Por Bruno Romano

Ainda que o uniforme mude do azul e branco para o preto e laranja, dentro de campo os Jaguares contam com a força da maioria dos titulares da seleção argentina de rúgbi XV, os Pumas. Para a temporada de 2017, o elenco do clube apresentado nesta semana mantém nomes de destaque do nosso país vizinho.

Facundo Isa, revelação dos Pumas em 2016, é um dos destaques dos Jaguares | Crédito: Gallo Images/Getty Images

É o caso do capitão dos Pumas, o hooker Agustín Creevy, do camisa 10 da franquia e da seleção, Nico Sánchez, do jovem terceira-linha destaque de 2016, Facundo Isa, do ágil scrum-half Martín Landajo e o tryman Santiago Cordero, só para citar alguns.

Neste ano, o compromisso dos Jaguares no Super Rugby, um dos mais duros torneios de clubes do mundo, passa por confrontos com equipes da África do Sul e Austrália, além dos Sunwolves, do Japão – os times neozelandeses estão fora da rota dos argentinos na temporada regular.

Entre março e julho, os Jaguares vão atuar quatro vezes em solo sul-africano e duas em terras australianas. No mesmo período, mandarão oito jogos em Buenos Aires, sede escolhida para treinos e partidas desde o anúncio da equipe.

O desgaste entre viagens e jogos intensos é tão grande que o elenco atual do treinador Raúl Perez conta com 44 jogadores. Todos têm contratos assinados pela União Argentina de Rugby, que administra a franquia.

Diferente de outras equipes do Super Rugby, os Jaguares mantém a exclusividade de atletas argentinos no elenco. Afinal, essa é exatamente a ideia do negócio: proporcionar experiência e entrosamento em altíssimo nível para as ''pratas da casa''.

Uma segunda equipe sul-americana, envolvendo inclusive jogadores de outros países, já é tema de discussão entre dirigentes no continente, mas nada saiu do papel. Por enquanto, este exigente, doloroso e desafiante caminho da evolução chamado Super Rugby ainda é exclusividade dos Jaguares.