Herói inglês e mestre dos chutes, Wilkinson entra para o Hall da Fama
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Um chute de bate pronto, com a perna ''ruim'', fez um jovem Jonny Wilkinson entrar para sempre na história do rúgbi. Os três pontos deste tiro certeiro do camisa 10, na prorrogação da final da Copa do Mundo de 2003 (veja no vídeo), deu à Inglaterra seu primeiro – e até hoje único – título mundial.
Por essas e outras, o anúncio desta semana de que ''Wilko'' agora faz parte do Hall da Fama era apenas questão de tempo. A nova conquista, no entanto, não celebra apenas aquele garoto talentoso e abusado de 13 anos atrás, mas um jogador completo e um dos melhores de sua geração, que até pouco tempo atuava em alto nível no rúgbi francês – não à toa, a Inglaterra ainda não achou um substituto a sua altura.
Wilkinson, agora com 37 anos, será para sempre lembrado pela precisão de seus chutes (e também por aquela posição esquisita que costumava fazer para se concentrar antes de chutar). Ainda que essa qualidade acima da média com os pés acabe escondendo um exímio estrategista no ataque e um excelente ''tackleador'' na defesa, este último atributo bem raro, aliás, em aberturas.
Ao lado de Wilko, outros contemporâneos foram homenageados pela World Rugby. O capitão da seleção inglesa no Mundial de 2003, Lawrence Dallaglio, além do galês Shane Williams, um dos mais rápidos e fatais de sua geração, e do irlandês Brian O'Driscoll, dono de vários recordes pela seleção de seu país, entre eles o maior número de jogos oficiais.
Ao todo, 12 astros do esporte entraram na nova lista que chega agora a 132 nomes. Destaque também para duas novidades: o japonês Daisuke Ohata, maior autor de tries em partidas internacionais na história, e Daniel Carroll, ouro na Olimpíada de 1920, acumulando os papéis de treinador e jogador da seleção dos Estados Unidos.