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Melhor do mundo, neozelandês Dan Carter começa nova era na França

UOL Esporte

Dan Carter veste a camisa 10 do Racing 92 com direito a vitória na estreia. Créditos: THOMAS SAMSON / AFP

Dan Carter veste a camisa 10 do Racing 92 com direito a vitória na estreia. Créditos: THOMAS SAMSON / AFP

Eleito o melhor jogador de rúgbi de 2015, Dan Carter já acumula títulos mundiais pela Nova Zelândia e troféus de Super Rugby pelos Crusaders – além de ser o maior pontuador da história do esporte. Mas o talentoso camisa 10 não pensa em se acomodar tão cedo.

Neste fim de semana, Carter começou uma nova fase da sua vitoriosa carreira na França. Ele foi o maestro do tradicional clube Racing 92, em duelo decisivo contra o Northampton pelo Campeonato Europeu de Rúgbi, o mais cobiçado do continente.

Não é a primeira vez que o neozelandês se aventura na Europa. Na temporada 2008-2009, teve passagem breve pelo Perpignan,mas uma lesão só permitiu que ele atuasse cinco partidas. Nos anos seguintes, decidiu voltar a jogar na Nova Zelândia, única forma de ser escalado para defender os All Blacks.

Com dois títulos mundiais (2011 e 2015), quatro troféus de Tri Nations/Rugby Championship (2010, 2012, 2013 e 2014) e mais suas eleições de melhor do mundo (2012 e 2015), decidiu que era mesmo a hora de retornar a Europa. Traduzindo: receber os salários milionários que as equipes europeias conseguem pagar.

Carter, aliás, foi o primeiro a receber um contrato milionário no esporte. Seu salário anual no Racing é de cerca de 1,4 milhão de libras (quase R$ 9 milhões).

Mas o dinheiro não parece ser a única motivação. Carter entrou para um time que tem tudo para crescer e brigar por títulos nos próximos anos. No duelo de estreia, ele dividiu o campo com feras do rúgbi como os neozelandeses Chris Masoe e Joe Rokocoko, além do polivalente francês Yannick Nyanga e do decisivo argentino Juan Imhoff.

A chegada ao Racing pode representar o fim da era de Carter com a camisa 10 dos All Blacks. Por outro lado, é um evidente e bem-vindo recomeço. Com 33 anos, Carter será sempre lembrado pela atuação de gala na final do Mundial 2015. Mas o mundo do rúgbi (e ele mesmo) sabe que ainda há muito para render dentro de campo.

Especialista em chutes, Carter guardou seis pontos no primeiro duelo pelo clube francês. Créditos: THOMAS SAMSON / AFP

Especialista em chutes, Carter guardou seis pontos no primeiro duelo pelo clube francês. Créditos: THOMAS SAMSON / AFP