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Encontro de gigantes do esporte, Super Rugby inicia nova temporada nesta 5ª

UOL Esporte

Melhor do mundo, Beauden Barrett vai liderar os campeões de 2016 Hurricanes no Super Rugby. Foto: Hagen Hopkins/Getty Images

Por Bruno Romano

Nos últimos três anos, uma trinca de novos campeões levantou a taça do maior torneio de clubes do planeta, o Super Rugby. Exaltar o evento assim pode até parecer exagero – é claro que as ligas na Europa, sobretudo Inglaterra e França, também tem altíssimo nível. Mas quando falamos do ápice do esporte em alto rendimento é impossível não pensar neste campeonato que tem o pontapé inicial da temporada 2017 nesta quinta-feira.

Ao todo, 18 franquias de quatro continentes entram no duelo que se estende de fevereiro até julho. Nesta lista de equipes estão os últimos vencedores ''inéditos'': os australianos do Waratahs (2014) e os neozelandeses dos Highlanders (2015) e dos Hurricanes (2016).

Não custa lembrar que os campeões de 2013, os Chiefs, também da Nova Zelândia, haviam vencido a competição pela primeira vez em 2012. O que isso tudo importa? Simples: que a disputa mais exigente técnica e fisicamente da cena de clubes (e aqui não há o que discutir) está mais equilibrada e imprevisível do que nunca.

É só mais uma prova de que grandes desafios geram resultado coletivo a longo prazo. No caso do Super Rugby, estamos falando de uma missão que atrai e peneira o melhor do talento do rúgbi de Nova Zelândia, Austrália e África do Sul, países que, juntos, somam sete títulos mundiais em oito edições de Copas até aqui.

Para dar um apimentada a mais, inclua na disputa atual as jovens franquias ''Jaguares'' e ''Sunwolves'', trazendo a campo grande parte dos principais atletas das seleções da Argentina e do Japão, atuais 9a e 11a colocadas no ranking mundial.

Mesmo assim, o Super Rugby está longe de ser o ''paraíso'' – e nem estamos falando da dureza das batalhas. Problemas dentro e fora de campo já se arrastam a algumas temporadas.

É o caso de estádios vazios em países de tradição no esporte, seja pela escolha de calendário, pela falta de apelo de algumas franquias, ou até pelo clima frio em grande parte da temporada. Além disso, as longas jorandas de viagens acabam complicando custos e dificultando preparações.

Enquanto os dirigentes cuidam de afinar tudo para fortalecer ainda mais o torneio – dando uma atenção especial à saúde dos jogadores e aproximando mais o torneio dos fãs – a certeza é de que ainda teremos o Super Rugby como uma grande casa de craques.

A partir desta quinta, cada arena que receber um duelo, seja na Oceania, na África, na Ásia ou na América do Sul (oportunidade mais próxima de acompanhar algo ao vivo), vai ser lugar certeiro para observar o que o rúgbi mais moderno do mundo é capaz de produzir atualmente.

Ao colocar tantos gigantes em busca de um mesmo objetivo, o resultado não poderia ser diferente do que o caminho da evolução – agora, quem vai faturarr a taça já é algo muito mais difícil de prever.