiba Brave Lupus, maior vencedor da história com cinco títulos, encara o Panasonic Wild Knights, atual bicampeão. O duelo acontece em Tóquio, no estádio Príncipe Chichibu.
Os salários altos e a contratação de atletas dos países com mais títulos mundiais (Nova Zelândia com três; Austrália e África do Sul com dois) aproximam a China do futebol e o Japão do rúgbi. Mas há diferenças importantes.
A primeira é que o atual calendário permitiu que os atletas jogassem a Top League e, logo depois, se encaminhassem para Super Rugby, maior torneio de clubes do hemisfério sul – atualmente com 18 times, entre eles um argentino e um japonês (único representante do norte).
O novo astro japonês Ayumi Goromaru, artilheiro do país no Mundial 2015, por exemplo, jogou a semifinal da Top League pelo Yamaha Jubilo e já vai se juntar aos Reds da Austrália, na disputa do Super Rugby, que começa no fim de fevereiro.
A segunda diferença é que atletas das principais potências do rúgbi acabam ficando de fora de suas seleções nacionais quando estão atuando no Japão. Na Nova Zelândia, a regra é seguida a risca. Ou seja, se um jogador está atuando na Top League, não será escalado naquele período para defender os All Blacks.
A terceira e última é que o Japão não está tão longe assim dos holofotes, como o futebol chinês. O país foi revelação na Copa do Mundo do ano passado e ganhou vaga no Super Rugby com a nova franquia Sunwolves.
Recentemente, os chefões da World Rugby também deixaram clara a intenção de incluir a seleção japonesa no anual Rugby Championship, ao lado de neozelandeses, australianos, sul-africanos e argentinos. Sem falar que o país está confirmado nos Jogos Olímpicos de 2016.
No mais, o dinheiro do campeonato de clubes japonês realmente fala alto. Principalmente para jogadores em uma fase avançada da carreira. E o espetáculo, patrocinado por mega empresas, tem ajudado a engrenagem rodar a favor do rúgbi local.