All Blacks chegam à Vila Olímpica e prometem “Haka” inédito se levarem ouro
UOL Esporte
Por Bruno Romano
A chegada da seleção de rúgbi da Nova Zelândia ao Rio traz uma novidade. Não tem nada a ver com o elenco, com alguma estratégia de jogo ou qualquer ''arma secreta'' do mestre Gordon Tietjens. Aliás, ela só será vista se os All Blacks Sevens cumprirem seu grande objetivo: conquistar o ouro.
Como é tradição no rúgbi Sevens, a modalidade escolhida para os Jogos, os neozelandeses só fazem sua tradicional dança tribal, a Haka, em caso de título. Ao contrário dos duelos de rúgbi XV, quando o canto entoa a entrada da seleção em campo, no Sevens ele celebra a conquista.
É por isso que a apresentação do novo ''Tū: Te Toa o Te Riri'', nome da nova Haka, até hoje nunca exibida em público, só deve ser vista se DJ Forbes, Sonny Bill Williams e companhia subirem no degrau mais alto do pódio.
A ideia veio do jogador Gillies Kaka, um dos destaques do time, logo após uma série de visitas a escolas neozelandesas na região de Bay of Plenty. Os atletas faziam um tour passando mensagens de qualidade de vida e prática esportiva para crianças da área.
Uma das escolas apresentou o tal ''Tū: Te Toa o Te Riri'' em forma de agradecimento. E os All Blacks 7's, incentivados por Kaka, decidiram adotá-lo para a Rio-2016. A decisão teve o aval do treinador Gordon Tietjens, que foi até encorajado a participar da cerimônia junto dos atletas em caso de vitória.
Esta ideia de trazer a tona Haka's originais tem sido comum na Nova Zelândia. Os Chiefs, campeões do Super Rugby em 2012 e 2013, por exemplo, celebraram as consquistas com um ritual próprio.
Para a seleção de Sevens, o princípio é o mesmo: trazer em forma de Haka uma mensagem que represente a própria identidade do time. Nesta versão, a letra em idioma maori já foi divulgada, contendo algumas frases como: ''Nos torne invencíveis'' ou ainda ''A ferocidade do 'Deus da guerra' explode em nós''.
As últimas conquistas da seleção de Sevens foram comemoradas com o tradicional ''Ka Mate'', a versão mais conhecida do ritual em jogos de rúgbi. Foi com ele que os homens de preto vibraram vários títulos de etapa no Circuito Mundial nos último anos, incluindo 12 troféus gerais em um total de 17 temporadas.
Caso transformem toda essa história em ouro olímpico, superando a favorita Fiji e as outras 10 seleções na mesma luta, não apenas veremos um feito inédito, como uma nova Haka também.