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Brasil bate Estados Unidos em jogo épico e faz história no rúgbi

UOL Esporte

 

Os irmãos Duque, Lucas e Moisés, celebram triunfo histórico dos Tupis (Crédito: ARC/Divulgação)

Os irmãos Duque, Lucas e Moisés, celebram triunfo histórico dos Tupis
(Crédito: ARC/Divulgação)

Por Bruno Romano

Você acha que o rúgbi pode dar certo no Brasil? É uma pergunta comum, feita ultimamente por quem mostra algum interesse pelo esporte — normalmente acompanhada da desconfiança de que a bola oval encontre mesmo seu espaço por aqui.

Partidas como a deste sábado entre Brasil e Estados Unidos ajudam a responder a questão. De forma heroica (e justa), os Tupis brasileiros superaram os Eagles norte-americanos por 24-23 na Arena Barueri (SP). Não apenas venceram os líderes do novo Americas Rugby Championship, como surpreenderam o mundo do rúgbi.

Vitórias como esta quebram paradigmas. Premiam tantos dias de esforço. E abrem caminhos que antes só existiam na imaginação.

Não é o placar em si a questão. Resultados, no esporte em geral, são consequências de muito trabalho. No rúgbi XV, é algo ainda mais complexo, por se tratar de um esforço extremamente coletivo, dentro e fora de campo.

No caso brasileiro, estamos falando de uma evolução constante e visível para quem acompanha o esporte de perto — mesmo que a realidade dos clubes ainda avance com mais dificuldades do que as das seleções.

A resposta da pergunta inicial é: sim. O rúgbi não só tem potencial para crescer e se firmar, como tem muito a ensinar à cultura esportiva no nosso país. Desde que ele embarque nesta jornada sem volta, de bons resultados, sem se esquecer dos valores do esporte.

Essa geração tem a chance de ser a primeira a chegar a uma Copa do Mundo. Ou então, ser a referência para a geração seguinte cumprir esse mesmo objetivo. De um jeito ou de outro (como protagonista ou como exemplo), é um feito enorme. E repleto de responsabilidade.

No ranking da World Rugby da próxima segunda-feira, os Tupis devem subir da 42ª para a 38ª colocação mundial (e ganhar manchetes nas principais mídias da modalidade pelo mundo). Os EUA são os atuais 16ºs da lista. Vamos comemorar, mas ainda temos um longo caminho pela frente.