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Brasileiras conquistam 11º Sul-Americano seguido e invicto na nova arena

UOL Esporte

Por Bruno Romano

Seleção feminina recebe a medalha de ouro no Sul-Americano 2016. Foto: Luiz Pires/Fotojump

Seleção feminina recebe a medalha de ouro no Sul-Americano 2016. Foto: Luiz Pires/Fotojump

A hegemonia do rúgbi feminino na América do Sul continua com o Brasil. Neste fim de semana, a seleção conquistou seu 11o título sul-americano consecutivo – e invicto. O torneio também fez parte da série de eventos testes “Aquece Rio” e marcou a estreia da Arena Deodoro (RJ), palco do rúgbi olímpico em 2016.

As brasileiras seguem sem perder nenhuma partida na história do torneio. Desta vez, atropelaram o Peru (59-0), o Uruguai (41-0) e a Venezuela (22-0) na fase de grupos, no sábado.

No dia decisivo, domingo, passaram por Chile nas quartas-de-final (41-0), Colômbia na semi (31-0) e Argentina na grande decisão (27-5). Isso mesmo: apenas um try (5 pontos) sofrido em seis jogos. Média de 30 pontos feitos por partida.

Os números ajudam a traduzir o domínio do Brasil no pedaço. Eles confirmam que o país ainda é (e deve ser por um bom tempo) a grande força feminina da região.

Os resultados também mostram que, mesmo com tanta “facilidade” em vencer por aqui, não há espaço para acomodação. O Brasil segue evoluindo. E sabe bem que ainda tem muito mais para crescer.

O próximo degrau tem se mostrado bem mais difícil de subir. Desde que participa de torneios internacionais – com mais frequência há cerca de cinco anos – o Brasil para em adversárias mais fortes.

Neozelandesas, australianas, inglesas e companhia parecem duras demais para cair cada vez que aparecem no caminho. Nem por isso, as brasileiras desistem de tentar.

O rúgbi sempre premia o esforço, a dedicação e o trabalho em equipe. É por isso que o Sul-Americano traz um pouco de alívio à seleção feminina. Em meio às “pancadas” das seleções de ponta, os títulos regionais confortam tanto empenho e renovam as energias.

Atletas de um esporte exigente, dinâmico e muitas vezes cruel, elas não precisam de ninguém para lembrá-las o quão difícil é jogar rúgbi. Elas sabem bem o tamanho da encrenca – e se preparam para ela.

Se igualar às grandes potências é uma outra história. Leva tempo, paciência, investimentos e ações coordenadas dentro e fora de campo. É difícil prever quando iremos finalmente passar por cima de uma nação mais forte. A única certeza é de que essas mulheres vão fazer de tudo para chegar lá. Estamos bem representados.