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Grupo do Brasil na Rio-16 tem favorito, surpresa do ano e rival local

UOL Esporte

FOTO: Daniel Sancery corre para o try contra a Argentina, adversária do Brasil na Olimpíada. Divulgação/World Rugby

FOTO: Daniel Sancery corre para o try contra a Argentina, adversária do Brasil na Olimpíada. Divulgação/World Rugby

Por Bruno Romano

Fiji, Estados Unidos e Argentina estão no caminho dos Tupis na Rio-2016. O chaveamento olímpico coloca o Brasil frente a frente com três equipes top 6 do mundo na atualidade pelo grupo “A” – destaque para os fijianos, bicampeões nas últimas duas temporadas do Circuito Mundial de Sevens, principal competição da modalidade olímpica.

Favorita ao ouro ao lado de Nova Zelândia e África do Sul, Fiji deve oferecer a batalha mais dura nesta primeira fase. Seu jogo dinâmico, criativo e absurdamente veloz traz uma combinação difícil de segurar, ainda mais no embalo atual dos fijianos.

Como eles devem contar com uma vitória certa na partida para se classificar no topo do grupo, reside aí a esperança de um improvável “salto alto” para o Brasil surpreender.

Argentina e Estados Unidos, ainda que joguem de formas diferentes, estão em um mesmo nível. E ele é bem alto. Quinta e sexta colocadas no Circuito Mundial 2015-2016, as seleções vivem ótimo momento.

Os argentinos fizeram final de etapa e alcançaram o almejado (e merecido) top 5, enquanto os EUA foram o destaque em evolução da temporada. Mesmo oscilando durante o ano, os norte-americanos bateram mais de uma vez a Nova Zelândia e fizeram frente pra todas as demais seleções de destaque.

Superar qualquer uma das duas seria um feito incrível para os Tupis, que podem se aliar ao regulamento do campeonato. Como são apenas 12 seleções olímpicas – e não 16, número comum em etapas do Mundial – classificam-se as duas primeiras de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados.

Em outras palavras, beliscar uma vitória em três jogos pode significar passaporte para as quartas-de-final. A partir daí, no mata-mata, qualquer previsão é um mero palpite, em uma modalidade do rúgbi muito mais propensa a surpresas.

A seleção feminina vive história parecida, ainda que figure entre as top 10 do mundo. Canadá, Grã-Bretanha e Japão são as adversárias pelo grupo “C”. As duas primeiras costumam se impor em jogos da série mundial feminina, enquanto o Japão é aquele rival forte, mas muito mais próximo do nosso alcance.

O estádio olímpico de Deodoro (RJ), montado para o rúgbi e para o pentatlo moderno, recebe primeiro as mulheres, dos dias 6 ao 8. Na sequência, a competição masculina rola em três dias, do 9 ao 11. Ainda há ingressos para os duelos no site oficial e nas bilheterias cariocas.

Com capacidade para 15 mil pessoas, o palco do Sevens tem pacotes de R$ 60 a R$ 300, que dão direito a seis jogos – uma boa forma de provar um pouco do esperado retorno do rúgbi à Olimpíada depois de 92 anos.

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