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Rúgbi em cadeira de rodas: Brasil pega potências mundiais na Paraolimpíada

UOL Esporte

Julio Braz enfrenta marcação do Canadá em evento teste da Paraolimpíada (Buda Mendes/Getty Images)

Julio Braz enfrenta marcação do Canadá em evento teste da Paraolimpíada
(Buda Mendes/Getty Images)

Do gramado do estádio de Deodoro para a Arena Carioca 1. É na quadra principal do Parque Olímpico da Barra da Tijuca (RJ) que o Brasil vai enfrentar a disputa paraolímpica do rúgbi em cadeira de rodas, entre os dias 14 e 18 deste mês. E não vai ter vida fácil.

Os brasileiros têm pela frente a Austrália, medalha de ouro nos últimos Jogos Paraolímpicos e atual campeã mundial da modalidade.

Também estão na chave ''A'' o Canadá, campeão dos Jogos Parapan-Americanos 2015 (e com 3 pratas e um bronze paraolímpico no currículo), além da Grã-Bretanha, melhor seleção da Europa com cinco títulos continentais.

No outro grupo, a disputa também é forte. Os duelos serão entre Estados Unidos, que somam dois ouros paraolímpicos e quatro títulos mundiais – melhores marcas em todo o esporte –, a Suécia, quatro vezes campeã europeia, e os menos badalados, mas longe de serem fracos, Japão e França.

Criado na década de 1970, no Canadá, o rúgbi em cadeira de rodas ganhou destaque mundial com o premiado documentário ''Murderball'', de 2005, que explora a rotina dos atletas e a rivalidade entre canadenses e norte-americanos.

As partidas são disputadas em quadras com tamanho semelhante às de basquete, com quatro períodos de oito minutos, seguindo as regras da Federação Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, a IWRF.

Basicamente, basta passar a linha de fundo adversária com controle total da bola para pontuar. O tempo de posse por jogador é de 10 segundos (após isso é preciso passar ou quicar a bola) e contatos entre as cadeiras são permitidos, mas com restrições.

Os jogadores recebem uma classificação, de acordo com sua condição física, e os treinadores precisam colocar em quadra uma equipe de quatro atletas, sempre respeitando uma pontuação limite, determinada pela soma de cada classificação individual.

Na 19a colocação do ranking mundial, o Brasil entra na competição como país-sede. As demais seleções são exatamente as sete primeiras colocadas da lista.

A delegação brasileira já está no Rio de Janeiro, com os convocados pela Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas. A estreia será logo na abertura da modalidade, na manhã do próximo dia 14.

Seleção reunida no CT Paraolímpico, em São Paulo, antes da viagem ao Rio de Janeiro

Seleção reunida no CT Paraolímpico, em São Paulo, antes da viagem ao Rio de Janeiro