Treinador argentino aposta em força mental para surpreender pódio olímpico
UOL Esporte
Por Bruno Romano
''Coyote'' era o apelido de Santiago Gómez Cora dentro dos campos de rúgbi. Do lado de fora, Santi ainda guarda a inteligência e agilidade de pensamento, seus dois diferenciais, usados agora para comandar a seleção argentina de rúgbi Sevens.
''Quando eu era jogador, meu objetivo era ser o maior pontuador do Sevens mundial, agora como técnico quero conquistar uma medalha olímpica'', afirma, em entrevista à World Rugby, nas vésperas da Rio-2016.
A primeira meta ele já conquistou (só foi ultrapassado nesta temporada pelo queniano Collins Injera). A segunda vem rondando sua mente e sua rotina nos últimos anos, e será colocada a prova daqui a duas semanas.
''Para ser um bom jogador de Sevens você precisa de uma mente muito forte, além, é claro, de vontade para trabalhar duro todos os dias de sua vida'', resume Santi.
Depois de se classificar para os Jogos Olímpicos com o título sul-americando e ainda conquistar um honroso quinto lugar na última temporada no Circuito Mundial de 7's, o treinador argentino tenta refletir esse pensamento para seus doze convocados.
''Estar no Rio é um sonho realizado'', diz, enquanto prepara sua seleção em intensos treinamentos na região de Mangaratiba. Antes de pisar no gramado de estádio de Deodoro, em meio a tanto foco na preparação, ele confessa: ''só sinto muita falta do meu pequeno filho''.
O trabalho de Santi dentro e fora de campo levou os Pumas 7's ao grupo ''A'' da Olimpíada, onde toda esta história será colocada a prova logo na fase inicial. Os argentinos têm pela frente o anfitrião Brasil, a sensação da temporada, os Estados Unidos, e os ''fijianos voadores'', atuais bicampeões do Circuito Mundial e um dos grandes favoritos ao ouro.