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Time dos sonhos do Sevens premia Fiji e África do Sul, e exclui All Blacks

UOL Esporte

Por Bruno Romano

Fiji e África do Sul dominaram a lista do ''time do sonhos'' do Sevens mundial, com dois premiados em cada país. A lista de sete atletas foi anunciada pela World Rugby e celebrou os destaques da temporada 2015-2016 da modalidade olímpica, que culmina com os Jogos do Rio.

A grande ausência foi a Nova Zelândia. Seleção mais vencedora da história do Circuito, com 12 títulos, os All Blacks 7's terminaram com o terceiro lugar geral da tabela, mas não impressionaram. O troféu geral ficou com Fiji no último fim de semana.

Ainda que a equipe do treinador Gordon Tietjens tenha vencido três etapas no ano, não atingiu o auge no fim da temporada, o que os neozelandeses esperam fazer no Rio de Janeiro, como deixa claro o comandante.

A escolha do ''Dream Team'' do Sevens foi feita com base em critérios técnicos, além da quantidade de nomiações anteriores nos times do sonhos de cada uma das 10 etapas. Dos sete destaques, todos merecidos, chamam atenção três tipos de jogadores.

O primeiro grupo tem maior porte físico, e mesmo assim muita técnica e agilidade. Pelo tamanho, tem vantagem para quebrar marcas e dar offloads no ataque. Também costumam causar estragos com tackles pesados na defesa.

Fazem parte dessa turma, o capitão de Samoa, Faalemiga Selesele, o sul-africano Kwagga Smith, o fijiano Jasa Veremalua, que acumulou o prêmio de jogador destaque da temporada, e Virimi Vakatawa (França), que defende os franceses, mas passou a infância em Fiji.

O segundo grupo é dos velocistas puros. Podem até deixar a desejar em alguns momentos defensivos, mas têm um poder incomum para finalizar jogadas e marcar tries. Perry Baker (EUA) e Seabelo Senatla (África do Sul) representaram perfeitamente o estilo. Senatla, aliás, guardou incríveis 66 tries, terminando como artilheiro isolado.

O último grupo, mais raro, é marcado por Osea Kolinisau, fijiano homenageado no ''Dream Team''. De menor porte, atletas como Kolinisau fazem a diferença na inteligência, visão de jogo e liderança em campo.

Além dos talentos individuais, o time dos sonhos forma mesmo uma boa equipe. É desta mescla de jogadores (exatamente nesta proporção) que uma seleção de Sevens precisa.