“Circo” do rúgbi olímpico invade Las Vegas (EUA) e Deodoro (RJ)
UOL Esporte
Por Bruno Romano
Só de jogadores de rúgbi, pode contar 192 atletas. Some a isso as comissões técnicas de 16 seleções, além de dirigentes, profissionais de mídia, equipes de organização do evento e voluntários, para concluir que cada etapa do Circuito Mundial de Sevens é um verdadeiro circo itinerante do rúgbi – sempre com bom espetáculo garantido.
O picadeiro da vez será o estado Sam Boyd em Las Vegas (EUA), com promessa de casa cheia para três dias de rúgbi Sevens, da próxima sexta ao domingo. O torneio vale pela quinta de dez etapas do Circuito Mundial 2015-16.
Algumas atrações principais também já estão confirmadas: os fijianos voadores, os mágicos neozelandeses e os domadores de feras sul-africanos. Este trio de ferro atual do Sevens tem se mostrado um (grande) passo à frente dos demais na corrida pelo título do Circuito – e já despontam como favoritos na disputa pelo ouro olímpico.
Mais perto daqui, na Arena Deodoro, no Rio de Janeiro, as principais seleções femininas de rúgbi Sevens duelam no Aquece Rio. O evento serve como teste oficial do novo estádio, construído para os Jogos Olímpicos. A anfitriã será a seleção brasileira, medalha de bronze no Pan 2015 e já garantida na Olimpíada.
Parte das brasileiras, no entanto, seguiu rumo a Vegas. O elenco foi dividido para representar o país em duas competições simultâneas. Nos EUA, a seleção participa de um torneio para equipes convidadas.
No mesmo fim de semana serão mais 275 times, incluindo também equipes amadoras e juvenis, chegando à marca de 5 mil atletas de rúgbi em ação nas proximidades do estádio Sam Boyd.
Uma verdadeira festa do rúgbi. Abrangente e inclusiva. E que coloca jogadores e fãs do esporte ainda mais perto das grandes estrelas do espetáculo. Uma característica normal no planeta oval, mas infelizmente rara em outras modalidades esportivas de massa.
Falando em craques do rúgbi, o torneio de Vegas traz boas novidades. Bryan Habana (África do Sul), Quade Cooper (Austrália) e Liam Messam (Nova Zelândia), três grandes nomes do rúgbi XV, agora fazem parte do ''circo'' do Sevens.
Um tempero a mais para um circuito extremamente disputado, equilibrado e cada vez mais aquecido com a aproximação da Olimpíada. Em quatro etapas, seis seleções já disputaram finais – e zebras como Estados Unidos batendo a Nova Zelândia estão ficando cada vez mais comuns.
De garantido mesmo, só a certeza de um ótimo show. Os melhores números estão cada vez mais difíceis de prever.