Rúgbi em cadeira de rodas: Brasil encara potências de olho na Paralimpíada
UOL Esporte
Por Bruno Romano
A seleção brasileira de rúgbi em cadeira de rodas está em plena ativa. No último fim de semana, os brasileiros encararam três grandes potências da modalidade – Austrália, Canadá e Grã-Bretanha (campeã do torneio) – em evento teste para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
A competição foi disputada na Arena Carioca 1, sede oficial da modalidade na Paralimpíada, com cada seleção trazendo 12 atletas no elenco. Mesmo com derrotas em todas as partidas, o Brasil mostrou competitividade e aproveitou bem a experiência.
Para o capitão brasileiro Alexandre Taniguchi, que pratica o esporte desde 2008, “deu para ver que a gente cresceu muito nos últimos meses, mais do que esperado”.
O treinador da equipe, Rafael Gouveia, segue a mesma linha de pensamento. “Com a evolução que os atletas estão tendo contra esses caras de alto nível, coisas boas podem acontecer”, aposta Rafael.
Segundo o comandante, um quinto lugar nos Jogos Paralímpicos, garantindo o primeiro posto do continente, seria um ótimo resultado. O Brasil não participou da última edição dos Jogos em 2012, mas soma bons desempenhos em torneios regionais.
A Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC) enxerga uma colocação do país entre os dez melhores nos Jogos como uma boa meta. Ficar à frente dos sul-americanos – como a Colômbia, que venceu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2015 – também é algo atingível.
“Nós ainda estamos longe das grandes potências, mas, ao mesmo tempo, estamos nos aproximando cada vez mais, evoluindo constantemente”, diz o capitão Alexandre.
O esporte segue as regras da IWRF, a Federação Internacional de Rúgbi de Cadeira de Rodas, órgão criado na década de 1970, no Canadá, e que tem administrado a modalidade,
As disputas ganharam mais notoriedade depois do lançamento do documentário Murderball, em 2005. Com indicação ao Oscar, o filme retrata o dia-a-dia dos atletas, entre treinamentos, desafios diários e competições, com o pano de fundo da rivalidade entre canadenses e norte-americanos.
Na cena atual, a Austrália é a dona do título mundial e do ouro paralímpico. O Canadá é o líder do ranking da IWRF e a Grã-Bretanha, campeã do evento no Rio de Janeiro, é a vencedora do último europeu de seleções.
Antes de encarar de novo fortes times nos Jogos Paralímpicos 2016, o Brasil ainda jogará um torneio internacional na Polônia, em junho, contra seleções europeias e equipes convidadas.